Bloody Lips

Onde Isabella Swan é capaz de tudo


Capitulo 20

Bella P.O.V

-Cacete, Bella! Concentre-se. – Jake exclamou nervoso. Pisquei confusa.

-Hã?

-Você me deixou ataca-la. – Jake acusou infantilmente.

-Não, você me atacou e eu não consegui parar. – Respondi revirando os olhos, ele estava à meia hora reclamando que o deixei vencer.

Eu não estava concentrada, por isso ele ganhou por próprio mérito. Agora, tenta enfiar isso na cabeça oca de Jacob?

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O motivo da minha desconcentração era Nessie, que ainda não tinha dado sinal de vida.

-Jake, tia Bella perdeu. – Peter exclamou – E você é quem sempre perde! Não é legal?

-Viu? Até ele já entendeu que ganhar é uma coisa legal. – Falei cansada.

-Isso não pode estar certo!

Rosnei furiosa e, com um movimento rápido, passei por baixo do braço dele, chutei seu joelho e o segurei pelos cabelos.

-Eu ganhei agora, porque você foi pego desprevenido. Foi isso que aconteceu comigo, por isso é perfeitamente natural que você tenha ganhado. – Empurrei seu rosto para o chão enquanto Layla batia palmas animadamente.

-Ok, você tem um ponto. – Jake disse com a voz abafada.

-Quando você estiver lutando de verdade, um momento de distração, apenas uma fração de segundos pode decidir se você vai estar morto ou não. – Disse rondando o corpo de Jake. Estávamos lutando à mais de três horas. Billy veio ao meu quarto, por ordem de Charlie, me pedindo para treinar com Jake, pois isso manteria a forma de ambos.

-Bella, que tal encerrar? - Ele perguntou lá do chão.

-Que tal encerrar quando você estiver com uma hemorragia interna? – Retruquei sarcástica.

-Isso aê Bella! – Jared falou no canto da sala. A sala de treinamento estava sendo usada por todos os membros. Transfiguradores, humanos, bruxas (sim, elas lutam também, essa vida pede por isso), nephilim, selkie, aswang, e, claro, os caçadores que olhavam tudo e todos desconfiadamente.

Eu realmente fiquei um tanto confusa com a quantidade de criaturas que me falaram, então pedi uma descrição para Jake. Nephilim são filhos de humanos e anjos, eles são como uma ponte entre nosso mundo e o outro, o que chamamos de sacerdote, ou médium. Selkie são bem atrativos, eles viram focas ou algo assim, de qualquer maneira contam como números e podem viajar pelo oceano. Por ultimo os mais sinistros são os Aswang, são um cruzamento de vampiro e bruxa, são canibais, viram um cachorro ou um javali, e são na maioria mulheres.

É claro que tem várias outras criaturas das quais eu nunca ouvi falar na vida por toda a propriedade, mas essas são as que estão treinando por perto no momento.

-Acabou o turno. – Sam exclamou. Sim, todo mundo ali tinha um horário, até mesmo eu. Não que eu reclamasse, estava ficando cansada mesmo.

-Bom, eu vou tomar banho. – Falei para Jake.

-Tia. – Layla veio na minha direção. – Nessie quer falar com você.

-Como? – Jake se inclinou interessado, apenas o ignorei.

-Como sabe disso?

-Acabei de vê. – Ela abaixou os olhos – Ela ta brava. – Franziu o cenho.

-Eu tenho que ir atender. Vamos? – Peguei os dois pelas mãos. Desde que acordei com os dois em cima de mim hoje de manhã, eles não saem da minha vista. Crianças podem ser os bons torturadores às vezes.

-Espera Bella! Bella? – Virei-me impaciente para Jake. – Nessie não me tratou muito bem ontem...

-Sim? – Perguntei indiferente. Hesitando um pouco, ele recomeçou a falar.

-Eu não sei se você sabe, mas...

-Jake, eu sei da impressão. Ela não quer ser nada além de amigo.

-Sério? – Ele parecia incrédulo.

-Bom, talvez amiga colorido se você caprichar no charme, hã? – Comentei maldosamente. – Mas Nessie é como eu e, acredite em mim, nós... – Parei tentando achar as palavras – Só não somos tão delicadas como parecemos. – Falei dando um sorriso amarelo. – Agora, com sua licença! Vamos logo. – Me virei para os dois, que me olhavam animados.

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Apressei-me para as escadas com os dois, e consegui chegar ao quarto rapidamente. Assim que isolei todo o local me virei para os dois.

-O que viram? – Perguntei ansiosa.

-Nessie com uma arma. – Peter respondeu, então seus os olhos brilharam – Ela lutando e um monte de homens com armas também, tinha duas mulheres, e elas eram muito legais com o chicote. – Em resumo muita violência! Homens sempre gostam disso.

-Gente má. – Layla acenou com a cabeça. – Alegria!

-Estavam alegres? – Perguntei confusa.

-Não, eles não, eles tavam furiosos. Nessie tava alegre! – Layla explicou como se eu fosse boba. Eu até ia responder algo para não sair por baixo, mas meu celular começou a vibrar.

-Mama! Que demora! Credo! – Nessie exclamou quando atendi.

-Onde você está? E por que as crianças previram você brigando?

-Já viram isso? Eles são bons... – Ela refletiu.

-Nessie... – Falei em tom perigoso.

-Ok. Eu descobri que ele está negociando para ter mais aliados nisso tudo.

-Continue...

-Tem um bando de seguranças armados até os dentes.

-Como achou esse lugar?

-O cheiro é de arma é forte demais para não chamar a atenção. Além do mais, aquele endereço rastreado era de um bar, foi só fazer charme que me contaram. – Ela respondeu prontamente.

-Então?

-Eu estou em cima de um prédio com um binóculo no momento, mas eu vou entrar e ver o que estão aprontando.

-Nessie, você não...

-É minha deixa, tchau! – Ela exclamou rapidamente e desligou na minha cara. Controlei o impulso de esmagar o celular com mão.

-Droga! - Tentei discar novamente nos primos minutos, mas só cai na caixa postal. Suspirei resignada, Nessie era pior que um pitbull para ser controlada!

-Tia! – Layla repentinamente começou a chorar. Olhei-a confusa e a segurei quando ela se jogou em mim.

-O que foi?

-Doi.

-Hã? – A olhei preocupada, não havia percebido que passava mal.

-Nessie ta em perigo tia. – Peter falou com o rosto mortalmente pálido.

Não foi difícil deduzir pelo rosto das duas crianças que Nessie seria pega e torturada. Edward me disse que Layla sentia suas visões, já Peter as via mais claramente, então minha conclusão tinha lógica.

-Calma. – Consolei a garota que se agarrava à minha blusa. – Eu tenho que ir lá. – Falei para mim mesma determinadamente. – Vocês querem me ajudar a evitar a dor de Nessie? – Foi à melhor forma que eu achei para perguntar.

Os dois acenaram com a cabeça.

-Bom, eu tenho um plano. – Falei enquanto os dois se aproximavam. Eu tinha concluido produzir metade do plano para Alice não ver nada.

-Por favor, Jake! – Layla exclamou ansiosa.

Estava no quarto, pegando tudo o que precisava para ir até Nessie. Eu poderia contar há todos e mandar uma equipe o mais rápido possível. Mas havia um porém. Se uma equipe de vampiros, lobos, transfiguradores e etc, aparecessem lá, eles perceberiam que Nessie não é qualquer uma.

E isso só resulta em uma coisa: Morte. Pode não ser imediata, mas iria por esse fim.

Eu sabia que era arriscado e que não poderia mostrar meu rosto, devia ser rápida a esse ponto e levaria Jake comigo. Dessa forma Alice não poderia ver o que iríamos fazer, as crianças iriam também iriam conosco, mas eu os deixaria na igreja da cidade. O padre de lá é muito simpático e era amigo de Charlie. Ou seja, logo meu pai saberia a localização dos dois.

-Ok, galerinha, eu vou levar vocês para um passeio na propriedade. – Segundos depois eles estavam dentro do carro.

Sai do quarto com a mochila nas costas e olhei para os lados. Com meu escudo, percebi que havia apenas dois vampiros no andar de baixo. Respirei fundo e isolei tudo ao meu redor. Não poderiam ouvir nada, nem meus passos e nem meu coração batendo.

Fui andando em alerta. Tinha que pular pela outra janela, era o lugar onde esta livre de vigia, um ponto fraco no segurança. Esses vampiros são um tanto arrogantes.

Eu ia abrir a porta quarto quando uma mão segurou meu pulso.

-Bella. – Alice me olhava com a testa franzida, isolei o som ao redor dela imediatamente. – O que você está fazendo? Não consigo ver... – Ela se calou quando enfiei a faca, que ela havia me dado na luta, em seu estomago.

-Me desculpe, mas é minha filha. - Sussurrei.

Alice arregalou os olhos para mim, então puxei a faca e a empurrei com força na cama. Ela me olhava com um pouco de dor. O ferimento já começava a cicatrizar, tinha um minuto no maximo.

-Até. – Falei e pulei a janela.

Obviamente isolei Alice no quarto em todos os sentidos. Ela não poderia sair no momento, e nem gritar, e muito menos pedir socorro mentalmente. É... Talvez eu tenha um dom perigoso.

Sai correndo e só parei no meio da floresta, abri meus sentidos tentando encontrar o carro, então um cheiro me bateu na hora. O perfume que coloquei nos dois é inconfundível. Na minha velocidade máxima me aproximei da trilha e encontrei Jake encostado no capô.

-Mas tem uma aranha, Jake! – Layla exclamou chorosa. Essa menina vai ser uma mulher e tanto quando crescer, nunca vi mentir tão na cara de pau.

Agora era o momento difícil, eu ainda mantinha Alice presa há algumas centenas de metros e com algum esforço conseguiria por mais algum tempo. Nesse instante eu estava criando outro escudo ao meu redor para ninguém ouvir a conversa com Jake. Já vi que terei que fazer uma boquinha, ando gastando muito minha energia.

-Hey Jake! – Cumprimentei com um sorriso falso, enquanto abria a porta do motorista.

-Bella! Que merda você...? – Eu não tinha tempo ladainha então o cortei com um resumo rápido.

-Nessie está em perigo, vai ser pega e torturada por um bando de capangas de lobisomens. - Eu sabia que Nessie era o ponto fraco dele.

-Tia Bella... – Peter disse em tom baixo cortando alguma provavel exclamação de Jake. – Ela não vai ser torturada. – Franzi o cenho para ele. – Um cara mal vai bater nela, depois rasgar a roupa dela e... – Ele parou olhando para baixo, Layla soltou um soluço.

Agora eu fiquei arrepiada de... De... Medo. E eu não sou das que tem medo pelos outros.

-ENTRA LOGO BELLA! – Jake exclamou se jogando no lado do passageiro. Joguei minha mochila lá dentro e pulei no carro, então acelerei no máximo.

-Pegue isso. – Com um movimento, dei meu celular a ele.

-O que quer fazer?

-Ligue para a operadora e diga que sua namorada perdeu o celular, a senha é "Disney".

-A senha é o que?

-Não pergunte! Faça! É para localizar Nessie através do celular.

-Ok... – Jake suspirou e ligou. – Sim, minha namorada perdeu o celular, nome completo?

-Rennesme Carlie Swan. – Respondi olhando para o retrovisor. – Tudo bem com vocês? – Perguntei para os dois. As crianças acenaram com a cabeça. - Vai tudo ficar bem, confiam em mim?

