Harry Potter e o Amuleto de Merlin

A Reunião da Ordem da Fênix


Durante o tempo em que treinavam enquanto Voldemort conseguia mais adeptos, Harry, Rony e Hermione se decidiram a partir mesmo com o treinamento inconcluso — na opinião de Olho-Tonto Moody, que queria lhes ensinar mais feitiços de nível superior a N.I.E.M.s, eles deviam continuar o treinamento por pelo menos mais um mês. Eles queriam ação, queriam encontrar as Horcruxes e destruí-las, e mais: ainda não tinham a mínima ideia de quem seria “a feiticeira que não conhecia a magia”. Como encontrar essa bruxa, se ela era a pessoa que forneceria a Harry a arma capaz de vencer Voldemort, conhecedor de magia que bruxo algum do mundo sequer imaginava existir?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Nesses dias de treinamento e decisões, entre dois dos grandes amigos ia se desenrolando uma tensão que não era percebida pelos demais, exceto Harry, que convivia mais e os conhecia profundamente: Rony e Hermione. O rapaz percebia que os dois pareciam viver cercados de eletricidade quando estavam perto um do outro, e não eram mais tão naturais entre si. Harry percebia o que estava acontecendo, pois era o mesmo que acontecia entre ele e Gina: Rony e Mione estavam apaixonados.

Hermione, sentada à mesa da cozinha cavernosa da casa do Largo Grimmauld, tinha à sua frente um livro aberto, ao qual tentava ler há muito, sem sucesso. Seus pensamentos estavam dispersos, o que a irritava, pois o livro era um verdadeiro “achado”: com o nome de Magia Antiga Muy Poderosa, ela o encontrara num de seus passeios ao Beco Diagonal, antes da queda do Ministério. Encontrara o livro na Travessa do Tranco, pois era tão poderoso — e perigoso — que sua comercialização em lojas era ilegal, mas ela vencera seus escrúpulos e o adquirira pensando na poderosa magia negra que enfrentariam. E agora, com o livro nas mãos, esse fato inédito acontecia, o de não conseguir se concentrar na proveitosa leitura. E havia apenas um responsável por isso, o rapaz ruivo sentado à cabeceira da mesa jogando xadrez de bruxo com Harry: Rony Weasley!

Era engraçado, mas nos últimos tempos o rapaz estava constantemente presente nos seus pensamentos. Sabia que gostava dele de uma maneira especial e diferente da que gostava de Harry, a quem via como irmão. Distraída, os olhos dela passearam pelo rosto que conhecia tão bem: o nariz comprido, a pele salpicada de sardas, os olhos azuis e as mechas ruivas espalhadas pela testa, contraída em concentração.

Com Rony, não acontecia nada de diverso. Ele também estava sem concentração, tanto que forçava sua mente no jogo de estratégia e cálculo que era o xadrez de bruxo. Sempre vencia Harry “de lavada”, mas no momento estava sentindo dificuldades. Ao invés de pensar em movimentos como “cavalo na E4” ou “bispo na B1”, apenas um nome aparecia em sua mente: Hermione, Hermione, Hermione...

Ele gostava dela, mas ambos viviam brigando, ela não tinha a mínima confiança nele, achava-o um burro, incapaz de qualquer ideia descente, na verdade, um mínimo pensamento coerente ou inteligente. Ele focalizou o tabuleiro a tempo de ver seu rei ser colocado em perigo e Harry gritar:

– Xeque!

– M...!

Ergueu os olhos e eles sem querer se fixaram em um par de olhos castanhos que o miravam há um tempo sem que ele soubesse. Na mesma hora esqueceu o xadrez. Era como se houvesse um magnetismo que mantivesse os dois pares de olhos se fixando intensamente...

Ao perceber que, apesar do palavrão, Rony não movera nenhuma das suas peças de xadrez, Harry olhou para o amigo e na mesma hora percebeu o que acontecia. Levantou-se da mesa e saiu de fininho da cozinha, apesar de querer terminar o jogo e vencer Rony, coisa que raramente acontecia.

Quanto tempo aqueles olhos, azul-mar e castanho-chocolate, ficaram imersos um no outro? Poderiam ter sido segundos, minutos ou horas e eles não teriam percebido.

