Crime Melódico
Prólogo
“PRÓLOGO”
(...)
A lua não aparentava ter o mesmo brilho daquela noite. Aquela noite em que tudo isso começou...
O céu estava avermelhado e a brisa que cortava o rosto dos presentes era gélida.
Talvez, isso representasse como estavam os sentimentos de cada um.
Sentimentos!?
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“Estou sonhando, deve ser isso...”
E Kaito perguntava-se se tudo o que ele via não passava de mera ilusão...
É, devia ser...
Se não fosse por um único detalhe:
Seus amigos não o reconheciam mais.
Miku não o reconhecia mais...
Quanto mais ele pensava, a brisa ficava mais fria.
Congelando seus sentimentos...
Congelando seu próprio ser...
Já estava fraco, ferido o suficiente para se sentir incapaz e desistir. Afinal, como sair daquela situação?! Era impossível vencê-lo...
Por que aquilo tinha que estar acontecendo?
Seu corpo perdeu a esperança...
Mas seu coração clamava por uma saída...
Ele queria seus amigos de volta...
- Por que está fazendo isso?! – Kaito gritava com alguém que estava na sua frente.
- Cale a boca! Você não entende o que eu sinto!
- Diga o que sente! Eu posso te ajudar, e você sabe disso!
- Não, você não pode! Ninguém pode! – Tal pessoa já apontava uma \"arma\" para Kaito.
Ele permaneceu estático.
- Você...
- Você não sabe como é ser menosprezado só por ser... por ser... – Seus olhos enchiam-se de lágrimas. Suas mãos trêmulas mal conseguiam segurar a \"arma\"... – Eles preferem você! Eles preferem VOCÊ!!!!
- Não é verdade! Por favor, volte para casa conosco. Volte para VOCALOID!
- Eu...—
- Se você não fizer, irei matar todos esses que um dia foram seus amigos. Matarei Kaito e logo em seguida, você... Faça! – Alguém estava mais atrás, ao lado da pessoa que portava aquela \"arma\".
Ele tinha culpa por seus atos!?
- Não! Pare! Você está fazendo mal para seus amigos! – Parecia que persuadir era a única saída.
- Eles são seus amigos, não meus!!! – Foi sua resposta, antes de apertar o gatilho.
Novamente, o barulho do tiro ecoou por todo aquele lugar.
O perfume das rosas cedeu espaço para o cheiro enojado de sangue.
E a cor rubra espalhou-se pelo chão...
E pensar que tudo aquilo começou em uma noite normal...
Até de mais...
(...)
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