As Descobertas de Peg

Expectativas


Estávamos na sala de banhos o vapor da água era extremamente quente misturada ao nosso calor. Ian passou suas mãos pelas minhas costas abrindo o zíper do vestido, com a mesma mão deslizou a alça do meu vestido, fazendo-o cair pelo meu corpo. Algo me dizia que a noite ainda não havia acabado, ela seria longa. BEEEEEEEEM LONGA!

Ian me abraçou carinhosamente e começou a beijar meu pescoço e orelha, me fazendo perder toda a capacidade de raciocinar.

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- Faz amor comigo, Peg. – Sussurrou em meu ouvido, me levando à loucura.

- Acho melhor você fazer comigo, Ian. Não sei muito como se faz isso. – Brinquei, falando bem pertinho de seu ouvido também.

- Então vou te ensinar...

"Eu não posso parar agora, eu viajei até agora Para mudar esta vida solitária''

A partir daquele momento não pensei mais em nada. Entreguei-me por completo às carícias enlouquecedoras dele.

Suas mãos me despiam com calma. A cada peça que tirava, Ian cobria de beijos minha pele exposta. Quando eu já estava completamente nua e mais corada que tudo, ele sorriu torto e sussurrou:

- Você é tão linda, tanto por fora, quanto por dentro! – Ele nunca esquecia de elogiar não só corpo.

- Bom, acho que estou em desvantagem! – Sorri maliciosamente afastando nossos lábios. Fui levantando sua camiseta, minhas mãos aproveitavam e sentiam cada um de seus músculos definidos, a cada toque, a cada carícia que eu fazia nele, Ian se enrijecia, se arrepiava e isso era um triunfo pra mim, eu ri internamente. Quando eu retirei sua camiseta comecei a distribuir beijos por todo seu peitoral e fui subindo para seu pescoço dando leve mordidas... Ele se contorcia incomodado.

"Eu quero saber o que é o amor

Eu quero que você me mostre"

- Peg...

- Eu já vou amor. – Sussurrei em seu ouvido o que o fez ficar ainda mais tenso. Logo acabei com essa ‘tortura’ e Ian despiu-se por completo também. Eu já tinha visto “aquela” parte do seu corpo, mas confesso que ainda me impressiono com o tamanho. Ele percebeu minha expressão e sorriu.

- Sabe que não vou te machucar. – Ele me beijou calmamente.

- Eu sei! – Nosso beijo se tornou urgente e eu mordi o seu lábio inferior, seu ponto fraco já era mais que conhecido pra mim. Ian enlouquecia com mordidas e eu usava e abusava desse atributo.

- Eu preciso de você amor. – Ian me imprensou na parede da caverna, levemente me levantou e senti os primeiros raios de luz invadirem minha visão, ainda assim minha concentração era em outra coisa. – Tudo bem? – Ele sorriu como uma criança quando apronta algo (as lembranças de Pet mostravam claramente isso).

- Perfeitamente bem! – Envolvi minhas pernas em sua cintura e me senti finalmente completa. Preenchida pelo único homem que tinha a capacidade de me fazer perder a razão. Nossos beijos e gemidos eram abafados pela caverna. Eu arranhei suas costas com força.

"Eu quero sentir o que é amor Eu sei que você pode me mostrar"

- Eu te amo Ian. – Suspirei quando ele se moveu.

- Eu amo você Peg. – Ele sorriu e voltou a me beijar enquanto nossos corpos se moviam cada vez mais rápidos e mais ágeis. Nós nos encaixávamos tão perfeitamente e cada investida, carícia ou simples roçar de lábios eu sentia que meu amor por ele só crescia, crescia e crescia. Fomos juntos atingidos pelo ápice do nosso prazer e nós caímos praticamente desfalecidos no chão das cavernas. Recostei-me sobre o peito de Ian e ficamos apenas aproveitando o momento, ouvindo a melodia que a água corrente fazia e sentindo o sol iluminar nossos corpos suados.

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Rapidamente adormeci me sentindo confiante e protegida pelo amor da minha décima vida...

