Irresistível Presença
Epílogo
Epílogo
Algo inédito aconteceu naquela sexta-feira. Precisei ficar na empresa no período da tarde devido a uma reunião de setor, enquanto Edward pôde voltar bem mais cedo para casa. “Papéis invertidos” ele disse pouco antes de me dar um beijo e ir embora.
- Sabe que Alice te mata se chegar atrasado, não sabe? – cutuquei Jasper, dando-lhe uma piscadinha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Alice estava entrando no quarto mês gestacional e tinha marcado para aquele dia o ultra-som que revelaria o sexo do primeiro bebê dos meus amigos. Ou seja, se Jasper faltasse ao importante compromisso, um funeral para o dia seguinte estaria agendado.
- Na verdade eu mesmo me mataria se isso acontecesse... – garantiu sorridente – Fique tranquila, Bella, não pretendo enrolar.
- Ainda está apostando contra Alice? Certa vez você disse que não faria mais isso. – o recordei.
- Eu sei...Mas minha intuição está forte demais. Tenho certeza que o exame nos mostrará uma menina... – comentou de maneira sonhadora. – Dá para acreditar, Bella? Vou ser pai!
- Um ótimo pai. – afirmei enquanto adentrávamos na sala onde aconteceria a reunião de trabalho.
Como meu chefe realmente não perdeu tempo com assuntos pormenores, não tardou para que, logo, todos os temas importantes do setor fossem devidamente discutidos e resolvidos, deixando-me livre para regressar ao lar.
- Mamãe! – meus filhos gritaram e correram ao meu encontro antes mesmo que pudesse fechar a porta de casa. Pelo jeito eu não era a única que sentia saudades por ali.
Abaixei e abri os braços com um sorriso escancarado, preparada para receber o impacto das três crianças contra meu corpo. Apertei-os em meu abraço e beijei várias vezes os rostos que tanto amava.
Marie, Marcus e Caius eram os responsáveis pelo meu crescimento diário como mãe, e não existia nada que me desse maior prazer do que vê-los felizes pela minha presença, ou de Edward. Era sempre assim quando chegávamos em casa; nossos filhos nos recebiam com festa, declarando com pequenos gestos o tamanho do amor que sentiam por nós.
Os gêmeos - que completaram nossa família quatro meses antes de trocarmos o antigo apartamento pela atual casa com ampla área de lazer – já estavam com dois aninhos.
A diferença de idade entre os irmãos não era muito grande, mas mesmo assim, Marie – com seus seis anos – se sentia responsável pelos caçulas de cabelos castanhos e olhos azuis, e parecia uma leoa protetora em cima dos irmãos.
Certa vez, brincando no parque perto de casa, uma garotinha – que aparentava ser bem mais velha do que minha primogênita -, gritou ao ver Marcus esbarrar em seu carrinho de boneca:
- Olhe pra frente, moleque!
Confesso que não gostei do tom que a garota usou com meu filho, mas foi Marie quem me deixou de queixo caído ao retrucar educadamente:
- Sabia que quando grita, você fica horrorosa?
Na ocasião, Edward e eu nos esforçamos para não rir diante a mãe que, envergonhada, pedia desculpas pelo comportamento agressivo da filha.
- Hum...que cheirinho gostoso! – exclamei voltando ao presente, e Edward surgiu da cozinha com aquele sorriso perfeito que sempre me deixava boba. – O que vocês estão fazendo?
- Boioo – Caius gritou, erguendo os bracinhos em sinal de alegria, explicando o motivo das roupas sujas.
- De chocoiate – Marcus segurou meu rosto entre as mãos, exigindo total atenção para aquela revelação que, provavelmente, ele julgava espetacular.
- Hum...que delicia!
- Para você, mamãe. – Marie acrescentou.
- Mesmo? – levantei para receber um beijo de Edward e voltei a fitar meus filhos, ainda aconchegada ao meu marido – Como vocês descobriram que eu estava doida para comer bolo de chocolate?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Sabemos do que você gosta! – Marie deu de ombros.
Edward e eu nos entreolhamos, e mordendo os lábios seguramos o riso. Não queríamos inibir a espontaneidade da nossa filha. Ela era extremamente engraçada e os irmãos estavam indo pelo mesmo caminho, pois também viviam soltando pérolas do tipo.
- E como foi a reunião? – Edward perguntou me direcionando à cozinha.
- Proveitosa...o nosso setor está em ótima situação, não se preocupe Patrão Cullen. – sorri em deboche e ganhei uma mordida punitiva no pescoço. Marcus que não perdeu o gesto brincalhão de Edward, começou a gargalhar e disse com voz gostosa:
- Papai é pipilo.
Marie riu, entendendo perfeitamente a tentativa do irmão.
- Vam-pi-ro – ela corrigiu ainda se divertindo.
- Vam-pi-io – imitou Caius a tentativa de corrigir Marcus, mas errou a palavra no final, fazendo a irmã rir ainda mais.
Após comermos o bolo, deixei que as crianças brincassem no gramado antes de mandá-las para o banho. Coloquei uma roupa mais confortável e fui me juntar à Edward assim que encerrei minha conversa com Alice pelo telefone. Ele estava semi-deitado no sofá da varanda, observando nossos filhos.
- Alice vai ter uma menina – revelei.
- Mesmo? – me puxou para entre suas pernas e aninhou minhas costas em seu peito – Então dessa vez os “poderes” de Alice falharam?
- Pois é – sorri – Ela disse que a mudança hormonal afetou seu “dom” natural. – rolei os olhos me recordando da explicação.
Descansei os pés sobre o estofado do móvel, e ficamos ali assistindo - de camarote - as três crianças brincarem de bola. Cada vez que Marcus ou Caius chutava o brinquedo redondo, Marie gritava gol incentivando-os a acompanhá-la na comemoração. Eles corriam, pulavam, caiam, rolavam pelo chão...se divertiam. Edward e eu riamos o tempo todo da farra entre irmãos.
- Acho que não sou capaz nem mesmo de respirar longe de vocês – Edward murmurou apoiando o queixo em meu ombro e estreitando ainda mais seus braços em meu corpo.
- Então você entende perfeitamente como me sinto! – afirmei, sabendo que compartilhávamos das mesmas necessidades.
Girei o rosto para dar-lhe um beijo rápido, mas Edward segurou minha cabeça, não permitindo o afastamento dos nossos lábios, e somente as risadas infantis foram capazes de nos trazer ao mundo real.
Nossos filhos riam, achando a romântica cena engraçada. Caius correu ao nosso encontro, gritando:
- Beija eu, mamãe! – e quando chegou ao meu lado, ofereceu a bochecha para que também fosse beijado.
Puxei-o para meu colo, cobrindo todo seu rosto de beijos, enquanto Edward nos abraçava e fazia o mesmo com o filho. Não demorou para que as outras duas crianças se juntassem à bagunça, tornando aquele momento inesquecível para nossa - “pequena-grande” - feliz família.
FIM
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