Rony piscou e saiu do transe. Com suas orelhas pegando fogo, olhou para Harry, mas viu que o amigo não se encontrava mais ali. Olhou novamente para Hermione, mas essa, rubra e com a cabeça baixa, já fechava o livro e se levantava. Para sair da cozinha, ela teria que passar por ele, e Rony aproveitou a oportunidade arrumada providencialmente por Harry. Levantou-se e se pôs na sua frente.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

A garota o olhou com os olhos arregalados, o livro apertado junto ao peito.

— Mione, eu queria falar com você...

A garota, inquieta, mordeu os lábios e olhou para ele, esperando.

— Eu sei que algo vem acontecendo com a gente... — continuou Rony, as orelhas e o rosto mais vermelhos que o habitual.

Ela desconversou, também corada, tentando passar por ele:

— Não sei do que está falando, Rony...

Cansado daquele jogo do “não sei” entre eles, ele a segurou pelos ombros, impedindo-a de sair. Muito mais alto que ela, a fez olhá-lo para que ela tivesse certeza da sinceridade dele.

— Eu gosto de você, Mione. Morro de ciúme de Krum, dos seus livros, de tudo que você gosta...

Ela tentou se soltar.

— ... e isso porque sei que de mim você não gosta o suficiente.

Isso a fez parar e olhá-lo.

— Como? Por que acha isso? Não é verdade!

— Não?

Como ela não respondesse, ele decidiu arriscar. Puxou-a para si até colá-la ao seu corpo, abraçando-a e dominando-a com sua altura. Com a respiração ofegante, juntou os lábios sedentos aos dela e a beijou, um beijo quente, doce e lento...

O livro caiu no chão quando Hermione ergueu os braços para enlaçá-lo pelo pescoço, as mãos tocando a nuca do ruivo e entranhando-se nos seus cabelos... O beijo de Rony era muito mais do que ela esperara. A sensação do corpo dele ao encontro do seu, o cheiro dos seus cabelos, inebriante e inesquecível, aqueciam-lhe o sangue e entorpeciam-lhe os sentidos.

Rony se sentia no paraíso enquanto tinha Hermione nos braços. Era um dos seus sonhos mais antigos e secretos, até para si mesmo. Excitado, ele ergueu-a pela cintura e a pôs sentada na mesa, permanecendo-se colado a ela, entre suas pernas, e ela as cruzou em torno do garoto, aumentando o contato entre seus corpos. O beijo agora era mais urgente, eles matavam o desejo que há tanto tempo sentiam um pelo outro. Sentir as mãos de Hermione em suas costas, infiltrando-se por sua camisa, era um sonho...

Nesse momento, Harry, que estivera na sala e percebia a aproximação da Sra. Weasley, foi até a porta da cozinha e bateu. Rony e Hermione se soltaram de pronto, ambos ofegantes e corados. Levemente enrubescido, Harry entrou na cozinha e falou:

— Desculpa interromper qualquer coisa, mas sua mãe vem aí, Rony...

Hermione, como um raio, apanhou o livro que caíra no chão, sentou-se à mesa e enterrou o rosto vermelho como uma beterraba nele, a ponto de só deixar perceber a sua assanhada juba castanha e fofa. Rony estava desorientado, e Harry o puxou para a mesa, sentando-se em seguida e fingindo que ainda jogavam. O movimento do bispo de Rony foi tão inconsequente — seu rei estava em xeque — , e ele estava tão distraído, que Harry gritou:

— Xeque-mate!

Na mesma hora a Sra. Weasley, nervosa, entrou na cozinha, os cabelos ruivos bagunçados, avisando:

— Meninos, não sabem o que acabou de acontecer! O Patrono de Kingsley acabou de aparecer nos avisando que, finalmente, a Ordem da Fênix acabou de aparecer nos avisando que, finalmente, a Ordem da fenix gavam. o tro? podriam lmente...

ta, contraida vai ser reativada! Amanhã teremos uma reunião.

Isso na mesma hora fez com que os últimos “acontecimentos” deixassem as mentes dos três amigos, que se olharam em expectativa: agora eram maiores de idade e poderiam finalmente assistir à reunião sem precisar das Orelhas Extensíveis de Fred e Jorge.