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-Confio. – Layla murmurou com um beicinho de cortar o coração. Foco Bella, depois você vira uma manteiga derretida.

-KBJ88540 – Falei antes que Jake perguntasse o código.

-KBJ88540 – Ele repetiu – Disney... Eu sei... Obrigado... –Jake se virou e deu o endereço. Vi a entrada para fora da propriedade e forcei minha mente, o portão se arrebentou segundos antes de nos aproximarmos.

-Wow! – Jake murmurou um tanto chocado.

Então, eu retirei o escudo de Alice e fiz uma coisa louca, eu cobri a propriedade inteira. Ninguém sai e ninguém entra, eu sentia todos e estavam se movimentando rapidamente, eu não vou aguentar muito tempo...

-Eles vão atrás de nós depois dessa. – Jake falou mal humorado.

-Não vão, ninguém vai sair de lá. Mas já sabem da minha fuga. – Falei acelerando mais ainda o carro. – Crianças, eu vou deixar vocês na igreja com o padre Robert. Vocês vão ficar bem com ele, certo?

-Tio Charlie vai pegar a gente. – Peter falou olhando para o nada.

-Que horas? – Jake perguntou.

-Eles não sabem ver as horas, Jake! Peter, vai ser depois do almoço?

-Do jantar. – Ele respondeu.

-Isso fica cada vez melhor. – Murmurei. A essa altura já entravamos na cidade. – Eu sei que é crueldade minha, mas vocês poderiam falar que horas Nessie vai ser ... pega? – As duas crianças me olharam confusas. Suspirei impaciente. – Vai ser de noite ou de dia?

-Noite. Eles a pegaram depois do almoço. - Peter respondeu olhando para o teto.

-Como sabe disso? – Jake perguntou franzido o cenho.

-Ela enfiou a cara de um deles na macarronada. – Peter respondeu ainda olhando para o nada, talvez ele consiga controlar seu dom.

-É engaçado. – Layla falou dando uma risadinha, pelo menos ela não está visualizando a dor de Nessie com uma tentativa de estupro. O trauma psicologico que Nessie pode passar para Layla é tão forte que eu não sei se a criança aguentaria.

-Parece ser a cara de Nessie. – Eu disse e virei o volante com força, fazendo o carro parar em paralelo a entrada da igreja. Olhei o relógio, tínhamos meia hora no máximo. – Ok... Jake pegue minha mochila. Crianças para dentro da igreja, agora!

-O que vai fazer? – Jake perguntou enquanto caminhávamos rapidamente para a igreja.

-Chegar na nossa velocidade normal. É o jeito mais rápido. – Falei subindo as escadas. – Fique aqui, vou deixar as crianças com o padre.

-Eu vou para a floresta te esperar. – Acenei com a cabeça e me virei para a igreja com as crianças. Era quase hora do almoço e o dia já prometia.

Jake P.O.V

Ok... Respire fundo. Bella e eu estamos na frente de uma fabrica ou algo assim (eu não me importo!). E eu estou fazendo algo que nunca fiz na vida:

Desobedecer aos Volturis.

A ordem era clara, aconteça o que acontecer mantenha Bella e as crianças na propriedade. O que eu fiz?

EU OS TIREI DA PROPRIEDADE!

Calma, Jake! Não entra em pânico! NÃO ENTRA EM PÂNICO!

Mas quando Peter disse naquela voz morta dele que Nessie ia ser estuprada hoje à noite, eu simplesmente deixei meu lado emocional entrar em ação. E agora estou aqui, com uma Bella que eu não conhecia, ela estava certo não posso me deixar levar pelas emoções em situações de risco.

Cara, eu sabia que ela tinha entendia alguma coisa sobre armas, mas pensei que fosse algo amador. Um amador bom, é claro, com aqueles sentidos ampliados até Seth seria ótimo e ele pessimo. Mas ela está manejando tudo como profissional, como fizesse isso há anos.

Talvez seja a coisa do veneno de demônio no corpo. Sabe como é, né? Feita para matar.

-Jake! – Ela sussurrou raivosa. – Se concentre! Se não tirarmos Nessie daqui agora, haverá conseqüências para ela. – Ela me olhou significativamente.

-Ok.

-Ok? – Ela rosnou, wow! Alerta de TPM! – Olha aqui seu projeto de gigante estúpido! Eu arruinei a vida daquela garota, sabia? Eu devo muito a ela por conta disso, então pegue uma arma e faça o que faz no treinamento.

-Levar uma surra? – Perguntei, franzindo o cenho. Sem pânico, sem pânico, sem... OUT! Ela me bateu!

-Atire. – Ela se virou, e depois se voltou para mim novamente. – E atire para matar. Todos tem corações humanos.

-Humanos? – Franzi o cenho. – Me deixe ver isso. – Eu a empurre de leve e dei uma boa olhada nos caras. – São da talamaska. – Falei irritado. Aqueles bastardos, filhos de uma quenga... - Arsch mit Ohren*. – Murmurei irritado, ela se me olhou por cima do ombro com as sobrancelhas arqueadas.

-Que merda você falou?

-A Srta. Eu sei tudo não sabe alemão?

-Eu não prendi a língua, imbecil. Agora, quem são eles? – Bella falou grossamente.

-Talamaska são caçadores de relíquias, eles roubam o conhecimento para eles, são totalmente humanos e agora estão trabalhando com os lobisomens. – Falei analisando os homens e suas armas, que eram muitas.

-Com sabe que estão do lado dos lobisomens?- Ela perguntou.

-Vampiros mantêm muitos bens místicos escondidos, ou seja, os impede de ter algumas coisas.

-Como o que, por exemplo?

-Entrar nos triângulo das bermudas. Os Volturis sabem como desfazer a magia que esta ali. – Eu respondi e Bella me olhou incrédula. – O que? Acredita que as pessoas desaparecem sem motivo? Poupe-me.

Ouvimos um estrondo forte lá em cima, e então os caras na frente se entreolharam e entraram.

-Nossa deixa. – Bella falou. – Mate todos.

-Eles podem ter informações.

-Os guardas? Eu não acho, os que estão lá dentro pousando de grandes chefões, esses sim sabem. – Ela respondeu destravando a arma, então levantou o punho e atirou duas vezes, ainda bem que tínhamos um supressor. – Vamos.

Nos aproximamos, os dois estavam com a bala na cabeça. Sinistro! Achei que Bella fosse uma caipira sabichona que teve o azar de ser encontrada por um demônio. Agora percebo que tem mais coisa no meio desse resumo.

-Só eles protegendo aqui? – Bella perguntou a si mesma.

-Não seja inocente, Bella. – Então levantei meu rifle e disparei nos que estavam saindo do carro.

-Pare, imbecil! – Ela falou abaixando minha arma com força.

-O que? - Perguntei na defensiva.

Nesse instante começou a cair uma chuva de balas na gente. Por sorte Bella levantou seu escudo, aquilo era bem útil.

-Por isso! Primeira regra: Quando for invadir um lugar cujo numero é superior ao seu, seja silencioso!

-Como se você tivesse feito isso antes. – Respondi irônico, enquanto ela agarrava meu braço e entravamos no prédio.

-Eu nunca fiz, mas sou esperta o suficiente para saber que o fator surpresa é uma grande vantagem, cabeça oca. – Ela cuspiu, então levantou duas armas – Agora é por sua conta, vá atrás de Nessie, eu os distraio.

Acenei com a cabeça e me esgueirei à procura do centro do meu mundo. Sabe, eu não sou tão burro quanto pensam, saquei que ela não quer nada comigo. Mas quando se ama alguém não se luta por ela?

A impressão só é um dom que nos mostra a pessoa certa, e por mais que Nessie recuse isso, nada vai mudar o fato de que eu estou apaixonado.

Nem mesmo um "não" me impedirá.

O problema é mostrar a ela que a paixão é recíproca, porque eu bem vi os olhares dela para mim. E devo dizer que nunca me senti tanto como um pedaço de carne na vida. Um pedaço de carne bem suculento permita-me dizer.

Atirei nos três homens que vieram na minha direção.

-Onde pensa que vai princesinha? – Eu ouvi atrás de uma porta.

Ouvi algo se quebrando e então o som de um tapa.

– SUA VADIA!

Não pensei duas vezes e arrombei a porta com o pé, haviam dez homens na sala. Um segurava Nessie com os braços presos nas costas, que tinha a boca suja de sangue. Imediatamente eu soube que ali não tinham só humanos, mas lobisomens. A força sobrenatural deles era capaz de confrontar até um vampiro, imagine um simples demônio?

Eu soltei um grito e descarreguei a arma em geral. O homem que estava de frente para Nessie me olhou raivoso e rosnou, então começou a virar um lobisomem. Levantei a arma e atirei na cabeça do lobisomem que segurava minha Nessie, quer dizer, hum... Foi isso mesmo que eu quis dizer.

-Tiro legal. – Ela comentou enquanto olhava para o homem morto. Suas sobrancelhas estavam bem arqueadas, e percebi que ela ficava linda com uma cara incrédula. Um rosnado forte me tirou dos pensamentos românticos em relação à ruiva. – O lobo ali já não é tão legal. - Apontou para o lobisomem que se transfomrava.

Enfiei a mão no bolso e peguei meu sagrado canivete de prata. A arma já estava sem bala, já que descareguei em todos.

-Nessie, saia daqui, ok? – Falei e ela apareceu ao meu lado. A fera rosnava ameaçadora para nós, demos um passo para trás e ouvimos outro rosnado. Yeah! Havia dois lobisomens atrás de nós. – Pensando melhor...

Avaliando a situação deu para perceber que eu não escaparia daqui, não quando eu tinha uma apenas uma faca de prata. E um contra três é covardia. Eu odiava pensar nisso, mas teria que contar com a ajuda de Nessie.

-Ness...

-Hum? – Ela murmurou sem me olhar.

-Pega! – Exclamei jogando o canivete no ar e me transformando. Ouvi a exclamação de Nessie quando saltei para trás entrando numa briga de dois contra um.

Mordi o pescoço de um e, sem largar, dei um coice no focinho do outro. Mordi o mais forte que pude e arremessei um lobo contra o outro, porém fizeram um corte no meu ombro que deixou em carne viva.

Encarei os dois lobos que andavam em minha direção. Ouvi um grito na sala onde Nessie supostamente lutava e me distrai por um instante.

Foi o suficiente.

O lobisomem pulou com tudo em cima de mim, e demos umas hã... mordidas no focinho do outro (eu sei que não pega bem ficar focinhando o lobo alhei, mas é a maneira que lutamos.). O outro lobisomem resolveu se juntar a brincadeira "mordam o Jake". Foi nesse momento que pensei no que deixaria para Nessie no meu testamento.

Então, de repente, surgiu um canivete, que foi fincado no pescoço de um dos lobisomens. Pude ver Nessie empurrar o corpo dele enquanto mais uma faca chegava voando e o acertava também.

Bella.

Santa Bella! Ou melhor demoniaca Bella!

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-Nessie. – Ela exclamou, mas não pode falar mais nada, pois o lobisomem que restava na sala uivou.

Aquilo foi poderoso, cara.

A tradução daquilo para nós foi: Fudeu!

Por que em resposta se ouviram vários outro uivos. Vários mesmo.

-Merda... – Bella murmurou chegando perto de nós. – Vamos, agora!

Virei humano naquele instante e saímos correndo. Não foi muito confortável correr nu de um bando de lobisomens. Mas posso dizer que quase entendo a sensação de liberdade dos nudistas.

