Bloody Lips

Como se mata um dêmonio, por favor?


Capitulo 18

P.O.V Edward

Furioso?

Você não conhece o real significado dessa palavra até ver meu estado de espírito agora.

Eu estava muito, muito furioso.

Eu já falei o quanto detesto ser deixado para trás? Ainda mais por um bando de cachorros sem cérebro.

Imagine minha surpresa quando descubro que tem demônios junto com os lobisomens? Demônios!

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Sinceramente me pergunto quando foi que eu fiquei cego, por que é muito obvio que os lobisomens não fariam isso sozinho. Os demônios estavam com os pensamentos focados em duas palavras "Isabella Swan" e isso me deixou intrigado. Ela vai ter algumas coisinhas para se explicar. Nem que tenha que forçá-la a falar.

Parei na beira da floresta vendo a guerra que acontecia na minha casa, todos meus irmãos estavam furiosos, principalmente Carlisle.

Carlisle estavam com uma raiva anormal, haviam tido a coragem de atacar a casa dele, e o pior a família dele. Nosso líder olhava para tudo sem demonstrar qualquer emoção. Por fora ele parecia apenas um gélido líder, por dentro ele queria sair e destripar demônio por demônio e lobisomem por lobisomem.

Estávamos todos tensos olhando a batalha ao redor, havia fogo, sangue, barulho de tiro, rosnados, barulho de ossos se quebrando, suor, gritos, parecia o próprio inferno. Mas não poderíamos atacar até Carlisle dá a ordem.

-Não tenham piedade. – Carlisle falou em tom baixo, no segundo seguinte todos os nossos protegidos e lobos Volturis atacarão.

Todos menos os membros da família, nos sabíamos que teríamos outras ordens.

Onde estão Alice e Rose?

-Sul e oeste – Respondi ao pensamento de Carlisle.

-Jasper demônios do oeste, Emmett lobisomens de sul. – Ele ordenou. Carlisle sabia que equilibraria a luta, Jasper lutando ao lado de Rose e Emmett ao lado de Alice.

Enquanto Rose atacava os lobisomens, Jasper cuidava dos demônios, o oposto aconteceria com Alice e Emmett. Era uma tática para os dois não se distraírem para proteger a companheira e vice-versa.

Os dois acenaram com a cabeça e desapareceram de nossa visão. Carlisle refletiu sobre o que me ordenaria quando um lobisomem decapitado foi lançado ao nosso lado. Carlisle e eu erguermos a cabeça para direção de Esme que andava em nossa direção toda suja e descabelada.

Deliciosamente selvagem.

Como eu sobrevivi anos em meios de casais e podendo ler mentes, eu nunca vou saber.

-Armadilha, certo? – Ela perguntou ao nosso lado, Carlisle acenou enquanto fazia dois demônios brigarem entre si. – As crianças foram retiradas daqui. Mas ainda querem Bella, por isso não foram embora.

É incrível como Esme tem a habilidade de fazer tortura de interrogatório e matar ao mesmo tempo. Podia visualizar um lobisomem cheio de queimaduras em forma humana falando, enquanto três demônios avançavam para cima dela.

-E por que Bella não foi? – Perguntei vasculhando a batalha tentando acha-lá e quando eu não achei estreitei meus olhos.

-Soube do fato depois que a perdi de vista. – Esme falou, visualizei Emmett e Jasper atacando junto com minhas irmãs.

-Vou atrás dela. – Falei ainda a procurando pela mente dos seres ali.

-Não a encontrou? – Carlisle em estado de alerta.

Captei os pensamentos de Paul, um dos lobos Volturis, ele pensou no quanto Bella o ajudou quando foi rodeado por demônios. Isso foi bem recente, ela deve estar por lá, ou nas proximidades.

-Não. – Respondi seco. – Vou acha-lá. – Falei ao ver o pensamento dos dois.

Esme e Carlisle entraram na luta, enquanto eu fui atrás da demônia desaparecida, se pegassem Bella estaríamos ferrados. Aquela mulher era imune a poderes demais para o nosso próprio bem.

Quanto mais a procurava mais raiva sentia, eu não encontrava a maldita! E isso significava que eles haviam pegado ela e... Argh!

