Dear Daddy, Dear Lover ;
American madness.
Fui falar com meu pai sobre tal situação em que Robert se encontrava. Liguei para o celular dele. Robert estava tenso; Ambos sentados na cama, ele pegou na minha mão. Percebi a mão trêmula dele, acho que até ouvi o coração dele palpitar. Meu pai atendeu e apenas me disse para esperar que ele iria me ligar logo, estava ocupado. Desliguei e olhei para Robert, ele retribuiu o olhar. Um tanto hesitante, perguntei;
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Por que quer voltar para a escola? Não minta.
- Por que... – Respirou fundo, olhando-me com as orbes azuladas. – Se eu não for, vão ser cinco horas sem você.
- Você é péssimo em cantadas. – Sorri, estando o mais constrangido possível por dentro.
- O que vale é a intenção.
E então, os lábios de ambos se juntaram num beijo inexperiente e desengonçado. O americano empurrou delicadamente o britânico para deitar por baixo de si. Beijo-lhe seu pescoço, a curva, o pomo-de-adão. Abaixou a gola da camiseta do outro e mordiscou ali de leve, fazendo o por debaixo gemer num tom baixo. Retirou a camiseta do outro e a sua, juntado os lábios novamente. Ao menos perceberam quando o celular de Russell tocou novamente. Estavam se divertindo que mal queriam respirar normalmente. Havia uma coisa que o impedia de ficar com a mente sã naquele momento, algo mais forte. Continuaram a brincar por longas horas, uma ou duas que passaram voando, apenas para eles.
Quando Russell finalmente concordou com a idéia – totalmente insana e pervertida – de Robert, ambos ficaram nus. De certa forma, Russell tinha um corpo completamente afeminado. Curvas definidas e um peitoral nada musculoso. Não gostava de admitir aquilo, logo não falava para ninguém. Ao contrário de Robert, que mostrava seus músculos à todos. Devia ser pelo Futebol Americano ou o Baseball. Desviou o olhar do olhar americano por um instante, para fitar as fadas ao seu redor. Estava realmente constrangido por estar daquela forma. Mas Robert sempre tentava acalmá-lo com elogios e carinhos, o que fazia um sorriso brotar no rosto do britânico. Um barulho.
O coração de Russell gelou. Tudo pareceu acontecer em câmera lenta, e ele se sentia incapaz de fazer algo. Robert pegou suas roupas e saiu correndo para o banheiro do quarto, enquanto Russell envolvia seu corpo com o cobertor, como se quisesse esconder o fato de estar nu. Quando a porta se abriu, seu pai o olhou desconfiado, e Russell apenas retribuiu com um sorriso. Percebeu que as roupas do britânico menor estavam no chão.
- Por que suas roupas estão caídas? – Disse, num tom desconfiado.
- Estava com frio, e então, troquei de roupa. Mas deixei aí. Já vou arrumar, pai!
- Hm, rápido, hein! E que... Que mochila é essa? – Apontou para a mochila de Robert.
- Hm, é do meu... Amigo, Robert.
- Robert... Jones? Ele está aqui?
- Está sim, convidei-o pra vir aqui.
- Certo, eu vou sair, mas já volto. Comporte-se, alright?
- Alright, daddy. – Acenei com um movimento de cabeça e ele se retirou. Suspirei aliviado.
- Ele já foi? – Robert espiou pela abertura da porta, mostrando a cabeça em seguida.
- Se ele percebesse eu teria morrido, idiota! – Joguei o travesseiro contra seu rosto, ele riu.
Não tem americano mais idiota que esse, não?
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