Acordei e Ian ainda dormia com um sorriso que brincava em seus lábios. Eu precisava de um banho, com toda certeza. Dirigi-me pelos corredores da caverna, seguindo instintivamente o barulho da água e foi fácil de achar a sala de banhos. Levei comigo meu vestido e a sandália. A água era quente e a sensação que ela me causava era maravilhosa. Os humanos realmente não valorizavam a verdadeira riqueza que o planeta lhes oferecia, nisso eu tinha de concordar com minha espécie.

Há coisas que acabam caindo na rotina deles, mas ainda assim não é justo não nota-las. A água que hidrata o corpo, a chuva, o sol que ilumina e nos aquece, a brisa leve que sopra o rosto em todos os fins das tardes, a lua que traz brilho a escuridão da noite.O desabrochardas flores, ou as belezasdas borboletas.

"Eu vou tomar um pouco de tempo Um pouco de tempo para olhar em volta de mim"

A vida é só uma e temos que aproveita-la ao máximo, as vezes isso significa viver como um louco, as vezes significa apenas aproveitar a presença de quem amamos em quanto ainda os temos por perto. São coisas simples e incríveis que temos gratuitamente e não são aproveitadas diariamente. Pergunto-me se alguém, se algum humano, já parou um breve momento para aproveitar um momento assim? Provavelmente não.

- AHHHHHHH! – Gritei de surpresa quando senti me agarrem e um risinho bobo ecoou no ambiente calmo. Era Ian que me despertou de meus devaneios. – Quer me matar de susto? – Ele sorriu e beijou meus cabelos.

- Não foi minha intenção. Amor acho que temos que ir. – Ele fez uma careta e eu repeti o gesto, ele gargalhou. Ian me envolveu pela cintura e nos beijamos apaixonadamente.

"Eu não tenho nenhum lugar para esconder Parece que o amor finalmente me encontrou"

A felicidade é um sentimento único, finalmente eu a tinha por completo, acho que não existe sentimento melhor, além é claro do amor que sinto por Ian, por Mel, por Jamie.

Nos trocamos e voltamos para o deserto, caminhando para casa. O vento era forte e a areia abundantemente grudava em nossos corpos. Ian me levou de ‘cavalinho’ como ele dizia e correu em meio à ventania. A areia bateu em seus olhos e caímos juntos no chão.

- Argh! Não consigo enxegar! – Ian ironizava e tateava meu corpo como um cego. Eu gargalhei alto quando ele passou a mão pela lateral do meu corpo de cima a baixo. – Huuuum.

- Ian! – Ele riu e levou as mãos à cabeça em sinal de redenção. Eu soprei sua visão para que a areia saísse.

- Saiu, saiu! – Ele piscou freneticamente incomodado e eu o agarrei e voltamos a caminhar, logo chegamos a caverna.

- E aí a noite foi boa? – Era Kyle socou num gesto de brincadeira o ombro de Ian que retribuiu o ‘carinho’.

- Não é da sua conta! E aí como foi à noite com Sunny? – Ele riu sarcástico e eu o silenciei com o dedo indicador sobre seus lábios.

- Ian, não seja inconveniente como Kyle! – Nós três rimos juntos. – Eu vou ver como Mel está. – Voltei rapidamente a realidade e notei que minha irmã precisaria de mim.

- Ta bom amor! Eu vou conferir qual será nosso trabalho hoje! – Nos beijamos e eu ouvi um: “Eca, vão para um quarto...” Sai prontamente atrás de Melanie e deixei os risinhos abafados de Kyle e Ian para trás.

Bati em seu quarto e ouvi sua voz fraca e distante se anunciar:

- Entre Peg. – Ela estava deitada na cama com um olhar vazio, triste.

- Como se sente? Eu a abracei e sentei na cama, ela se encolheu mais e recostou sua cabeça em meu colo.

- Parece que não é verdade tudo o que aconteceu. Parece que a qualquer momento ele vai vir aqui e dizer que está tudo bem, que ama o nosso bebê que vai nascer. É tão estranho, por mais que eu esteja feliz eu também me sinto triste e sozinha. – Ela choramingava desolada.

- Ele vai se arrepender Mel. Ou melhor, ele já deve estar arrependido. Você vai ver, ele vai voltar, é só uma questão de tempo, Jared precisa por a cabeça em ordem, ele não quer perde-la! – Mel me abraçou forte e chorou, chorou muito, até que adormeceu. Pedi para Jamie velar o sono dela e eu fui trabalhar na horta.