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A única coisa boa em minha raiva, é que eu podia paralisar os inimigos com habilidade sem igual. Eles ficavam assim apenas por alguns segundos, mas era o suficiente para nosso grupo matar.

Aproximava-me do lado oeste da casa quando senti algo em minha direção, era um ataque mental do qual desviei rapidamente. Franzi o cenho, quem estava...?

Estaquei olhando a cena a minha frente, Bella estava abraçada a uma garota ruiva no meio de uma luta.

A garota parecia ser mais nova que ela e...

Isso não interessa! O que interessa era saber por que raios as duas estavam abraçadas e por que ninguém atacou elas? Os pensamentos ao redor pareciam não enxergá-las.

Hum...

O ataque mental lá atrás deve ser o culpado disso.

Meus pensamentos foram cortados quando um lobisomem pulou em minha direção. Segurei seu pescoço e o quebrei, logo em seguida lancei o lobisomem para dois demônios que corriam em minha direção. Andei em direção as duas e dei um pigarreio alto.

-Quem é esse? – A ruiva perguntou para Bella, quando se separaram.

Bella abriu a boca para responder, mas fomos interrompidos por um demônio pulando nela. O demônio estava com as mãos no pescoço dela, em um reflexo rápido a ruiva chutou com tudo o rosto dele e foi sangue para tudo que é lado... Que maravilha!

Revirando os olhos puxei a criatura pelos cabelos, arranquei sua cabeça e joguei por cima do ombro, provavelmente indo parar no outro lado da casa.

-Hã... Isso foi muito legal! – A garota exclamou com um sorriso empolgado. – Ele é um vampiro como me falou, não é mãe?

Mãe?

Eu estava ajudando Bella a se levantando quando captei a forma como ela chamava a minha falsa noiva.

-Mãe? – Perguntei a Bella confuso, um lobisomem correu em nossa direção e eu o paralisei, a ruiva explodiu a cabeça dele com um tiro. – Quem é ela, Bella? – Perguntei exaspero.

-Nessie, minha filha – Ela me respondeu com falsa naturalidade. Estreitei meus olhos, eu tinha a impressão que ela estava rindo de mim por dentro.

-Ela parece quase ter sua idade. – Retruquei impaciente. – Na verdade ela tem quase sua idade!

-Isso por que eu sou mãe dela só pela transformação. – Ela respondeu como se fosse a coisa mais obvio do mundo. Na verdade era a coisa mais obvia do mundo, mas isso ainda me irritava.

-Você tem bastante coisa para contar. – Respondi irritado. Como ela se esquece de um detalhe desses? – O que você pode fazer afinal, Nessie?

Ela abriu a boca para responder, mas eu já tinha lido sua mente. Ela podia criar uma espécie de ilusão a parti de suas lembranças. Porém não é algo amplo como Bella.

-Isso deve ser o suficiente para lutar. – Disse me virando para um demônio atrás de Bella, a mesma estava com uma das facas de Alice e cortou a garganta dele.

Alguns segundos depois o cadáver de um lobisomem sem cabeça foi lançado ao nosso lado, Rose estava com a cabeça na mão. Jasper estava atrás dela, chocando os crânios dos demônios um no outro.

-Sabe, eu pensei que você estava levando um vida pacata e chata. – Nessie se virou para Bella mal humorada.

-Eu estava até descobri que meu pai trabalha em uma organização que mata um monte de criatura sobrenatural. – Bella respondeu.

-As duas podem colocar a fofoca em dia outra hora. – Falei raivoso quando desviei dos demônios que corriam em direção as duas.

-Quem é essa? – Rose perguntou enquanto enfiava uma lança de prata em algum lobisomem.

-Longa historia. – Disse tirando uma faca dá cintura dela e lançando em outro lobisomem.

-Empresta a lança? – Bella disse arrancando a lança da mão de Rose.

Nós dois vimos ela se virar e decapitar um lobisomem em um movimento só e depois continuar lutando com os demônios. Refleti por alguns segundos que ela tinha mais talento para luta do eu imaginava. Então eu captei um grito mental:

Rückzug!

Não era ótimo? Eles tinham um sistema de comunicação telepática também!

Nessie ficou ereta e olhou para o lado desconfiada. "Da onde veio isso?"

-Não dê atenção à voz. – Eu a instrui em resposta recebi uma olhar assustado..