Nós entramos em uma espécie de deposito e nos escondemos atrás das caixas.

-Não vão conseguir nos achar pelo barulho. – Bella disse se agachando e abrindo a mochila. Ela me jogou uma bermuda e tirou mais armas de lá. Me pergunto a onde ela conseguiu tantas armas. – Eles têm um bom deposito de armas, mas prata é algo um pouco difícil de achar aqui. Tem pouca coisa, mas as outras balas ainda ferem.

-Não ferem, não. – Respondi e as duas me olharam atentas. – Prata é a única coisa que consegue perfurar o casaco de pêlos deles.

-Nada mais?

-Quando estão na forma humana podem atingi-los com outros metais.

Bella olhou ao redor.

-E eletrocutá-los? – Ela perguntou olhando para o teto. Havia correntes ali.

-Os deixaria desacordados.

-Não vai conseguir mama. – Nessie falou. – Seu escudo vai acabar nos eletrocutando também.

Bella suspirou exasperada.

-Saiam daqui, eu os distraio. – Ela apontou para a janela.

-Mãe. – Nessie chamou preocupada.

-Jake, tire-a daqui. – Bella nem ao menos nos olhou, agarrei os braços de Nessie e há arrastei um pouco contragosto. Também não gostava da idéia de deixá-la sozinha.

-Sorte. – Murmurei a ela, que acenou com a cabeça.

Nessie e eu pulamos a janela e saímos correndo para a floresta, não sem antes matar alguns humanos que se concentravam lá dentro. Confesso que realmente fiquei preocupado com Bella, aquilo era barra pesada.

Estávamos ambos na forma humana correndo a toda velocidade. De repente, Nessie se virou. Foi tão brusco que seus pés se afundaram no chão, parei ao seu lado a olhando confuso.

Me concentrei nos sons ao redor e ouvi um carro parando na estrada que havia por perto. Comecei a sentir uma dor de cabeça horrível, tudo ficou desfocado, me sentia sendo jogado para todos os lados e então só havia escuridão.

Edward P.O.V

-Alice, o que está dizendo? – Eu a olhava incredulamente. Depois de conseguir tirar Selene da armação dos Romenos, cheguei em casa. O que encontro? Um portão arrombado, todos os pensamentos confusos sobre a propriedade ter sido invadida, ou algo assim. E ninguem ter conseguido sair até agora pouco quando voltei.

Agora, Alice vem me dizer que Bella, isso mesmo Bella, a esfaqueou, jogou dentro do quarto e a manteve lá até sair da propriedade. O pior é que é verdade, a imagem de Bella esfaqueando Alice com tudo e empurrando no quarto era bem nítida na mente de Alice.

- E as crianças sumiram com Jake. – Alice acrescentou – Obviamente tem ligação.

-Vamos olhar no quarto, deve haver alguma pista do que... – Eu parei de falar quando entrei no quarto.

Na minha frente se encontrava a...

-Oi, gente. – Bella falou sonolenta. – Que foi? – Ela franziu o cenho ao ver nossos olhares.

-Você me esfaqueou! – Alice entrou no quarto olhando-a incrédula.

-Desculpe, o que? – Bella perguntou confusa. Ela usava roupas normais dela, parecia ter caído na cama e dormido nas ultimas horas.

-Você... – Alice parou de falar, encarando-a desconfiada. O que está acontecendo? Ela pensou.

-Bella, o que fez hoje? – Perguntei e a mesma me encarou por alguns segundos, então deu um sorriso pequeno.

-Bom, fui acordada pelos "pestinhas videntes", treinei com Jake durante boa parte da manhã, voltei para o quarto tomei banho e dormi até agora. Nada de especial. – Ela falou dando de ombros.

Me virei para Alice.

-Ilusão? – Perguntei a mim mesmo.

-Talvez, mas... – A casa foi invadida, talvez alguém tenha se passado por Bella e tenha seqüestrado as crianças com Jake.

Acenei com a cabeça.

Fique com ela um pouco. Alice falou olhando para Bella. Talvez tenham provocado o sono dela. De qualquer maneira deve haver algo que ela não percebeu. Cuidarei do resto com os outros.

Eu ia protestar, mas Alice apenas sorriu e se virou para Bella que nos observava atentamente.

-Foi alarme falso, desculpe pela acusação. – Alice disse docemente.

-Tudo bem, ainda estou grogue o suficiente para ignorar isso. – Ela deu um sorriso fraco. Olhei-a atentamente, havia algo diferente nela, só não sabia o que. Bella seguiu Alice com os olhos, enquanto a mesma seguia intrigada para a porta. – O que andou aprontando? – Ela perguntou se levantando da cama.

-Nada demais. – Ela arqueou a sobrancelha para mim, então deu ombros.

-Por que vocês...? – Eu a cortei.

-Vou tomar banho.

-Edward, você não pode entrar no quarto com uma Alice afirmando que eu a esfaqueei e me deixar sem explicação. – Ela exclamou enquanto eu fechava a porta do banheiro.

-Sim, eu posso. – Falei lá de dentro.

Enquanto tomava banho observava os pensamentos ao redor. Carmem havia chegado de seu encontro secreto com Eleazar; Jasper e Rose discutiam a proteção para a chegada dos Volturis amanhã e Alice informava Carlisle e Charlie sobre os últimos acontecimentos. O resto tentava localizar as crianças e Jake.

Assim que sai do banheiro Bella se virou para mim. Ela estava na frente de seu notebook e parecia ter sido pega fazendo algo.

-O que tanto faz no notebook? – Perguntei indiferente, enquanto ia para o closet.

-O de sempre, checando os emails, olhando as noticias, enrolando na internet. – Ela respondeu enquanto digitava.

-Algo interessante?

-Nada. – Ela respondeu curtamente, parando de digitar. – Então, eu ouvi algo sobre os Volturis, e percebi que não sei nada sobre eles.

-Bom, são três lideres: Marcus, Aro e Caius. Caso aja indecisão quem dá a palavra final é Marcus, pois é o mais velho, por isso não se engane com a pose de Aro. Ele sempre foi o mais diplomático.

-E o tal Caius? – Ela perguntou se apoiando na mesa.

-Ele é ótimo nas maldades do clã, é o único casado dos três. – Ela franziu o cenho, então se aproximou de mim enquanto eu colocava uma camisa.

-Posso te fazer uma pergunta intima? – Ela perguntou olhando para minha camisa em vez de mim.

-Claro. – Dei de ombros.

-Você já foi noivo... Sei que foi no começo do século passado com uma tal de Tanya. – Estranhei o fato de ela saber o nome da minha ex-noiva. Talvez Rose tenha lhe falado. – Teve alguma outra? – Perguntou.

Parei de abotoar minha camisa e a olhei com atenção.

-Teve varias outras. – Ergui as sobrancelhas. Ela me encarou por baixo dos cílios.

-Você sabe o que eu quero dizer. – Então começou a abotoar minha camisa como se fosse a coisa mais natural do mundo. – Eu não quero ser pega pela língua afiada de algum vampiro.

Suspirei, ela tinha um ponto, mas havia algo ali. A curiosidade repentina em relação a mim era realmente uma novidade.

-Teve sim. O nome dela era Marie. Ela foi a primeira com quem me relacionei, tivemos algum tempo de luxuria, então ela foi embora. Essa foi a única que realmente marcou antes de Tanya. – Respondi um pouco a contragosto. Ela me encarou com os olhos um tanto arregalados.

-E depois?

-Ninguém até você.

-Até mim. – Ela repetiu e eu acenei com a cabeça. Bella me deu um sorriso e se virou saindo do closet, mas antes de atravessar a porta, ela parou e perguntou de costas para mim:

-Você a amou? – Fiquei um longo tempo em silencio.

-Sim, mas é um sentimento esquecido.

-Bom saber.

-Que eu amei outra? – Perguntei irônico.

-Que você teve sentimentos. – Ela me olhou por cima dos ombros. – E Tanya?

Estreitei os olhos para ela.

-Não, era algo mais carnal. – Respondi lentamente. – Por que as perguntas?

-Os Volturis estão vindo, não é mesmo? Não quero passar por momentos realmente desagradáveis. – Ela deu de ombros e foi para o quarto, a segui logo em seguida.

-Mudando de assunto... – Comecei e Bella me encarou curiosa, estava sentada na mesa do notebook agora. Havia algo nela que eu estava deixando escapar. –... Onde foi Nessie?

Bella espremeu os lábios enquanto me encarava, ela se levantou da mesa que estava sentada e andou pelo quarto.

-Como dizer isso de uma forma delicada? – Ela perguntou a si mesma, então se virou para mim com um sorriso divertido. – Não é da sua conta.

-Cadê a confiança? – Perguntei irônico, ela parou na minha frente.

-É uma excelente pergunta, Edward. Já que você também não me respondeu o que foi fazer ontem a noite. – Ela retrucou dando um sorriso de canto vitorioso.

-Existem coisas que eu não posso falar. – Disse me aproximando do seu rosto, eu tinha uma idéia da onde isso ia parar.

-O mesmo vale para mim. – Ela rebateu, então encarou meus lábios e me beijou.

Infelizmente Bella não havia me privado mentalmente, ou seja ouvia tudo perfeitamente lá embaixo, mas tentei ignorar enquanto a escorava na parede. Suas mãos desceram pelas minhas costas e eu fui alisado lá atrás, não pude deixar por menos e agarrei suas nádegas, a erguendo na minha altura.

-Alô? – Alice atendeu. Isso era realmente incomodo!

-Alice, preciso da sua ajuda, agora. – Ouvi Bella falar do outro lado da ligação.

-Bella? – Franzi o cenho durante o beijo, enquanto prestava atenção na conversa pela mente de Alice. – Onde você está? – Alice virou o rosto e encarou a escada assustada.

-Estou com Jake, em Seattle. Sei que não devia ter feito aquilo com você, mas eu tive meus motivos. – Alice pensou que aquilo só podia ser armação, então resolveu testar.

-Bella, Edward passou a manhã inteira te procurando!

-Me procurando? Do que está falando? Ele nem estava ai essa manhã. – Ai meu Deus! Alice pensou.

Rose, que ouvia tudo, encarou Alice chocada, mas eu não prestei atenção no que veio a seguir. Estava um tanto ocupado com minha língua enfiada na boca da suposta "Bella".

Quebrei o beijo e ela me olhou ofegante e sorridente. Agora eu sabia que aquilo era puramente falso. Agarrei-a pelo pescoço e a prendi na parede.

-Edward. – Ela falou sufocadamente.

-Não tente me enganar, quem é você? – Ela me olhou por alguns segundos com a expressão preocupada.

-Está me machucando. – Ela falou segurando minha mão.

-É pra machucar. Quem é você? – Perguntei mantendo meu aperto.

-Ah merda! Eu tenho que ir, agora! Falarei com você de... – Se ouviu um rosnado ao fundo e a ligação de Bella encerrou.

-Diga! - Bati sua cabeça na parede, fazendo-a fechar os olhos com algo parecido com dor.

-Edward, por favor... – Rosnei raivoso com seu teatro e a joguei na cama. Ela rolou até cair no chão. Quando se levantou vi seu sorriso perverso. – Ora, ora, o que foi que me entregou? Será meu beijo? Hum... Duvido. Aposto que foi a ligação lá embaixo. – Ela divagou pensativa, enquanto me encarava maldosa.

-Como ousa se passar por minha noiva? – Perguntei em tom baixo, pensando nas maneiras diferentes de torturá-la.