Tudo seguia bem e as semanas voaram. Os trabalhos exaustivos, as aulas sobre os mundos em que vivi que se tornavam cada vez mais cheias de conteúdo, as noites de amor e carinho que se intensificavam entre mim e Ian, as lágrimas de Mel que só despencavam quando eu estava por perto, ela queria parecer forte. A barriga de Mel estava enorme, linda!

Eu estava na minha sala de aula com ela e explicamos sobre a gestação, a formação de um bebê durante os nove meses! Todos estavam interessados, até Ian, Sharon, Doc e Jeb sentaram-se no fundo para assistirem a aula, logo após quem nós menos esperávamos apareceu. Jared sentou e prestou atenção no que dizíamos. Mel me olhava incomodada e os olhares dos dois se encontravam simultaneamente.

- MEL? – Ela me olhou confusa e distraída.

- Doc esta perguntando!

- Ah! Perdão, eu estava...É... E então qual é sua pergunta Doc? – Ela sorriu tentando disfarçar, mas eu sabia o motivo de sua distração, e esse motivo tinha nome, JARED.

"Na minha vida não tem sido mágoa e dor Eu não sei se eu posso encarar isso de novo"

- Bom, eu gostaria de saber Mel, qual é a sensação de quando ele se meche dentro de você, eu sou médico, mas, nunca passei por isso! – Todos riram. – Digo, nunca passei por essa experiência com Sharon.

- Ah! Eu entendo Doc. Bom, é a melhor sensação do mundo. Às vezes eu sinto ela, ou ele, chutar e por mais que às vezes incomode é incrível saber que tem um ser aqui dentro. – Ela acariciou a barriga no maior gesto de amor e devoção. Eu nem o conheço ainda, mas já o amo tanto, tanto. – Agora era mais um sussurro e uma lágrima escorreu pelo seu rosto e morreu em sua boca. – Me desculpem por isso. Grávidas são muito sensíveis e melosas. – Todos sorriram e Jared abaixou a cabeça se encolhendo.

- E então Doc quer senti-lo? – Ele olhou confuso e amedrontado.

- Tem certeza? – Ela sorriu e levantou a blusa deixando a barriga exposta, segurou a mão de Doc e a encostou sobre a barriga. De repente Doc gritou alegre.

- Meu Deus! Ele..Ele chutou! Deve ser um meninão! – Todos riram em sincronia. Mel olhou para Jared e entristeceu-se.

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- Huuuum! – Mel baixou a cabeça e gemeu, com um olhar de sofrimento.

- O que aconteceu Mel? - Eu a agarrei pelos ombros com medo.

- São só algumas contrações, desde cedo estou assim. – Aiiiiiiiii! – Ela deu um gritinho mais alto e todos perceberam. Sua bolsa rompeu.

- Vai... VAI... VAI NASCER! – Doc exclamou e as pessoas se aglomeraram em volta de Mel. Jared estava estático, nenhuma reação, a face dura como gelo. Eu não sabia o que ele sentia, seu semblante era de dor, de medo, de angústia...

- AHHHHHHHHHH! Ele não pode nascer agora. Tenho apenas sete meses! – Mel gritou segurando a barriga, como se estivesse com medo do bebê cair. Eu ri internamente e ao mesmo tempo gelei, eu nunca presenciei isso. Mel correria risco de vida? E o bebê? Ele nascerá fora do tempo?

- Não há mais jeito! Vamos, levem-na para a ala hospitalar! Busquem água quente na sala de banhos! Preciso de toalhas, preciso de meus utensílios limpos e de alguém para me ajudar a trazer essa criança ao mundo! – Doc gritava sem parar, muito nervoso ele se direcionava para os corredores!

- Eu quero ajudar! - Sibilei e Doc sorriu. O segui e esterilizamos as tesouras, bisturis e tudo o que faltava para aprontarmos, eu tremia constantemente.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Gritos vindos de longe ecoavam pelas paredes das cavernas.

Era finalmente chegada a hora...

"Eu quero saber o que é o amor Eu quero que você me mostre Eu quero sentir o que é amor"

Música:

I want to know what love is - Mariah Carey