"Ah claro! Ele é vampiro." Foi a resposta que deu para si mesma.

Um demônio que estava indo para cima de Bella, se virou na hora e saiu correndo. Eu conhecia a palavra gritada mentalmente, era alemão e significava "recuar".

-Estão fugindo. – Exclamei e vários vampiros e lobos entraram em ação para capturar os inimigos.

A maioria conseguiu fugir, felizmente, nosso lado capturou alguns para colher informações. No fim Rose foi ver como estava a situação geral com Jasper, Bella estava estralando os ossos, e eu analisando os pensamentos ao redor.

Então Nessie se aproximou da mãe. Agora eu podia observá-la melhor, ela tinha cabelos acobreados abaixo dos ombros e leves ondas no cabelo, os olhos eram de tom chocolate, a pele era pálida, um pouco mais baixa que Bella, Nessie ou Rennesme (nome estranho, não?) não era exatamente feia. Se estivéssemos vivendo a cem anos atrás, ela já estaria sendo preparada para a entrada na sociedade ou seria uma prostituta.

-No que se meteu agora? – Ela perguntou olhando ao redor com curiosidade mórbida.

-Conversa para outra hora, Re. – Bella respondeu curtamente, espere ai... Re?

"-Não... - Ela disse e eu congelei – Não faça isso, Re - Ela disse em tom de comando. Foi só ai que percebi que ela estava dormindo."

Acho que sei com quem Bella sonhava naquela noite...

-Quem é ela? – Rose perguntou erguendo a sobrancelha, ela havia voltado da busca e me dava os estragos mentalmente.

-Eu ia explicar isso para vocês, mas os lobisomens resolveram atacar a casa. – Bella respondeu á Rose, que acenou analisando a ruiva. – Essa é Rennesme, Nessie na verdade, ela é minha... Hum... Cria, a considero minha filha adotiva.

Nessie deu um sorriso a Rose.

-Prazer conhece-la, Rosalie, certo?

-Rose. – Minha irmã corrigiu enquanto encarava a garota incrédula. – Você tem muitas coisas a explicar, não? – Acrescentou para Bella, e eu concordava com essa afirmação.

-Eu sei. – Bella suspirou desanimada.

-Edward. – Carmem chamou. – Alice está tendo uma visão.

Todos corremos para a área da piscina, Alice estava parada com o olhar perdido no futuro. Senti meu olhar desfocando enquanto acompanhava suas visões. Hum... Interessante.

-O que foi? – Bella apertou meu braço.

-Volturis, eles vão estar aqui em alguns dias. – Respondi automaticamente. – Hey! – Exclamei. Alice se forçou a sair da visão quando vimos um quarto. – Por que fez isso?

Uma passarela com roupas da coleção de inverno era o que eu via na cabeça de Alice agora.

-Eu já vi aquela visão, nada necessário. – Alice falou em tom baixo e perigoso.

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–Temos que ir para Port Angeles, amanhã todos vão para nossa outra mansão, lá é mais improvável que aqui. – Carlisle comandou – Nossos carros sobreviveram?

-Tudo dentro da casa sobreviveu – Esme respondeu – Pegaremos nossas coisas e depois nos explicará como virou mãe, entendeu Bella? – Acrescentou em tom que não se podia contrariar, Bella acenou tranqüila.

Ouvimos um suspiro e todos se viraram, os lobos haviam voltado ao normal e estavam com os vampiros de nosso clã.

-Creio que todos nós vamos nos retirar para alimentar, senhores - Carmem falou por todos ali.

-Sim, Carmem. Todos merecem isso – Carlisle acenou com a cabeça.

-Só pedimos que tomem precauções, e que se alimentem em grupos. Ninguém quer ser surpreendido – Jasper falou e todos acenaram, eles aceitavam o que dizíamos sem hesitar por pura experiência.

-Depois dirijam a outra sede do clã – Rose os dispensou.

O grupo de vinte vampiros do clã Cullen se retirou e deixou o grupo Volturi conosco, o grupo era feito por transfiguradores. Os Volturis de Forks, viu que não era necessário vampiros nessa base, pois os lobos davam conta do recado.

-Onde estão as crianças? – Alice perguntou em tom ansioso, ela não conseguia vê-los.