-Como eu ouso, Cabrini? – "Bella" retrucou erguendo as sobrancelhas.

-Do que me chamou? – Perguntei estreitando os olhos, ela riu em resposta. No mesmo instante eu estava do seu lado a segurando fortemente pelos braços.

-Me largue agora. – Ela falou em tom baixo e perigoso, não me dava medo, mas era um tom que nunca vi Bella usar. Essa Bella parecia ter mais experiência com ameaças.

-Ou o que? – Perguntei apertando mais forte.

Ela fez um movimento com os dois braços e se soltou, me surpreendi com força que ela fez isso. Infelizmente isso me pegou de surpresa e foi o suficiente para ela ergue a perna direita e me dar um belo chute no peito. Depois disso, fiquei realmente furioso.

Parei um soco que vinha em minha direção e virei seu braço com tudo, em resposta sua perna esquerda atingiu minha coxa. Passei por baixo de um gancho de esquerda, e passei meus braços por sua cintura. A ergui sobre o ombro e a joguei contra a parede.

Por ser uma casa de vampiro, as paredes eram especialmente resistentes, para quando nos empolgávamos no sexo. De qualquer maneira ela rosnou dolorida, enquanto eu a prendia na parede.

-Você não é tão boa quanto a própria Bella. – Zombei, realmente Bella parecia lutar melhor do que a transmorfo dela.

– Está achando que sou tão ruim assim? – Ela murmurou, então seus cotovelos bateram nos meus ombros, estranhamente aquilo doeu. E não foi pouco, mas eu sou acostumado com dor.

Logo em seguida ela me deu uma cabeçada, como ela não rachou a cabeça ou algo do gênero, percebi que ela não era uma transmorfo, estava lidando com uma vampira mesmo.

O efeito do golpe me fez afrouxar a força do aperto e ela se soltou, me empurrando com um chute no estomago. Estava de pé menos de um ¼ de milésimo depois. Ela se agachou para desviar de meu punho, passou por baixo do meu braço e me deu uma cotovelada na mandíbula.

A olhei raivoso, eu sabia que meu rosto estava complemente vampirico, vamos assim dizer, rosnei furioso e ela continuou com um sorriso doce, e seus olhos eram pura diversão.

-Vamos lá, Eddie, você é melhor do que isso. – Seu sorriso aumentou, estreitei meus olhos para ela. Levantei minha perna e ela bloqueou, segurei seu braço no ar e virei a fazendo dar uma cambalhota no ar, supostamente ela deveria cair no chão. Mas seus pés se plantaram firmes, e ela aproveitou e me empurrou na parede.

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Agora, eu estava sendo prensado na parede por uma vampira idêntica a minha er... Falsa noiva, e a mesma tinham tirado uma faca que estava escondida em alguma parte da roupa dela.

Ela parou a faca no ar bem na frente do meu peito, aquilo me deixaria impossibilitado por quize minutos, afinal era o meu coração se regenerando. Eu conhecia o rosto de Bella (depois de meses a encarando tentando captar pensamentos) e por mais que não fosse ela, não foi difícil detectar a hesitação nos olhos.

Poderia me matar naquele mesmo instante, por que não fazia isso? Era só arrancar minha cabeça com aquela faca, que eu sabia, poderia corta pele de vampiro.

-Faça. – Provoquei com um sorriso confiante. – Se não for, pare de enrolar e me diga quem é você. Claramente não é minha noiva, apenas está disfarçada dela.

Afinal aquele era seu dom, ou era bruxaria, pois até os batimentos cardíacos eu podia ouvir. Mas a força, rapidez e a pele resistente entregavam sua natureza.

Ela me olhou nos olhos, e eu vi algo que não pude identificar, foi rápido demais. No segundo seguinte, ela enfiou a faca no meu estomago.

-Não duvide que não possa fazer nada. – Ela sussurrou perto do meu rosto, por um segundo realmente me pareceu Bella. – E quem sou eu? Não reconhece sua própria noiva? – Ela deu um sorriso torto e ergueu as sobrancelhas. O sarcasmo na frase era palpável.

Ela girou a faca me fazendo espremer os lábios, aquilo doeu. Ela levantou o osso da minha carne.

-Até, meu amor. – Acrescentou ironicamente. Ela puxou a faca sem piedade e se virou.

Pela primeira vez eu vi certa diferença dela com a verdadeira Bella: O modo de andar, ela parecia pronta para atacar qualquer um, a qualquer instante. Bella era mais como uma modelo andando distraída.

-Eu vou matá-la. – Prometi quando ela já estava na varanda pronta para pular. Ela parou ao me ouvir.

Ela me olhou divertida por cima do ombro e riu.

Riu! E foi um riso sincero, não sarcástico ou irônico.

E então ela se foi, nesse instante comecei a ouvir os pensamentos lá embaixo para saber o que acontecia.

Os vampiros perceberam o movimento lá embaixo e se aproximaram, foi exatamente na hora que "Bella" pousou. Pensei que a pegariam e eu poderia cumprir minha promessa. Como estava enganado...

Bella olhou para eles e deu um sorriso realmente maligno, então ergueu as mãos e fez um movimento rápido, no mesmo instante se levantou um monte de terra. Quando tudo abaixou, ela não estava ali. Tentaram persegui-la, mas não havia rastro de que algo esteve ali.

Qual era o dom daquela criatura?

Olhei para meu estomago. Três costelas estavam levantadas, então enfiei o dedo ali e o coloquei no lugar.

-Edward! – A porta do quarto foi arrombada. – Finalmente! – Rose suspirou e se aproximou de mim com Alice.

-O que quer dizer? – Perguntei me erguendo, o machucado já tinha cicatrizado.

-Não ouviu nossos gritos te chamando? – Rose perguntou franzido o cenho.

-O que?

-Eu tive uma visão de Bella lhe enfiando uma faca. – Alice explicou. – Corri aqui pra cima com Rose e tentamos entrar, mas... – Ela olhou para Rose confusa.

-A porta não abria, parecia que havia uma barreira invisível... – O tom dela diminuiu.

-Como Bella faz? – Perguntei para confirma.

-Tem sentido. O quarto foi isolado também. – Rose disse pensativa.

Parando para pensar por alguns momentos durante a luta com ela, eu não pude ouvir nenhum pensamento.

-Mas isso não explica como ela levantou a terra durante a fuga e fugiu tão rápido sem deixar rastro. – Comentei.

-Depois conversaremos com Carlisle. – Alice disse, então começou a discar no celular. – Agora preciso falar com a verdadeira Bella. Algo está acontecendo e ela e as crianças estão fora da propriedade!

-Podemos rastreá-la?

-Não, o escudo a protege. – Rose falou pensativa. – Mas não protege Jake.

Todos nos encaramos.

-Precisamos falar com Demetri. – Falei pegando o celular de Alice.

Bella P.O.V

-Ai... – Jake murmurou, enquanto eu ajeitava seu tornozelo.

-Aguenta firme lobinho. – Consolei. Quando consegui fugir, encontrei Jake desmaiado na floresta e um lobisomem me atacou de surpresa. Quando percebi que Jake estava tremendo me toquei de que aquilo não era machucado, algo provocava aquilo. Então passei meu escudo mental nele e Jake acordou. Bom, digamos que depois disso foi "era uma vez um lobisomem..."

-É minha culpa. – Ele falou. Estávamos em um parque de Seattle agora, ele estava mancando por conta da mordida que o lobisomem na floresta lhe deu. No momento estavamos sentados, enquanto eu verificava seu pé.

-Não é sua culpa ser vitima de bruxaria. – Jake me disse que o que provocou aquele ataque nele foi um feitiço. Só isso o atingiria tão rápido. Infelizmente quando cheguei lá Nessie não estava em lugar nenhum, apenas Jake desacordado com espasmos.

-Mas eu tinha que protegê-la. – O encarei por alguns segundos, talvez ele estivesse mesmo apaixonado por ela.

-Temos que encontrá-la. – Recrutei com resolução formada e me levantei.

– Infelizmente, estamos sem carro, e sem celular. – Ele comentou desanimado. O lobisomem me pegou de surpresa durante a ligação com Alice. Resultado: Celular quebrado.

Mas eu tenho meus recursos.

-Acontece que eu tenho meus planos B's. – Dei um sorriso divertido. – Dê lá, pedimos ajuda ao pessoal de Forks. – Falei me virando e começando a caminhar, Jake me seguiu como um bom cachorrinho.

-Por que eles ajudariam? – Jake perguntou erguendo as sobrancelhas – Desobedecemos a ordens claras, eles irão nos pegar e jogar numa cela. E não sairemos de lá até a guerra acabar.

-Por que Nessie esta com os lobisomens, o que significa que a posição dela revela a posição dos lobisomens que sabem onde está o filho de Louvain, ou o próprio está lá. - Jake me olhou chocado. – O que? Eu não podia sair, já Nessie sim.

-E não avisou para ninguém? O que tem na cabeça? Depois eu sou o cabeça oca da historia. – Ele retrucou mal humorado.

-Jake, não falei por um único motivo: eu não confio no pessoal de lá. – Respondi tranqüila.

-Nem nos Cullen's? Tipo, seu futuro marido faz parte do clã.

-Eu confiaria a Edward minha vida. – Por um momento me dei conta que não estava mentido. Eu já havia salvado ele, e ele me salvou... Duas vezes, sem contar na batalha. – Mas tem alguém nos Volturis passando informações.

-O que? – Ele exclamou incrédulo.

-Pense, ok? Quando eu estava em Seattle com Edward, fomos atacados pelos lobisomens.

-Eles seguiram seu rastro.

-Não há jeito de seguirem meu rastro, eu sei me esconder no meio dos humanos. – Tanto que Edward não conseguiu me seguir na primeira vez que nos vimos, pensei. – E os ataque aos Cullen, sim os homens foram atraídos para uma emboscada, mas como sabiam onde era a localização dos Cullen? E porque achavam que eu estava com eles, junto com as crianças? Sendo que eu deveria estar com meu pai, um general Volturi.

Jake me olhou por alguns segundos.

-Ou você é muito paranóica, ou estar completamente certa. Mas... Como é possível alguém nos trair? Temos um sistema de fidelidade forte.

-Como um lobisomem chegou perto da minha casa? – Perguntei erguendo a sobrancelha.

-Você já me convenceu, ok? Mas por que não contou para algum Cullen, eles poderiam dar assistência necessária.

-Por que... Eles me manteriam lá. – Suspirei derrotada. – E pediriam auxilio dos Volturis, além do mais teria que falar o motivo que levou Nessie lá.

-E seria?

-O filho de Louvain. – Respondi como se ele fosse estúpido, eu já tinha falado aquela parte.

-Como você sabe onde ele está? Nem os melhores rastreadores o acharam. – Jake parecia indignado comigo.

-Às vezes, vocês podiam larga a coisa do sobrenatural e fazer a moda humana. Sabe como é fácil achar alguém pela internet? Além do mais tenho meus próprios contatos, que com dinheiro e um retrato falado podem encontrar a pessoa. – Dei de ombros.

-Ainda estou bestificado.

-Isso por que você é uma besta. – Respondi sorrindo com falso pesar. Paramos na frente de um prédio. – É aqui.

-Espera. – Jake segurou meu braço. – Não existe chance de nos deixarem entrar. – Rolei os olhos.

-Se contar sobre isso para alguém, eu vou te matar, me entendeu? – Falei puxando meu braço. – Apenas me siga.