***

Na casa de Aberforth, ele recebeu a visita de Kingsley Shacklebolt, que lhe avisou sobre o encontro da Ordem da Fênix. O bruxo, no passado, pertencera à Ordem, mas não era visto com bons olhos na época devido à sua maneira de ser, e sabia que já desconfiaram que ele fora um Comensal da Morte disfarçado, o que não era verdade. Agora, todos sabiam que não. Ele daria todo seu apoio à causa, já que cumprira sua missão, encontrar a única descendente de Merlin viva.

Ao saber da reunião, Ana Christie ficara excitada. Pela primeira vez em semanas poderia sair, uma vez que, agora, todo cuidado era pouco. Veria seus novos amigos e seu parente distante.

— Abe — ela falou a Aberforth — o que é a Ordem da Fênix?

— É uma organização secreta criada por meu irmão, Alvo Dumbledore, ex-diretor de Hogwarts, que morreu há pouco tempo. Essa organização conta com a filiação de vários bruxos que lutam desde a primeira ascensão do Lord das Trevas, tentando vencê-lo e aos seus Comensais da Morte, seus seguidores, e também proteger o possível as pessoas contra a sua malignidade.

— Ele matou meus pais, tanto os verdadeiros quanto os adotivos, esses mesmo não sendo diretamente por suas mãos. Quero me tornar membro dessa Ordem.

Aberforth riu.

— E vai, Ana. E vai.

***

As coisas estavam indo de mal a pior tanto no mundo bruxo quanto no trouxa, o equilíbrio entre os dois mundos sendo esfacelado com as investidas em massa dos Comensais da Morte e seus parceiros, como Lobisomens e dementadores, e a Ordem da Fênix vinha sendo muito perseguida. Era necessária uma reunião de emergência dos membros da Ordem.

Quem decidiu isso foi Minerva McGonagall e Kingsley Shacklebolt, em reunião secreta no bar “Cabeça de Javali”, em Hogsmead, o único vilarejo inteiramente mágica na Grã-Bretanha, perto de Hogwarts. Na visão dos dois (e de todos os membros da Ordem), alguma coisa precisava ser feita, mesmo que fosse apenas o uso de “táticas de guerrilha” ou serviço de espionagem. Era necessário um novo líder para a ordem, agora que Dumbledore estava morto, pois as coisas precisavam de “ordem”. Através de um verdadeiro “telefone sem fio”, todos os membros da Ordem foram avisados da reunião que haveria na casa nº 12 do Largo Grimmauld, exceto Snape que, traidor como era, não era aceito mais como membro do grupo.

Harry, Hermione, Rony e a Sra. Weasley passaram o dia ajeitando a casa para a reunião. Fazia tempo que a casa não recebia tanta gente de uma vez. Nesse dia, de tarde, Harry lembrou de Monstro, o “seu” elfo doméstico, que estava trabalhando em Hogwarts. Imaginou que, embora não fosse querer, o elfo devia saber um modo de retirar o quadro da Sra. Black da parede. Era um saco não poder fazer um mínimo de barulho, nem sequer tocar a campainha. Fechou os olhos e chamou:

— Monstro! Venha aqui!

Na mesma hora, com um estalo, o elfo doméstico apareceu. Sua pele era enrugada e, de suas grandes orelhas, saiam tufos de cabelos brancos que lhe davam a aparência de um morcego velho. O elfo curvou a cabeça até quase encostá-la no chão e falou:

— O senhor de Monstro mandou Monstro vir? — em voz murmurada, mas perfeitamente audível — Senhor indigno, amigo de Sangues-Ruins e traidores do sangue, isso é o que é! Conspurcando o lar da nobre Senhora de Monstro...

Sem ligar para as palavras ofensivas do elfo e querendo cair nas suas boas graças, Harry falou:

— Monstro, você sente saudade da casa da sua senhora?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Os olhos grandes, remelentos e cínicos do elfo brilharam.

— Sim, meu senhor! Monstro gosta tanto da casa da sua senhora, o lar de Monstro... A casa onde está a senhora de Monstro...

— Bem, você não gostaria de vir morar aqui de novo? Bem, tenho uma proposta a lhe fazer.

Os olhos de Monstro ficaram especulativos.

— Bem, Monstro, você não acha uma tristeza para a sua senhora ficar sempre calada, escondida pela cortina, no escuro? É tão triste para ela, não? Bem, sabe, se você quiser, a sala da árvore genealógica dos Black, o símbolo da pureza de sangue e do orgulho dos Black, pode ser a nova morada dela e sua, Monstro. E quem sabe das cabeças dos seus ancestrais também.