-Com o general – Jacob respondeu, era ele que estava no comando ali. – Não se preocupe Bella, eles estarão com você amanhã – Ele acrescentou ao ver a expressão de Bella.

-Eu tenho irmãos? – Nessie perguntou a Bella e atraiu a atenção para si novamente

Jasper e eu estremecemos com a poderosa onda de sentimentos que veio em seguida.

Bella P.O.V

Edward ficou rígido ao meu lado, o olhei de lado curiosa, mas ele encarava Jasper e esse encarava Jake, que por fim estava vidrado em Nessie.

Me virei para Nessie e a vi olhando para as unhas e depois levantou o olhar para mim erguendo a sobrancelha. Voltei meu olhar para Jake e ele continuava com o olhar estranho. O que exatamente estava acontecendo?

-Isso não é uma boa hora para impressão, Jacob – Edward falou em tom sarcástico.

-O que? – Eu sabia muito bem o que era impressão – Você só pode estar curtindo com a minha cara. – Exclamei exaspera

-Hã? – Nessie perguntou confusa, então seu olhar parou no Jake, eu conheci o olhar de interesse dela e aquele definitivamente era um.

Revirei os olhos ao sentir um leve empurrão dela, olhei ao redor e vi que os lobos apontavam para Jake. Ótimo, agora eu tinha que apresentar os dois! Peguei Nessie pelo braço e a guiei para Jacob. Eu realmente estava com pena dele, não importa o quanto a tal impressão seja forte, Rennesme não seria fácil.

-Nessie, esse é Jacob. - Apresentei, enquanto ouvia o riso leve dos lobos ao redor.

-Ah sim, o saco de pancada egomâniaco partícula da mamãe. - Nessie falou o encarando, Emmett soltou uma gargalhada estrondosa de dentro dá casa.

-Jake, essa é Rennesme, minha filha, chame-a de Nessie.

-Eu diria algo vergonhoso sobre você, se sua mãe tivesse falado algo sobre sua existência antes. – Jake disse em resposta.

-Bom, prazer te conhecer. – Ela respondeu estendendo a mão e mandando seu sorriso animado para ele.

Ok, pelo olhar, Jake já estava a ponto de se ajoelhar e venera-la como uma rainha, ou uma deusa pagã.

Encarei a troca de olhares por alguns segundos e depois me virei.

-Eu reflito sobre o que acho sobre isso depois. – Andei em direção ao único que tinha sobrado dos Cullens ali, Edward. -Não vai arrumar suas coisas? Eu sei que tem bastantes lembranças no quarto. – Falei entrando na casa.

-Que gentil de sua parte se oferecer. – Ele disse me puxando para as escadas, nem tive tempo de responder, quando vi já estava em seu quarto.

Suspirei e agradeci mentalmente por Alice ter deixado minhas roupas ali, enquanto pegava uma muda, Edward perguntou:

-Se feriu muito? – Me virei e o vi encarando minha coxa, minha calça mostrava um arranham perfeito ali, mas minha pele esta intacta apesar do sangue ao redor do rasgo.

-Descobri que as garras de lobisomens são afiadas – Falei em tom sem humor algum

-Você devia ter mais atenção nessas lutas – Ele retrucou em tom de repreensão – As garras deles são capazes de arranhar até a pele de minha espécie.

-Percebi quando um pulou em cima de mim. – Falei em tom sarcástico

-Bella, sua... – Ele parou franzido o cenho. –... Nessie, ela não pode saber do nosso envolvimento romântico é falso.

Ergui minha cabeça e estreitei os olhos para ele.

-Aro vai ler a mente de quem ver pela frente para saber de nosso relacionamento. E Rennesme é uma Swan, já que é sua "filha, então ele tem esse direito – Ele acrescentou.

-Aro? – Perguntei

- É um dos lideres Volturis. E ele pode ler o pensamento das criaturas com apenas um toque de mãos. – Ele respondeu

-Eu não costumo esconder esse tipo de coisas de Nessie – Falei um tanto desconfortável. – Mas... Er... Você tem razão. – É meio difícil soltar uma frase dessa para alguém como Edward, já tem um ego enorme, odeio alimentar isso.

-Bom, ela está vindo aqui, agora – Virei a cabeça para a porta enquanto ficava em pé, eu havia isolado o quarto para poder conversa. Mas foi apenas fisicamente, mentalmente Edward tinha todo o acesso do mundo. – Venha aqui.