Entramos no prédio, que era realmente luxuoso. Ninguém nunca suspeitaria daqui.

-Em que posso ajudar? – O porteiro perguntou sem ergue os olhos.

-Lake. – Respondi e o porteiro levantou a cabeça rápido.

-Me desculpe?

-O apartamento de Lake. Segundo andar, 213. – Falei calmamente, o porteiro me encarou dos pés a cabeça desconfiado e depois olhou para o descamisado Jake. – Clair de Lune é uma bela obra de Debussy, não?

Ele acenou com a cabeça lentamente e se inclinou pegando algo embaixo do balcão.

-Aqui senhorita...? – Ele perguntou enquanto me passava a chave.

-Boa tentativa. – Dei um sorrisinho a ele e me virei. – Vamos, JB.

-Mas, Be...

-Vamos. – O cortei antes que dissesse meu nome.

Entramos no elevador e ele continuou me encarando confuso.

-Que merda é essa?

-Cale a boca. – Respondi tranquilamente, haviam microfones e câmeras ali. Tomei o cuidado de Jake ficar na minha frente, não queria ser filmada, caso descobrissem sobre aquele local.

Assim que chegamos ao andar, puxei Jake pelo braço e fui em direção a porta do apartamento. Coloquei a chave e entrei com ele me seguindo.

-Fala sério. – Ele falou olhando ao redor.

Não estava com todos os moveis, tinha um sofá enorme, uma TV de plasma grande, uma mesa com um notebook perto da varanda. Tirando isso, havia apenas um quarto com uma cama muito confortável, com um guarda roupa cheio no final do corredor.

-Bem vinda a minha outra casa. – Falei enquanto ia em direção ao corredor.

-Bella, como você pode bancar isso tudo? Seu pai não te dá uma mesada tão gorda. – Eu disse lá da sala.

Abri o guarda roupa e encontrei uma camisa de homem, às vezes eu levava as roupas dos mortos para lá depois que me livrava do corpo. Um dos brutamontes que tentou me estuprar em grupo era do tamanho de Jake, perfeito.

Fui para a sala e joguei para ele a blusa.

-Vista isso. E respondendo sua pergunta: O que acha que eu fazia em Nova York para poder viver lá?

-Er... – Ele me olhou em duvida – Prostituta?

-O que acha que Nessie faz?

-Ela é mulher da vida? – Ele parecia furioso, revirei os olhos.

-Filhote de lobo, senta. – apontei para o sofá. – Eu não sou prostituta, ok? Nem Nessie. Nós mataríamos nossos supostos clientes. Somos ladras.

-É o que?

-E... Assassinas de aluguel. – Acrescentei cautelosa. Jake ficou boquiaberto. – Na verdade eu parei com os roubos e assassinatos desde o inicio do ano, quem continua é Nessie. Mas eu matei muitos no ano passado e roubo de obras de arte dá muito dinheiro, sabia?

-Nessie é assassina? E ladra? Vocês fazem parte da máfia? – Jake perguntou incrédulo.

-Nós fazemos às pessoas acreditarem que existe uma máfia, Lake é quem manda.

-Mas as duas são o Lake, não é? – Acenei com a cabeça. Ele se levantou e foi para a varanda. – Nessie é assassina e ladra... Isso é.. Isso é...

-Eu sei. – Falei meio hesitante ele se virou.

-Incrível! – Ele começou a sorrir animado. – Cara, eu achei que teria que fingir que era alguém politicamente correto para poder conquistá-la.

-Hã? – Falei um tanto surpresa, Jake conseguia fazer isso comigo.

-Pensa Bella, eu sou um transfigurador. Um monstro pra ser mais exato. Eu faço parte de um clã onde é comum matar. Já fiz isso antes! Se foi horrível? Nem me importei muito, na verdade. – Ok, isso foi frio. – Não é isso que está pensando, Bella! É que eu sou acostumado com isso desde que eu era bebê. Se tivesse vivido com seu pai, poderia fazer muito mais coisa do que faz agora. Provavelmente falaria tantas línguas quantoeu, e saberia outras artes de luta, como espadas.

Agora, eu estou completamente perdida. Jake não é tão inútil quanto mostra?

-Do que está falando?

-Bella, eu fui treinado minha vida inteira, só treinei com você para ter controle emocional, coisa que você tem bastante. Mas isso não importa agora, o fato é: Nenhum Volturi é uma boa pessoa, você mesma não é e só tem o sangue de um membro. Estava com medo de ter que fingir para Nessie ser uma pessoa que não sou.

Nessie ta fudida, fato!

-Nessie... – Murmurei divertida e, de repente, percebi a idiotice que estávamos fazendo. – Por que estamos aqui conversando? Ela ta lá fora e preste a ser violentada! – Exclamei revoltada. Peguei o celular na gaveta da mesa e joguei para Jake. – Linha direta com o general, por favor.

Ele acenou, discou e depois colocou no viva voz.

-Alô?

-Olá, senhor. – Jake falou, me levantei e fui para a cozinha.

-Jake? Onde estão?

-Presumo que localizaram as crianças.

-O padre me ligou depois que Peter deu a carta de Bella para ele. Meu amigo quase teve um troço! Cadê minha filha? Eu vou mata-la quando a encontrar. – Ele não parecia muito feliz.

-Estou viva e muito bem. Obrigada pela preocupação papai. – Disse irônica quando voltei para a sala. Estava carregando uma mala que tinha no armário, uma de muitas.

- Onde estão? – Ele perguntou entre dentes. Abri a mala e puxei as armas ali dentro. – Que barulho é esse?

-Você tem um estoque de armas na cozinha? – Jake perguntou incrédulo.

-O que? Não posso sair por ai usando meu escudo, me expondo. Tento parecer uma humana normal. – Respondi e depois me virei para o telefone. – Seattle, é onde estamos.

-Eu os quero aqui, agora. – Charlie falou friamente.

-Não. – Respondi enquanto carregava uma das armas.

-Bella isso é loucura. – Jake exclamou quando virei a mala para ele me ajudar.

-Não adianta tentar me rastrear, pai. O celular tem um bloqueio para isso.

-Nada é impossível.

-Sim, é verdade, mas teria que quebrar o código, até lá eu já estaria fora daqui. – Respondi distraída.

-Eu tenho vampiros que estarão ai em cinco minutos.

-Eu tenho um escudo que pode repelir todo mundo. – Retruquei mantendo o tom de voz tranqüilo. – Como você vê, não faz muita diferença. Estão com as crianças, então está tudo bem.

-COMO ESTÁ TUDO BEM? VOCÊ ESTÁ SENDO PERSEGUIDA POR UM GRUPO DE LOBISOMENS! – Ele perdeu a paciência, olhei para Jake. Ele me deu um bom incentivo cortando a garganta com o dedo e apontando para mim.

-Bella, precisamos saber... Onde está? – Carlisle perguntou em seu tom tranqüilo. Eu podia ouvir o barulho de digitação ao fundo.

-Preciso saber onde Nessie está. – Respondi largando minha arma e encarando o telefone.

-Venha para cá e nós diremos.

-Não. – Respondi sem hesitar, Jake me olhava meio assustado. Ele não era do tipo rebelde. Infelizmente para ele, eu era, apesar de estar bem nervosa por ser a primeira vez que fazia esse tipo de coisa. O segredo é fingir confiança.

-Precisamos de você. – Carlisle rebateu um tanto desgostoso.

Emmett P.O.V

Bella podia se considerar morta. Bom, ao menos eu já sei que flores mandarei para ela: Lírios.

Significa a pureza da alma, combina não?

Espera, é isso mesmo que significa?

-Não. – Ouvi pelo telefone. Essa garota adora essa palavra.

Carlisle espremeu os lábios, Jasper estava vidrado no computador tentando achá-la e Edward estava sentado no sofá com a maior carranca do mundo. Rose e Alice estavam do seu lado prontas para segura-lo.

Ele queria arrancar o telefone de Carlisle e brigar com Bella, ou implorar para ela voltar. De qualquer maneira ele estava preocupado com nossa demônia favorita.

Esme estava dando um chá para Charlie no andar de baixo. Ele mataria Bella quando ela voltasse. Isso se ela voltasse. Edward me encarou sinistramente, que foi? Com medo de perde a noiva?

Ele fez um movimento para se ergue do sofá mais Rose e Alice o puxaram de volta.

-Bella, por que aceitaríamos esses termos? – Carlisle parecia levemente divertido.

-Por que se não me ajudarem, eu encontrarei Thomas Louvain. – Todos viraram a cabeça em direção a Carlisle. – Não se preocupe prometo mandar um dedo para vocês como presente.

-Você não sabe o que está fazendo. – Carlisle tinha motivos para se preocupar, com Bella lá fora, ninguém poderia achá-la. Há não ser que ela quisesse. – Pode fazer com que os lobisomens percam o controle e tudo se torne visível aos humanos.

-A questão é: Eu não me importo, Carlisle. – Ela falou em tom frio. Olhei ao redor de sobrancelha erguida. Quem diria, a garota pode ser um iceberg ambulante. Ou fingir ser um. – Os humanos podem saber ou não sobre nós, eu vou estar bem longe daí.

-Seu pai e Nessie... – Carlisle argumentou de volta cético.

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-Com o Thomas, eu acho Nessie. E sobre meu pai... – Ela fez uma pausa que me fez inclinar curioso – Não preciso me preocupar com Charlie.

Alice levou à mão a boca enquanto olhava algo no futuro, Edward também está com o olhar desfocado e com a expressão fechada.

Toda essa coisa com Bella, não é boa coisa. Sabe, até eu entendo que ela é perigosa demais para nós. Temos que manter uma relação de paz e amor, como fiz Jasper.

-Então, te damos a localização de Nessie...

-E eu irei voltar para vocês, completamente em paz, com um sorriso no rosto e com uma pista da localização de Thomas. – Ela completou. Rose suspirou aliviada disfarçadamente.

-Mandaremos uma equipe para o local, para ajudá-la com Nessie e trazê-las de volta.

-Se for uma armação, eu sumo do mapa. E antes que eu faça isso, destruo tudo. Não pense nem por um segundo que não possa fazer isso, por que farei. – Carlisle não pareceu gostar nada daquilo.

-Tem noção de quem esta ameaçando?

-Não faço a menor idéia. Mas sei que protegeria sua família e não hesitaria em matar se fosse necessário. – Bella rebateu bonito.

Cara, ela tinha um ponto. Carlisle olhou para nós e aos poucos acenou com a cabeça como se entendesse algo.

-Esme? Fale com Demetri. – Carlisle falou para a esposa. – Nos de alguns segundos, Bella.

-Hotel Fairmont olympic. – Esme apareceu alguns segundos depois.

-Me encontrem lá. – Bella provavelmente ouviu a reposta de Esme. – Até mais tarde. – E desligou.

-Não consegui localizar. – Jasper suspirou.

-Quando ela chegar, a prenderemos no subterrâneo. – Carlisle disse assim que ouviu Jasper. Edward o olhou.

-Não, você não vai fazer isso. – Ok, Edward se rebelou contra Carlisle. Isso não é coisa boa. Porrada!

-Como? –Carlisle não era acostumado com nossa afronta. – Eu tomei minha decisão.

-Você é nosso líder, pense. Se fizer isso com Bella tornará um clã inteiro vulnerável a ela. Bella já provou que se precisar irá nos ferir sem hesitar. – Ele olhou para Alice que acenou com a cabeça.

