The Invisible Girl

Capítulo 7 - Cachorros!


-Justin me ajuda! – Clara gritava, passei meus olhos pela onda de fotógrafos e jornalistas, notei que no fundo da sala, Clara estava amedrontada sendo intimidada por um dos cachorros da segurança. Cachorros podem vê-la?

-Eu não posso... – sussurrei.

-O que você não pode Justin? – Scooter perguntou, provavelmente ouviu meu sussurro, já que o microfone ainda esta ligado.

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-Eu não posso continuar com a comitiva, minha perna esta doendo muito... – falei olhando para ele e para Clara que começou a correr como louca pela sala.

-Cachorro louco! Cachorro louco! – ela correu gritando e acabou passando pela parede, os seguranças ficaram correndo como bobos atrás dos cachorros.

-Melhor levarmos ao hospital! – minha mãe sugeriu.

Os jornalistas já nem estavam mais prestando atenção em nós, toda a atenção estava voltada aos cachorros que latiam para a parede, e os seguranças que tentavam sem sucesso domá-los.

-Não precisa mãe... – reclamei, sempre odiei hospitais, e eu na verdade estava sem dor nenhuma, só falei uma pequena mentirinha.

-Precisa sim, você não pode ter dores! – ela protestou, e deu ordens para que Kenny me levasse até o carro, fui levado ao hospital contra a minha vontade.

Chegando ao hospital, o médico me receitou uma injeção para parar a “dor”. Entrei na sala para tomá-la, e Clara estava ali.

-Sai Clara! – gritei.

-Ok... Desculpa - ela falou passando pela porta.

-O senhor está bem? – a enfermeira perguntou.

-Nem ligue, eu estava no celular falando com a minha amiga... – disfarcei, aproveitando que ela estava de costas.

Quando a mulher chegou perto de mim com aquela agulha gigante senti minha musculatura encolher-se.

-Você só irá sentir uma picadinha! – ela alertou.

-Ah! – certeza que até na China ouviram meu grito a hora que a mulher aplicou a injeção.

Sai mancando daquela sala, e não era por estar com a perna mobilizada, Clara estava encostada em uma parede rindo da minha cara, enquanto minha mãe vinha me consolar, quer saber terei uma conversa séria com a senhora Clara Nicholls quando chegarmos em casa.

Demorou um pouco, mas chegamos, subi o mais rápido possível para o meu quarto Clara estava deitada na minha cama.

-Sai daí! – gritei – Preciso ficar deitado para ver se a dor passa. - reclamei.

-Foi só uma picadinha Justin... – ela riu.

-Foi culpa sua! Tive que mentir por sua culpa, e agora quase morri com uma injeção... – choraminguei.

-Mas quanto drama, não?! Drama king! – ela caçoou.

-Trouxa! – falei sério.

Joguei-me na cama, e acabei batendo o lugar da injeção.

-Ai! – gritei.

-Coitadinho dele... – Clara gargalhava.

-Para de ser idiota menina! – gritei.

-Filho esta tudo bem? – minha mãe perguntou entrando no quarto.

-Sim mãe... Só estava discutindo com a minha namorada no telefone... – expliquei, e notei que no mesmo momento Clara sumiu do quarto.

-Ok filho... Olha o respeito com a Jasmine hein... Independente de tudo respeito é bom e cabe em qualquer lugar... – alertou-me.

-Pode deixar mãe... – ela saiu do quarto, e eu desci até o jardim para tentar procurar a Clara, eu a encontrei sentada em um velho balanço, que fica perto das flores da minha mãe, fui até ela e sentei-me ao seu lado.

-Você esta bem? – perguntei.

-Estou ótima... – ela respondeu dando ombros.

-Então esta pensando em algo? – insisti.

-Eu sempre estou pensando... – foi indiferente.

-Então posso saber qual é o pensamento deste momento? – perguntei.

-Você tem namorada? – ela foi direta.

-Para todos os efeitos sim... – respondi olhando melancolicamente as flores.

-Como assim? – ficou confusa.

-Nem sei por que eu ainda namoro ela... Nem ao menos a amo... – respondi.

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-Quem você ama? – perguntou.

-Uma pessoa totalmente diferente de mim, porém, ao mesmo tempo tão igual... – fui enigmático, adoro isso.

-Interessante... Qual o nome da garota? – perguntou.

-Segredo... – sorri.

-Chato... – ela deu um leve soco em meu braço.

-Você quer dizer lindo... – ri.

-Não, quis dizer idiota mesmo... – ela deu um sorriso melancólico deliciosamente vicioso.

-Eu gosto do seu sorriso... – comentei.

-Então o guarde... – ela sorriu.

-Para sempre... – sorri.

-Ou até quando eu viver... – seu sorriso mudou para lágrimas.

-Você vai acordar Clara... Eu sei que vai... – tentei apoiá-la.

-Eu tenho medo... Apesar de te odiar eu não queria me esquecer de você... – choramingou.

-Obrigado, eu acho... – me senti estranho.

-Justin nós nunca nos tocamos... Como será? – perguntou.

-Quer que te toque? – perguntei.

-Não! – gritou – Tenho medo do que posso acontecer... – explicou.

-Tudo bem então... – compreendi.

-Clara você realmente me odeia? – perguntei olhando fundo em seus olhos, ela desviou o olhar.

-Meu coração é um mistério para eu mesma... – respondeu – E você me odeia? – perguntou.

-Posso te responder amanhã? – perguntei.

-Pode... Mas por quê? – perguntou.

-Você verá! – fiz mistério – Melhor irmos... Já esta ficando frio aqui fora... – falei levantando-me.

-Eu não sinto as mudanças climáticas... – ela riu.

-Você é estranha... – falei.

-Não, eu estou em coma... – continuou rindo, mas levantou-se também.

Entramos em casa, e mais uma vez dormimos juntos. No dia seguinte Christian apareceu em casa.

-Como esta o meu pupilo favorito? – entrou perguntando.

-Pupilo? – perguntei.

-Foi para rimar... – deu um meio sorriso.

-Você tem sérios problemas Christian... – ri.

-Na verdade estou com um pouco de fome... – comentou em uma indireta.

-Vai lá na cozinha e vê se tem algo na geladeira... – ofereci.

-Eu te amo Justin! – ele saiu todo sorridente.

-Tenso... – balancei meu cabelo, e sentei-me na minha cama, Clara olhou-me e começou a rir – O que foi? – perguntei.

-Seu amigo bateu a cabeça quando nasceu? – perguntou.

-Provavelmente... – respondi.

Nesse mesmo instante Christian voltou com um lanche de creme de amendoim e geléia.

-Hei Justin, fale para Pattie comprar geléia de morango da próxima vez... Eu não gosto muito de uva... – reclamou.

-Pode deixar... – ri – Christian vamos comigo até a casa da Jasmine? – pedi.

-Ah Justin, estou meio cansado... - espreguiçou-se.

-Vem logo! – o puxei pela camisa – E Clara pode ficar ai! – gritei.

-Tudo bem seu chato! – ela gritou.

-Quem é Clara mesmo? – Christian perguntou.

-É meu ursinho de pelúcia! – falei irônico.

-Ata... – ele fingiu lembrar.