O elfo arregalou seus olhos do tamanho de bolas de tênis.

— O senhor de Monstro está querendo dizer que... o novo lar de Monstro vai ser a sala mais nobre da casa, onde morará junto da sua Senhora? É verdade?

— Sim, se você souber uma maneira de remover o quadro do corredor e levá-lo para a sala. Ele até parece que está colado à parede com Feitiço Adesivo Permanente.

— Oh, sim, mas claro, meu senhor! Alguns feitiços bruxos podem ser anulados através de magia élfica! Mas... espere, meu senhor... Só para constar... O que o senhor de Monstro espera que Monstro faça em troca por tamanha generosidade?

Harry não esperava aquilo. Generosidade? Alguma coisa em troca? Só o fato de não se ouvir mais os gritos da Sra. Black ou de não se precisar manter silêncio já era muito bom! Mas, pensando bem:

— Eu gostaria que nos déssemos bem, Monstro. E que você tratasse bem meus amigos, mesmo sendo eles traidores do sangue, Sangues-Ruins. Poderíamos fazer acordo, Monstro?

O elfo olhou desconfiado para Harry, em seguida, para Rony e Hermione, por certo pensando se valia a pena, e acabou capitulando e aceitando. Foram vários os resultados: o quadro da Sra. Black e as cabeças élficas foram retirados, tornando a casa bem menos agourenta; as relações entre Monstro e os moradores da casa ficaram mais suportáveis; e Hermione ficou muito mais simpática, com um sorriso de orelha a orelha, vai ver pensando que isso foi um resultado de sua antiga campanha, o F.A.L.E., além, é claro, de seu entendimento com Rony...

À noite, a casa encheu rapidamente: Hagrid, todos os Weasley — exceto Carlinhos, que trabalhava na Romênia, Gina, que estava na escola, e Percy, que cortara relações com a família — Fleur, Lupin, Tonks, Olho-Tonto, Estúrgio Podmore, Elifas Doge, Kingsley, Dawlish, Minerva McGonagall, Fílio Flitwick, Pomona Sprout, Aberforth, Horácio Slughorn, e outros. Até Ana Christie apareceu.

Harry se sentou perto de Hagrid enquanto a reunião não começava.

— Como vocês conseguiram escapar da escola, Hagrid? E pior, escapar de Snape e dos outros capangas de Voldemort?

— O elfo doméstico Dobby pôs Poção do Sono na sopa servida a eles no jantar, Harry. Em seguida, Minerva fez uma Chave de Portal e todos nós viemos, usando-a na sala dos professores. Harry, as coisas não estão nada bem por lá. Os bruxos mestiços são muito maltratados, sabe? Estão direto sofrendo detenções injustas e pesadas, não podem contatar seus familiares, viraram sacos-de-pancada do pessoal sonserino. Não temos mais alunos Nascidos-trouxas. Aqueles garotos da Sonserina são realmente cruéis. Nada me tira da cabeça que estão se preparando para se tornar Comensais da Morte, e vêem a escola como uma “etapa de aprendizado”.

Minerva McGonagall chamou todos à cozinha, que fora ampliada por mágica, e todos se sentaram à grande mesa, que fora aumentada. Antes de falar, ela pigarreou.

— Caros colegas da Ordem da Fênix, hoje acrescida de novos membros — os olhos dela passaram rapidamente por Harry, Rony, Hermione e Ana — eu e Kingsley os chamamos aqui porque algumas coisas têm que ser resolvidas. Estamos sem liderança, o que não é bom, e sem rumo. Temos que decidir algumas coisas importantes. Em primeiro lugar — nesse momento ela olhou Harry profundamente — creio que Dumbledore deixou uma tarefa bastante especial a você, não, Potter?

O garoto engoliu em seco e olhou para todos, que o olhavam fixamente.

— Bem, sim, ele me deu uma tarefa, mas queria que ela fosse secreta. Não posso contar a vocês, me desculpem, apenas a quem ele me permitiu.