-Ela é um perigo. Eu não posso matá-la, isso seria uma declaração de guerra aos Volturis. Mas Bella não pode ficar solta. – Carlisle olhou para todos procurando concordância, ninguém se habilitou a falar.

Conhecíamos Bella há meses, de certa maneira tínhamos nos amigado com ela. Eu não sei o resto, mas não tinha a menor vontade de prendê-la.

-Eu não concordo. – Edward quebrou o silencio. – Se for fazer isso não conte comigo, nem para prendê-la e nem para recapturá-la quando fugir, por que ela vai escapar.

Edward normalmente não discordava de Carlisle, isso era inédito. Bella causa até quando não está aqui. Impressionante!

-Está se recusando a seguir minha ordem?

- Sim. – Edward respondeu seriamente. – Não deixarei que a prenda por que fez algo que qualquer um de nós faria.

-Ela me ameaçou!

-Não, ela fez o que você sempre faz, Carlisle. Bella fez um acordo e deu seus termos, e você concordou. – 2x0 para Edward.

-Edward, você pode encontrar qualquer outra para levar para a cama. Então pare de ser estúpido e protegê-la. – Carlisle disse rispidamente, todos congelaram.

-O que quer dizer? – Edward ergueu as sobrancelhas. Todos se olharam cauteloso, fiquei pronto para segurar qualquer um dos dois.

-Todos sabemos que Bella é bonita. Na verdade me surpreendo que não tenha a levado para a cama, mas isso seria só uma questão de tempo. Acontece que ela não vale tudo isso.

-Sim, ela vale. – Ele rebateu na hora e se aproximou da mesa, fazendo todos se levantarem. – Mas essa não é a questão, nunca deixei meus desejos carnais atrapalhar minhas opiniões, isso não vai acontecer justo agora. Dei-lhe meu posicionamento sobre o assunto, não quero Bella presa. E só pra constar, ninguém na sala quer. – Ele cruzou os braços com olhar frio dele. Todos havíamos limpados as emoções do rosto no momento.

Carlisle virou os olhos para nós.

-Vocês concordam com Edward?

Encaramos-nos por alguns segundos.

-Concordo. – Esme foi a primeira a falar, todos a olharam sem expressão, mas sem duvida estavam surpresos. – Edward está certo. Prende-la irá resultar em seu ódio dirigido a nós e isso não seria bom.

Lentamente todos acenaram com a cabeça. Carlisle olhou para Edward e bufou.

-Sua responsabilidade. Se ela sair da linha, o responsável será você. Agora, se dirija ao hotel onde Nessie está e os traga de volta. – Então o dispensou com um gesto de mão.

Edward se virou e fez uma expressão comicamente impressionada para nós, olhei para baixo para não sorri de volta. Era hilário ver Carlisle não ganhando a luta e Edward tendo a razão.

Bella P.O.V

Já havia se passado uma hora desde que tinha ligado para Charlie. Estavamos Jake e eu no hotel. Tínhamos descoberto uma reserva do quarto 503 no quinto andar, no nome do proprietário da fabrica de Nessie: Willian Jones.

Aproveitamos que estava ocorrendo uma espécie de festa hoje, e nos passamos por convidados. Olhei para o relógio, era quase dezenove horas e Nessie estava em algum lugar do prédio.

-Siga o cheiro dela. – Murmurei para Jake, o negocio de impressão o fazia ser mais sensível em relação à Nessie.

Eu realmente estava nervosa sobre isso tudo, eu nunca tinha ameaçado alguém na vida. Ainda mais uma pessoa poderosa como Carlisle, só sei que saiu tudo com uma confiança sem fim. Mas a verdade é: Eu sou uma ótima mentirosa.

Tudo o que eu mais prezo é não ser pega pelos humanos, tanto que normalmente uso artifícios humanos, assim não chamo atenção de ninguém, pelo menos não mais do que eu já chamei.

Segui Jake e ele parou na porta do elevador.

-Não podemos entrar. – Murmurei passando reto. – A câmera de segurança nos anunciaria e eu tenho certeza de que eles gravaram nossos rostos.

-Eu vou achar uma roupa do funcionário e entrar. – Jake disse seguindo em frente.

-Bom, eu vou me infiltra da minha maneira. – Dei de ombros. Fui em direção a festa, tinha uma boa idéia de como ia entrar.

Olhei ao redor e procurei um hospede em especifico. Não foi difícil encontrar um homem de vinte e poucos anos no meio da festa. Sorri, isso seria tão fácil.

Como dizem, se não pode com eles, juntesse a eles.

Não demorou muito para estar "conversando" com ele. Seu nome era Daniel, loiro, não muito alto e paquerador. Não demorou muito para ele me convidar para conhecer a suíte dele, quando estávamos perto do elevador ataquei.

Não no meu sentido da palavra, mas no sentido duplo.

Eu o beijei com força. O elevador veio e eu o empurrei de forma que a câmera não filmasse meu rosto. No fim terminei escorada em baixo da câmera com um homem me beijando loucamente. Não que eu estivesse muito atrás.

-Qual era mesmo seu nome? – Ele perguntou se afastando ofegante, olhei para cima e depois voltei meu olhar para ele.

Levantei meu escudo sobre nós e isolei o som, de modo que o microfone não poderia gravar nossas vozes. Puxei sua gravata para mim e lhe dei um sorriso malicioso.

-Eu não disse. Qual seu andar?

-Quinto. – Ele respondeu descendo as mãos no meu quadril.

-Chegamos. – Falei quando deu o andar o empurrei para fora e sai do elevador de costas para a câmera. - Cadê seu quarto? – Perguntei maliciosa.

Ele me guiou para uma suíte e abriu a porta.

-Sabe, não achei que fosse tão fácil enganá-la, Bella. – Ele comentou enquanto me empurrava para dentro. Virei-me e dei de cara com um homem que lutei na fabrica velha.

Daniel levantou a mão com uma arma e tentou bater no meu ombro com o cabo do revólver. Por sua coragem levou um choque de meu escudo, ele foi jogado para trás. O homem que conheci na fabrica pareceu se lembrar do acontecimento lá, quando viu o choque que eu dei em Daniel.

-Sabe, eu não gosto de ser eletrocutado. – Ele falou mal humorado, dei um sorriso á ele. Foi assim que eu consegui me safar dos lobisomens, eletrocutei todos.

Me mandaram um humano, por isso fui pega de surpresa. Eu odeio quando isso acontece, mas sempre se tem um plano B.

Olhei ao redor e analisei a área com meu escudo mental, pude sentir imediatamente Nessie no quarto vizinho.

-E eu adoro fazer isso. – Disse piscando meus olhos azuis.

-Nem se atreva. A garota vai morrer se tentar algo. – Daniel falou sorrindo malignamente. Oh saco, ele se recuperou. Eu devia ter o eletrocutado até a morte.

O olhei por alguns instantes sem expressão.

-De quem está falando? – Estreitei meus olhos. Daniel ergueu as sobrancelhas ceticamente.

-Da garota que invadiu nosso esconderijo. – O outro homem disse exaspero.

-Alguém invadiu? Além de mim? – Me virei surpresa.

-Não se faça de estúpida. Vamos fazer um teste e comprovar sua mentira. – Daniel aperto um botão do celular. – Faça. - Foi tudo que ele falou.

De repente senti algo no meu interior queimar, uma dor infernal começou a se espalhar pelo meu compor, soltei um gruindo. Cai no chão de quatro, fechando os olhos com força, aquilo começava piorar cada vez mais, tudo queimava. Apenas dor, era tudo o que eu sentia, então chegou a um nível insuportável e comecei a gritar.

-Pare. – Daniel falou, então me deixei cair no chão exausta e ofegante.

-Interessante... A garota tem o sangue da Swan. Mas isso não faz sentido... – O homem murmurou para si mesmo.

-Willian. – Vi os sapatos de uma mulher aparecer. – A prisioneira está acordada.

-Bom... – Pelo sorriso malicioso percebi que a visão de Layla e Peter aconteceria dali alguns minutos. Respirei fundo quando a porta foi fechada, deixando apenas a mim e Daniel ali.

-Eu tenho uma coisa para falar. – Disse me sentando no chão. Ele me olhou arrogantemente. Ok, Bella, respire fundo. Você já fez isso uma vez pode fazer novamente. Me concentrei em seu cérebro, mas não veio nada, estava fraca para usar meu escudo.

Ele riu quando viu minha fraqueza e chutou minhas costelas. Filho de uma puta chifruda desgraçada com a merda de um veado!

O olhei furiosa e murmurei baixinho, ele franziu o cenho e não entendeu.

-Repita. – Sussurrou novamente.

-Eu disse: Eu vou matar você. – E ataquei seu pescoço. No quarto ao lado ouvi um forte estrondo, sem dó nem piedade arranquei a carne do pescoço dele com os dentes. Essa hora ele estava gritando, mas ninguém pareceu se importa.

Com esses gritinhos afinados, provavelmente acharam que eu era os meus gritos.

Empurrei o corpo para o lado e passei a língua nos meus lábios pegando seu sangue, olhei para o corpo e arranquei sua cabeça. Eu fiz por pura maldade, não havia necessidade, mas ele merecia.

-Não me subestime. – Disse olhando para a cabeça com um sorriso.

Como não trouxe minhas armas para o hotel, já que não tinha balas de prata dei minhas laminas de prata para Jake. Foi um presente na verdade, Nessie me deu de natal. Enfiei a mão no decote do meu vestido e puxei a outra faca que eu tinha. Essa sim era poderosa. Foi com essa faca que eu matei os demônios na batalha e foi com ela que eu esfaqueei Alice, espero que ela não leve para o lado pessoal. Afinal, eu sabia que aquilo não a mataria.

Eu estava pensando por onde sair quando ouvi um grito de Nessie. Minha cabeça virou imediatamente em direção ao som, rapidamente fui para a varanda e pulei para o quarto ao lado. Sem hesitar arrombei a porta da varanda e vi o tal de Willian com um sorriso sádico e Nessie agachada no outro lado do quarto rosnando.

Entre os dois estava Jake, que não estava nem um pouco feliz.

Reparei que todos estavam com machucados e com as roupas sujas de sangue. É, Jake chegou primeiro que eu. Aparentemente eu interrompi o momento clímax da situação, por que todos me olharam um tanto surpresos.

-Desculpe o atraso? – Disse erguendo a sobrancelha.

-Não dê mais um passo Swan. – Willian avisou. Eu olhei-o e dei um passo a frente.

-Ops! – Exclamei sarcástica.

O que aconteceu a seguir foi o mesmo de sempre, ambos rosnaram e ele ameaçou saltar na minha direção. Mas Jake pulou em cima dele antes que o mesmo pudesse concluir algum movimento. Aproveitei que os dois começaram a rolar e se socar pelo quarto e fui em direção a Nessie.

Ela me olhou tremula. Sabia que era um tanto traumatizante devido a toda a sua historia passada. Ficar nas mãos de um psicopata sendo continuamente torturada não era algo fácil.

-Nessie, está tudo bem. – Falei em tom tranqüilizante, o som de um espelho sendo quebrado não era algo que contribuía. – Eu estou aqui. – Seu olhar alucinado se focou em mim, seus olhos voltaram ao tom castanho chocolate de sempre.

-Bella... – Nessie olhou para si mesma horrorizada, estava com o colo sujo de sangue, sinal que alguém arranhou a área e rasgou sua blusa. Apesar de não haver nenhum machucado, varias áreas do corpo estavam sujas de sangue, e seu rosto era um deles.

