Epílogo

Três meses depois...

O espelho tremulava com os fortes baques que as costas de Renesmee dava contra ele, a penteadeira inteira era chacoalhada, provocando baques cada vez mais altos. O cordão em forma de coração pendia entre os seios nus, onde, a pouco, os lábios famintos de Jacob se encontravam. As mãos ásperas e grandes do cigano apertavam e judiavam da cintura de Renesmee, forçando mais ainda a aproximação de seus corpos, consequentemente, aprofundando as estocadas – que já eram animalescas.

Os gemidos de Renesmee eram abafados pelo som da madeira da penteadeira em atrito com a parede. Jacob urrava na clavícula dela, que tentava de alguma forma se manter consciente, o que era quase impossível. Seu corpo inteiro estava em chamas, pedindo por mais, mas ela não sabia se suportaria.

Jacob não tinha mais receios, lançava com toda sua força contra o corpo pálido e esguio de Renesmee, que suportava vigorosamente suas investidas. Esses movimentos de ida e vinda já duravam alguns minutos, e ambos já estavam chegando ao êxtase, quando o apresentador bateu na porta.

- Tens vinte minutos. – Ambos ignoraram, continuaram a se deliciar com a luxúria.

Renesmee se agarrou mais firmemente as costas suadas de seu amado, sentindo a conhecida bola crescer dentro de si, enquanto ele apertava suas coxas, tornando as estocadas o mais profundo possível. Êxtase. Renesmee explodiu no mais puro e exagerado êxtase, sentindo seu corpo desfalecer, perdendo todas suas forças enquanto se perdia em longos espasmos.

Jacob sentiu que não suportaria mais, e deixou sua amada, encontrando seu prazer do lado de fora do corpo quente que o abrigava. Ambos se encaravam, sentindo as respirações brigarem para voltarem ao normal.

- 10 minutos! – Mais uma batida na porta do camarim.

- Céus! Estas vendo o que fez? Terei que me vestir as pressas! – Renesmee reclamou, descendo da penteadeira, ainda com as pernas bambas.

- Vós mi cê que me provocas. – Jacob sorriu, se limpando antes de se vestir.

- Vermelho? – Renesmee perguntou, vestindo a calçola e a camisa rapidamente.

- Que seja. – Jacob já abotoava a camisa branca.

- Ajude-me – Ela pediu, virando-se para ele amarrar seu corpete preto, sobre o vestido vermelho.

- Linda. – Jacob beijou seu ombro, fazendo Renesmee se afastar.

- Chega, homem! – Ela reclamou, sorrindo em seguida e ajeitando os babados da saia.

- Tens medo de não resistir? – Jacob provocou, calçando as botas.

- Não. – Renesmee desdenhou, ajeitando o cabelo por cima de um único ombro.

- Vamos? – Jacob olhou para a sua amada, que estava linda como uma legitima cigana.

- Estou apresentável? – Ela o questionou, abrindo a porta em seguida.

- Pensei que não terminariam mais. – Victor falou serio, repreendendo o casal por usar de forma indevida o camarim.

- Isso não se repetirá. – Renesmee disse constrangida.

- Dizem isso desde o primeiro dia. – Victor riu, subindo no palco da maior casa de shows de Paris.

- A envolvente e sedutora dança cigana! Representada por Jacob e Renesmee Black. – O casal subiu ao palco.

A multidão aplaudiu de pé a entrada do casal. Renesmee encarou Jacob, que lhe soltou o cabelo, fazendo os cachos cobres caírem pela cintura, moldurando as curvas perfeitas.

- Sabes que não gosto. – Ela bufou, no mesmo instante em que a música começou a tocar.

- Não me importo. – Jacob sorriu, apenas com um lado dos lábios, fazendo-a se irritar, enquanto ambos iniciavam o jogo de corpos, dançando de corpo e alma. Essa entrega que os fez se tornarem o casal mais visto em Paris.

- Não me respeitas. – Renesmee rosnou, enquanto seu corpo era jogado contra o de Jake, que se escondia atrás do leque usado por ela.

- Deveria? Vós mi cê queres mesmo que eu a respeite? – Ele ironizou, fazendo-a fechar o semblante.

- Te odeio. – Ela sussurrou.

- Eu te amo. – Ele respondeu, fazendo-a sorrir.

Um cavalheiro se ergueu no meio das cadeiras, se dirigindo para a saída. Não esperaria o fim do espetáculo. Caminhou elegantemente até a porta, onde o chofer se pôs a seu dispor.

- Já vais Sr. Volturi? – Alec sorriu, acariciando o ombro, onde havia levado o tiro de Jacob no dia em que o mesmo roubara sua mulher.

- Por essa noite.- Ele colocou o chapéu.

-Pois não.-O chofer fora buscar a carruagem, enquanto Alec começava a sussurrar:

-Já confirmei o que desejava. Agora é iniciar minha vingança. – Ele acenou com a bengala, dando o sorriso mais indecente que fora possível.