Todos aceitaram, embora Dawlish tivesse ficado irritado com a falta de confiança nos demais membros. A Profª McGonagall tornou a falar:

— Temos que nos organizar. Nos tempos de hoje, estratégia é tudo. Nossos passos têm que ser sincronizados. Estava outro dia vendo um jornal dos trouxas e uma coisa me chamou a atenção. Algo chamado “táticas de guerrilha”. Pelo que percebo, somos uma minoria, os demais bruxos têm demasiado medo de enfrentar Voldemort e seus Comensais. Precisamos preparar uma boa frente de resistência, com espionagem, ataques-surpresa, desenvolvimento de feitiços e poções, rede de informação. Todos estão de acordo e aceitam participar de um ato contratual mágico?

Ninguém recusou, ao contrário. Todos queriam lutar, resistindo a Voldemort e tentando vencê-lo através de todos os meios possíveis. Assinaram um contrato mágico à prova de traição e tomaram algumas decisões de urgência: Dawlish, que não se desligara do Ministério e era ainda um auror ativo lá, seria um espião a favor da Ordem; Tonks e Lupin decidiram ser agentes, ela vigiando bruxos suspeitos e ele, Lobisomens conhecidos; em Hogwarts, de maneira secreta, os professores tentariam desenvolver novas armas contra os Comensais ou de defesa, como Fred e Jorge, usando a Gemialidades Weasley como fachada, fariam. Outras decisões seriam tomadas ao longo das demais reuniões. Enfim chegou o momento de se decidirem por um líder.

Harry não queria, e nem poderia, por conta de sua missão e pelo fato de ainda não ser um grande bruxo, ser alguém bastante jovem, mas mesmo assim foi cotado. Kingsley e Minerva também o foram e, no final da votação, para alívio de Harry, Minerva foi a escolhida quase unanimemente.

A bruxa tirou de dentro de uma bolsa medalhões e distribuiu a todos.

Esses medalhões foram enfeitiçados com o Feitiço de Proteu. Será uma forma de nos comunicarmos e marcar os encontros para as reuniões da Ordem. Ideia que tomei emprestada da nossa colega Hermione Granger.

Hermione ficou vermelha ao receber o elogio velado da sua professora preferida. Aos poucos, as pessoas foram se dispersando. Ana Christie, que estivera conversando muito com Hermione, pondo, de maneira indireta, seus novos conhecimentos em xeque, além de compartilhando ideias sobre os trouxas ingleses e brasileiros, decidiu dormir aquela noite ali. Assim, poderiam conversar mais no dia seguinte.

Quando só faltavam ir embora a Profª McGonagall, os demais professores e Hagrid, que moravam em Hogwarts, ela falou a Harry:

— Harry, compreendo que não deve falar nada sobre sua missão, se assim Dumbledore o determinou, mas quero que saiba que, o que precisar, basta me pedir. Farei o que estiver ao meu alcance e sem que me precise dizer nada.

O rapaz sorriu.

— Obrigado, Profª McGonagall, a sua ajuda será muito bem vinda.

Foi a vez de Horácio Slughorn puxar Harry para um canto.

— Harry, meu rapaz, assim que soube, hoje, dessa sua missão, percebi logo qual é. É a procura às Horcruxes, não é? Sei porque até hoje me culpo pelas informações que, inadvertidamente, dei a Tom Riddle.

Harry não teve como negar.

— Voldemort fez não menos que seis Horcruxes, tenho certeza, meu rapaz. E acredito que algumas delas são peças preciosas pertencentes a bruxos poderosos. Você tem ideia de quais são todas?

— Não, professor. Duas foram destruídas, um diário pertencente a Tom Riddle e um anel da família Gaunt e Peverel, ancestrais de Riddle. Sei que faltam quatro ou cinco a serem destruídas, e acho que elas são a taça de Hufflepuff, o Medalhão de Slytherin — que não tenho certeza se foi ou não destruído — e a cobra de Voldemort, Nagine. Não tenho, entretanto, a mínima ideia sobre quais são as outras Horcruxes.

Slughorn pensou um pouco.

— Creio que devem ser peças pertencentes à Gryffindor e a Ravenclaw. Vou pesquisar para você, rapaz. Veja isso como um ato de desculpas e redenção.

Quando, finalmente, Harry se deitou na cama do quarto que dividia com Rony, pensou nas dificuldades que aquele ano traria para ele. Antes de adormecer, entretanto, murmurou:

– Mas, para vencer Voldemort, as enfrentarei com todo prazer!