-Calma. – Me aproximei para abraçá-la, porém ainda estava com uma parte focada na briga.

A porta foi arrombada de repente e lá estava Edward parecendo nem um pouco feliz. Mas eu não tive muito tempo para prestar atenção no resto por que aquela dor alucinante voltou com tudo. Rosnei de dor e me inclinei tentando agüentar.

E tudo voltou a queimar de novo! Dessa vez foi muito pior, foi mais intenso e...

Me vi de quatro no chão tentando não gritar. A única coisa que eu fazia era enfiar as unhas na minha mão e tremer.

-Mãe... – Nessie parecia em pânico ao me olhar.

Alice P.O.V

Eu sempre fui muito educada, mas...

PUTA QUE PARIU!

Não era só Bella que estava no chão morrendo de dor, Edward também caiu com tudo no chão. Ok, isso é curioso, mas não importa! Me ajoelhei ao lado de Edward realmente assustada. Ele estava com os punhos fechados e com o corpo petrificado, aquilo só podia significar uma coisa: Dor, muita dor.

-Veneno de vampiro. – Edward entre os dentes, então cerrou os olhos com força.

Olhei para Bella e depois para ele. Eles estavam sentido a dor da transformação de vampiro! Estou realmente surpresa por Bella não estar gritando. Esquece... Ela começou a fazer isso agora, os gritos dela são realmente agonizantes...

Pelo o que me lembro nunca é agradável.

-Alice... – Nessie me olhava preocupada.

-Isso é bruxaria, por isso está afetando os dois. – A equipe de vampiros, tinha contido alguns lobisomens lá em baixo, e aqui em cima estavam segurando Jake que quase tinha matado o lobisomem de tanto bater.

-Eu sei quem está fazendo isso ela. – Ela saiu correndo e eu a segui, não adiantaria estar ali ao lado dos dois só os vendo sofrer.

Nessie arrombou uma porta no andar e um lobisomem voou pra cima dela. Ataquei-o para que saísse de cima dela. Nessie entrou no quarto e outros rosnados foram ouvidos.

-Tem mais aqui. – Assobiei furiosa para outros vampiros. Rodeei meus braços no troco do lobisomem e quebrei suas costelas. Minhas mãos voaram para seu pescoço e o quebrei rapidamente.

Entrei no quarto e vi Nessie chutar o rosto de uma mulher com tanta força que o nariz dela quebrou no processo, essa é minha sobrinha! Virei-me e corri para o quarto onde Edward ainda estava imóvel e Bella agora estava desmaiada, mas seu corpo estava com espasmos tamanho a dor era, franzi o cenho.

Deve haver algum frasco com a bruxaria dela, eu conheço aquele feitiço, olhei ao redor e não achei nada. Voltei para o outro quarto, Nessie agora olhava para bruxa desmaiada no chão.

-O que ela tinha na mão? – Nessie olhou para um frasco com sangue no chão, me aproximei com rapidez e meu pé se afundou no vidro com força o suficiente para fazer marca no chão. Alguns segundos depois, ouvi algo atrás de mim e me virei.

-Obrigado. – Edward apareceu na porta com Bella no colo. A mesma abriu os olhos e olhou ao redor, depois deixou a cabeça cair no ombro de meu irmão com um suspiro aliviado.

-Me coloque no chão. – Ela pediu, seu olhar estava focado na filha. – Está tudo bem?

-Só você mesmo. – Nessie revirou os olhos e lhe deu um abraço apertado. Olhando assim eu até entendia o porquê das ameaças de Bella para salvar Nessie, elas tinham uma ligação.

Como eu e a nossa família. Edward me olhou e acenou com a cabeça, concordando comigo.

-Nessie. – Jake chamou na porta ele parecia ansioso. – Está tudo bem?

Nessie olhou para Jake por alguns segundos e quase que timidamente se aproximou dele e o abraçou.

-Obrigada, de verdade. – Ela falou seriamente. Aquilo me comoveu, quero dizer, olha as faíscas! É quase tão obvio quanto... Parei meu pensamento,ia acabar pensando demais.

-Senhora. – Kate, uma vampira da nossa guarda, se dirigiu a Bella, que a olhou confusa então Kate estendeu uma faca. – Creio que seja sua, minha senhora.

-Me chame de Bella. Não sou casada, sou praticamente uma adolescente e obrigada. – Ela apontou para a faca. O olhar de Edward endureceu ao ver a faca e me olhou em alerta. – Inclusive essa faca me lembra que eu devo desculpas pelo que fiz com você durante a fuga, Alice.

-Onde a conseguiu? – O tom de Edward não era agradável e Bella o olhou curiosa.

-Alice me deu na invasão dos lobisomens, quando os demônios começaram a atacar. Ela disse isso cortaria qualquer tipo de pele, até a vampirica. – Edward pegou a faca da mão dela e analisou. – Então... Estou em condicional? – Ela me perguntou com um carinha de cachorro molhado. Na verdade seria cadela, já que ela é mulher, mas não pegaria muito bem.

-Hum... – Foi o único som que saiu da minha boca.

-Então, querida, por que está com a faca até agora? – Edward passou o braço nos ombros dela, eles estavam na frente de alguns vampiros, tinham que manter o disfarce.

-Só esqueci-me de devolver. – Ela respondeu dando de ombros, então a pegou e me estendeu. Neguei com a cabeça e estendi de volta a faca, ela pegou um tanto confusa.

-Está perdoada, apesar de ter doido muito quando me esfaqueou, e não falo fisicamente. Entendo os seus motivos. É claro que vou castigá-la, mas nada que envolva torturas.

-Sair pra fazer compras é tortura. – Edward me respondeu divertido, mas ele parecia um tanto tenso, como se alguém fosse atacá-lo...

Então a ficha caiu, olhei para Bella, depois para a faca e, por ultimo, para Edward que acenou com a cabeça. Era a mesma faca?

A copia do mal da Bella era aquela ali na nossa frente? É isso que quer me dizer?

Edward acenou solene, rolei os olhos para ele.

Mas eu dei essa faca pra ela! Olhe o símbolo, imbecil!

Edward me encarou rabugento e desceu os olhos para a faca.

-Eu mereço o que vier. – Bella suspirou resignada, então encostou-se em Edward, cansada.

-Bella? – Edward a chamou.

-Hum?

-Pode me mostra nosso primeiro beijo? – Ela o encarou com a sobrancelha erguida, então os dois ficaram se olhando nos olhos. Sabe que observando ali, naquele momento, era algo realmente romântico a interação dos dois.

Quem visse pareceria um casal se comunicando pelo olhar, prestes a se beijar, e essas coisas. Mas eu sabia que Bella estava com a mente aberta para Edward mostrando as lembranças de alguns dias atrás.

O que me lembra...

-Edward, eu nunca entendi uma coisa, eu não me lembro de ninguém espiando. – Falei me fazendo de confusa, Bella piscou os olhos e se virou para mim sem expressão.

-Pode repetir Alice. – Bella disse estreitando os olhos, Edward me encarou implorando.

-Sua visão mostrava o beco, nunca mostrou o transfigurador nos encarando. Afinal você nunca poderia vê-lo. – Edward zombou.

-Era um transfigurador? – Bella o olhou de lado com os braços cruzados, Edward acenou na maior cara de pau. – De qualquer maneira, por que pediu para eu te mostrar isso?

-Bom, essa é uma longa historia, que vamos refletir quando estivermos a sós. – Edward me estendeu o braço e eu aceitei. – Por hora, vamos embora daqui, antes que cheguem mais reforços. Jake, Nessie, vamos.

Os dois estavam conversando um pouco, podia ver que Jake estava tentando distrair Nessie. Os dois acenaram e nos acompanharam. Devo dizer que foi divertido ver o olhar do pessoal lá embaixo.

Imagine ver um homem com duas mulheres lindas (não estou sendo egocêntrica) nos braços, porém uma toda de preto (eu) e outra com um vestido de matar (Bella). Logo seguido por um grupo de pessoas, segurando um aos outros, o que seriam os lobisomens sendo escoltados. E por fim o mais normal, um casal jovem conversando, o que seria Nessie e Jake.

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-Vai fechar a conta, senhor? – A recepcionista tentou parecer tranqüila.

Nunca questione o cliente, era um dos lemas dos hotéis, certo?

Bella P.O.V

E agora eu estava indo feliz para a cama. Quando cheguei, meu pai me encarou ressentido e Carlisle, gelidamente. Edward apenas me puxou para dentro, ignorando o olhar dos dois.

Aparentemente a dor que eu senti foi causada por uma feitiçaria que envolvia sangue e veneno de vampiro. Se pra virar vampiro tem que sentir aquela queimação por três dias, não vale muito a pena, mas isso depende do quanto você valoriza a imortalidade.

-Cadê aquelas camisolas? – Edward perguntou ao ver-me de camiseta e calcinha de algodão. Pulei na cama feliz.

-Eu usava aquelas coisas por que era o que tinha. Agora, finalmente trouxeram minhas coisas e, bom, eu costumo dormir com isso. Algum problema? – Perguntei divertida, ao ver seu olhar.

- Não te deixa envergonhada? – Ele perguntou. Estreitei meus olhos tentando não rir.

-Edward, já sai mais de uma vez de biquíni na piscina e na praia, por que raios, vou ter vergonha de deitar com uma camiseta velha e calcinha?

-Por que eu estou aqui? – Agora sim eu ri.

-Olha, sei que você já viu mulheres com menos roupas. E eu não sou exatamente inexperiente nesse campo, tanto que eu já vi você de cueca e não fiquei nem um pouco incomodada – Dei de ombros.

-Eu percebi sua desinibição naquela hora. – Ele falou, o olhei de lado.

-Por que eu sinto que isso foi uma critica?

-As garotas na sua idade, estariam se preparando para casar e eram virgens na minha época. – Ele não vai vir mesmo com esse papo machista de quinta, né?

-Edward, me responda. Quando você perdeu a virgindade, no tempo da minha tetra-avó (ele me encarou nada feliz), sua parceira era virgem?

Ele me olhou sem responder nada.

-Você gostou? – Ele espremeu a boca. – Foi o que eu imaginei... E, só pra você saber, não me importo muito com essas coisas em relação ao sexo. Na verdade, sempre fui um tanto fria em relação à perda da minha virgindade. Nunca foi grande coisa para mim.

-Nunca? – Ele perguntou erguendo a sobrancelha intrigado.

-Sei que soei como uma vagabunda agora. – Dei uma risada quando ele acenou com a cabeça concordando. – Na verdade, eu fiz por curiosidade a minha primeira vez, meu primo também era virgem, e estávamos um tanto animados, o resto você pode imaginar.

-Eu prefiro não fazê-lo. – Ele disse mal humorado.

-Que bonitinho! Ta com ciúme. – Zombei, e ele revirou os olhos. – De qualquer maneira, as aulas vieram, conheci Irina. Ela me levava a festas e eu... Bom, eu vivi no pecado. Não posso dizer que não foi uma época ótima, mas ao contrario do que está pensando, senhor! – Cutuquei-o ao ver sua expressão divertida para mim. – Eu não fiz esse tipo de coisa com todo mundo. De fato, apesar de adorar sexo, não fiz com muitas pessoas.

-Isso é um tópico desconfortável para mim, mas a curiosidade vence. – Edward falou pensativo, sorri pra ele.

-Fale sobre você então, antes que se enforque com minha vidinha sem graça.

