Ódio. Casa. Quarto. Vermelho. Capacete.

Jogou a peça preta com violência, o baque surdo instingando-lhe, os tímpanos. O som entrava em sua cabeça como víboras, sussurando os mais sujos pensamentos a respeito da situação. E queria ouví-los, queria deixar o cômodo claustrofóbico de paredes vermelhas, descer para a rua, para eles.

Queria mirar o cano da Glock na cabeça dos dois, sorrir ao ver as cabeças furadas e o sangue manchando a parede. Estaria feito, receberia o dinheiro e passaria mais uma noite regado a drogas e filmes de besteirol.

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Mas os olhos azuis dela o impediram. As marcas de fuga continuavam no asfalto. Sua fuga, vergonhosa. Chutou o capacete.

Os pneus não deveriam ter marcado o asfalto.

Aproximou-se da janela, afastando a cortina clara. O carro amarelo estava parado no meio fio, o dono olhando firmemente para si, como se soubesse que estaria ali. O contratante.

A Glock em sua cintura. Fria.

26.8.2010

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.