-Acredite, se eu pudesse me enforcar eu já teria feito. – Dei um tapa em seu braço enquanto ele ria. – Houve uma coisa peculiar que ocorreu hoje, e devo dizer isso antes de falar de minha vida pecaminosa.

-E depois vem tentar me criticar. – Revirei os olhos, mas sentei de frente para ele na cama. – Manda o acontecimento peculiar.

-Quando cheguei hoje de tarde, Alice me contou por pensamento o que aconteceu. Então corri para nosso quarto para achar alguma pista de paradeiro... – Acenei com a cabeça. –... E encontrei você na cama.

Franzi o cenho para ele.

-Desculpa, como? Eu não estava aqui quando chegou.

-Entendeu por que o acontecimento é peculiar? – O olhei incrédula, ele chama aquilo de peculiar? Eu falaria estranho, ou bizarro... É a mesma coisa, certo? – Por isso não agi imediatamente, tinha uma criatura se passando por você. Ela conversou comigo como se fosse você e depois... – Ele parou e me encarou com uma expressão estranha.

-O que?

-Você, quer dizer, ela me atacou. – Arregalei os olhos. – Não nesse sentido, no outro, o mais malicioso.

-Ow! – Exclamei entendo, o encarei prendendo a risada. – Você deu uns amassos em uma copia do mal minha?

-Basicamente, sim. Depois eu ouvi sua ligação pelos pensamentos de Alice e nos dois lutamos. Descobri que ela era uma vampira já que era forte, rápida e resistente como eu. No fim terminei no chão, com minhas costelas levantas pela faca dela.

-Ai... – Falei fazendo careta. – Deve ter doido mesmo.

-Aprecio seu apoio. – Ele disse sarcástico.

-O que quer que eu faça? Você me conhece tão bem que foi fácil um vampiro se transforma em mim e enganá-lo. – Disse incrédula com a situação toda, então algo me ocorreu. – Nosso disfarce foi comprometido? Você disse algo que pudesse entregar nosso noivado falso?

-Não, parando pra pensar agi normalmente. A questão é: Ela teve mais curiosidade que você sobre minha vida.

-Sei que me contará o que sentir que deve, todo mundo tem direito a ter segredos. – Falei dando de ombros. Ele me olhou por alguns segundos até que sorriu. – O que?

-Nada não, só algo que eu acabei de perceber. – Ele parecia satisfeito com algo que não tinha a mais vaga idéia, então ignorei-o.

Repassei o que Edward havia me contado.. Uma copia vampira do mal que ele deu uns amassos... De repente comecei a rir.

-O que?

-Sabe, você tecnicamente me traiu com outra, ou outro. – Enfatizei a ultima palavra, então me olhou espantando e um tanto aterrorizado.

-Era mulher, certeza. – Ele falou para si mesmo. – E tecnicamente eu estava beijando você, então não foi uma traição.

-Sem o "tecnicamente" você me traiu. Meu coração se quebrou agora, Edward, tudo o que eu esperava era fidelidade. – Coloquei minha mão sobre meu peito e fiz minha cara falsa de tristeza.

-Não seja dramática! Eu sei bem o que você fez hoje no elevador com nosso inimigo. – Ele disse fechando a cara.

-Como se você não tivesse feito algo assim quando deu aquela escapada misteriosa, não é mesmo? - Retruquei sarcástica.

-Está realmente me acusando de infiel?

-Você está me acusando de infiel, por que eu não posso?

-Não tente reverter o jogo ao seu favor. – Ele disse apontando o dedo para mim.

-Eu não preciso reverte nada, Edward, só estou colocando os fatos na mesa. Aos olhos do mundo você me traiu, e eu te trai.

-Então você assume traição?

-E você? – Cruzei meus braços, impassível. Ficamos em silencio nos olhando. Agora, parando para pensar no que estamos falando...

-Isso soou ridículo ou foi impressão minha? – Edward perguntou.

-Estamos mesmo brigando por causa de fidelidade? – Nos rimos de lado, o meu riso foi um pouco nervoso, por que... Eu meio que fiquei com raiva ao percebe que ele não precisava ser fiel a mim...

Eu não sou sua noiva, sabe?

-Sabe, eu não quero ficar conhecida por ser chifruda, então as olhos de todos podemos ter um relacionamento aberto...

-Não. – Edward respondeu rapidamente.

-Tem alguma idéia melhor?

-Nos mantermos "fieis".

-Como assim? – O encarei incrédula. – Você não está mesmo pensando em sair pegando a mulherada na calada da noite enquanto eu supostamente estou aqui cega de amor, né? Por que eu não sou esse tipo de pessoa.

-Você estava se atracando com nosso inimigo no elevador.

-Como você sabe disso? – Perguntei curiosa.

-Alice.

-Oh... – Murmurei olhando para o lado. – Em minha defesa, eu digo que um beijo nunca significou muito para mim. – Ele me olhou de lado, me lembrei de que já tínhamos nos beijado antes.

Devo admitir, muito a contragosto, que aquilo deve ter significado algo pra mim.

Só preciso decidir o que exatamente significava para mim.

-É bom saber, por que teremos que nos beijar ocasionalmente daqui pra frente. –Olhei-o confusa.

E confesso, aquilo deu uma esperança estranha a mim e a minha amiga lá embaixo. Credo! Preciso me internar!

-Como assim?

-Os Volturis chegaram à noite, então esteja preparada para amanhã.

-Isso não é lá muito animador. – Falei me recostando na cabeceira ao lado dele.

-Eu pensei que beijasse bem. – Ele disse com as sobrancelhas comicamente franzidas.

-Eu me referia aos Volturis. Você até que sabe uma ou duas coisinhas sobre beijo. – Eu menti descaradamente, ele beija muito bem...

Ou talvez fosse minha necessidade.

-Engraçado, a maneira que você reagiu me deu uma impressão diferente. – Ele disse se fingindo de confuso, estreitei os olhos.

-Sabe há quanto tempo eu estou sem...? – Gesticulei as mãos e ele fez cara de quem entendeu.

-Deve ser difícil... – Acenei com a cabeça concordando. – Mas por que nunca tentou ir até o fim?

-Eu matei três caras. – Respondi desconfortável.

-Por que não tenta com alguém tão forte como você, ou até mais?

-Tipo um transfigurador? Não sei, eles tem toda aquela coisa de impressão, e meu pai mata se descobre. – Divaguei, ele pigarreou. – Um vampiro? – Me mexi na cama e me sentei de frente para ele. – Ta brincando? Toda essa palhaçada de falso noivado foi pra evitar isso!

-Bom, eles podem ser um pouco difíceis de dizer não. – Ele disse. – Mas você conseguiria fazer com um vampiro, porque seu pai não poderia matá-lo.

Eu olhei-o pensativa, então a ficha caiu e olhei mesmo para ele e estreitei os olhos. Ele não estava mesmo...?

Hum...

Estou no celibato há dois anos, a minha opção mais viável de acabar com o sofrimento está na mesma cama que eu, encarando minhas pernas. Hey! Ele ta encarando minhas pernas, agora que me toquei.

-Mesmo que eu estivesse interessada com quem eu faria? Você? – Joguei verde.

-Bom, eu sempre estarei disponível. – Ele deu um sorriso malicioso. - Talvez você queira isso. Não se preocupe, eu entendo.

-Aham, sei... – Falei erguendo a sobrancelha. – Vou pensar no seu caso.

-Pensar? – Ele me olhou divertido. – Você nem precisa pensar, estamos falando de mim, Edward Cullen. As mulheres não perdem tempo pensando no assunto quando se trata de mim. – Nos encaramos por alguns segundos e então comecei a rir.

-Ok, Sr. Super ego, depois dessa eu vou dormir. – Disse me jogando no travesseiro.

Era uma pena ele simplesmente não falar diretamente, por que se pedisse, ou desse algum indicio...

Bom, eu não diria não.

Pensando bem, essa idéia era realmente interessante. Sexo e Edward... Soa delicioso...

Deixei-me dormi pensando, com um sorriso, que de um jeito ou de outro eu acabaria com meu celibato e já tinha a pessoa perfeita para me ajudar. E por acaso a pessoa estava sentado na mesma cama que eu lendo alguma coisa.

Mas isso deixaria para depois, agora eu cairia no mundo dos sonhos por que estava exausta.

Carmem P.O.V

-Que lugar é esse? – Perguntei, olhando ao redor. Estava tentando me soltar da cadeira pois haviam colocado correntes, que estavam incrivelmente resistentes.

Talvez fosse prata. O único material que conseguiria nos prender, apesar de não nos afetar como os lobisomens, é a prata, já que é o único que nos segura.

-Está entre amigos. – Ouvi uma voz do canto.

-Ah sim, é claro, tão amigos que me prenderam.

-Você tentaria matar minha melhor guerreira. – Arregalei os olhos ao ver Selene aparecer.

Só que havia algo estranho nela, sua aparência não era vampirica, era humana. Os olhos não estavam negros, nem vermelhos, estavam verdes e sua pele pálida estava mais corada e os cabelos caiam negros sobre os ombros.

-O que...?

-Shh... – Ela falou para mim, de repente seus olhos foram para trás de mim. Tentei me virar mais duas mãos pararam minha cabeça.

-Isso é traição.

-Estou protegendo seu marido. – A voz atrás de mim falou, congelei. A pessoa atrás de mim resolveu soltar suas mãos de mim e caminhar para frente.

-Ariadne? – A morena se virou para mim, o rosto de boneca do mesmo jeito de sempre. – Você está viva?

-Forjei minha morte. Tinha que proteger aqueles que amo. – Olhei de uma para outra incrédula. – Seu marido vem nos ajudando e muito nas ultimas décadas. Mas chegou o momento de você também nos ajudar.

-Eu não vou trair meu clã. – Cuspi.

-Isso não é sobre trair seu clã, é sobre salva-lo. – A voz no canto voltou a falar, pude percebe que a mulher estava forçando a voz para parecer diferente.

-Escute, Carmem, é muito importante que faça isso. – Ariadne se inclinou em minha direção. – A parti de agora tudo que acha que sabe vai mudar.

-Por que agora? – Perguntei a encarando mortalmente.

-Por que seu marido pediu, ele achou que estava te protegendo e aceitamos, mas depois de ontem... Implorou-nos para incluí-la, ficar no escuro é mais segura para você, é verdade, mas precisamos de alguém dentro da casa.

-Sem contar o fato de que Safira concordou. – Olhei para Selene.

-Desculpe, quem? – Perguntei sarcástica.

-Safira. – Selene se virou para o canto e de lá saiu uma mulher com uma mascara negra. Os cabelos loiros caiam em cachos enormes abaixo dos ombros, os olhos extremamente vermelhos me encararam com interesse. – Talvez você a conheça por outros nomes, afinal ela sempre muda.

Essa descrição pareceu familiar, mas... É impossível! Ela era loira, então olhei para Selene e sua aparência humana... Será...?

-Você está sendo convocada, Carmem. – Safira disse ainda afinando a voz, seus lábios repuxaram em um sorriso.

-Mostre seu rosto. – Exigi encarando-a desconfiada. As três se olharam.

-Tudo bem, eu mostro. Porém o preço que terá que pagar é o fim da sua existência. – Safira falou calmamente.

-Quem é você? – Franzi o cenho, as três me olharam com quase pena. Eu realmente não gostei disso.

-Você não faz idéia. – Safira murmurou com sua voz verdadeira. Suspirei quando a voz dela me soou familiar.

*Em alemão significa: Cara de bunda (bunda com orelhas na tradução literal), algo como cuzão, na minha opinião.