Revirei os olhos quando ele me puxou bruscamente, passei o braço no pescoço dele e lhe dei um sorriso maroto, o mesmo me deu um sorriso tão... Sincero. A mão dele foi para o meu rosto e acariciou, ele era bom, muito bom. Quero dizer, qualquer um acreditaria que havia algo mais que amizade ali, mas o importante era que Nessie acreditaria sem hesitar sua mente só pensava nesse tipo de besteira romântica.

A porta se abriu bruscamente, como era de se esperar de Nessie. Provavelmente fugia de Jake, o garoto poderia ser sufocante, ou a deixou em pânico com a coisa de impressão. Mas ele não deve ter explicado para ela ainda...

-Opa! – Nessie exclamou ao entrar no quarto, Jake estava atrás dela e ergueu a sobrancelha para nós. – Não queria atrapalhar... Er... – Ela olhou para o lado – Tchau! – E fechou a porta com força.

Me afastei rapidamente de Edward, o mesmo ergueu a sobrancelha para mim, dei ombros.

-Ela acreditou. – Falei olhando para o teto. – Ela tem mania de levar a maioria das coisas para o lado romântico da palavra.

Resolvi logo ao banheiro me trocar e tomar um banho rápido. Enquanto eu estava lá refleti o porquê de Nessie estar em Forks. Ela vivia em Nova York e me disse que ia passar as férias em Phoenix em forma de respeito por tudo que passou ali.

Quando sai do banheiro ainda estava pensativa, estava preocupada com o motivo da repentina vinda de Nessie e como raios ela me achou no meio daquela loucura toda?

-Quer ajuda? – Perguntei para Edward, que havia trocado de roupa também.

Ele se virou me olhando inquisidor, mudei minha postura na hora

-Quero saber algumas coisas. – Ele me disse com um sorriso irônico – Coisas que esconde de todo mundo, incluindo o seu pai.

Dei um sorriso amarelo

-Eu não escondo nada, apenas não falo algumas coisas. – Respondi olhando para o lado.

-Eu já percebi que você tem seus segredos, tudo bem. Eu também tenho os meus, mas existem coisas que eu vou ter que saber. Vamos fingir um relacionamento, não quero ser pego desprevenido em alguma situação.

-Isso implica em eu saber coisas sobre você, também não quero se pegada desprevenida. – Falei cruzando os braços.

-Tudo bem. – Ele falou em tom de desafio

Suspirei desistindo, não havia nada de mal em responder o que ele quer saber, desde que não seja algo que possa se virar para mim depois.

-O que quer saber? – Perguntei e ele ergueu as sobrancelhas.

-Tem uma coisa que me pergunto... Como foi capaz de matar um demônio? Mesmo que estejam fracos e sem poder fazer regeneração, eles ainda são mais forte que os humanos – Edward me olhou especulativamente.

-Isso é algo meio complicado – Respondi evasivamente, ele me lançou o pior olhar possível. – Ok! Eu contarei. – Me sentei na cama, ia satisfazer essa curiosidade dele.

-Com detalhes. – Ele acrescentou, bufei revirando os olhos.

- Bom, não foi algo fácil, eu quase morri na verdade. – Falei suspirando. -Tudo começou um pouco depois que descobri o que ela era... – Acabei de decidir que não vou falar sobre o que aconteceu durante o "pouco tempo depois".

"Eu tinha acabado de fechar a porta de casa e me virei para a cozinha. Não havia ninguém em casa, graças a Deus, minha mãe estava em algum encontro. Abri a geladeira, e peguei uma garrafa de água começando a beber no gargalo sem me importa.

-Olá queridinha – Engasguei na água quando ouvi a voz de Irina atrás e mim.

-Ai meu... – Eu comecei a falar

-Não se atreva a falar isso. – Ela me cortou com um sorriso sarcástico – Estou curiosa, por que está se afastando de mim?

Fiquei em silencio.

-Eu não sou um monstro, Bellinha. – Ela disse se se sentando à mesa – O que você viu é apenas minha alimentação, algo totalmente normal – Ela falou olhando em meus olhos.

-Aquilo não é normal! – Exclamei horrorizada – Aquilo é monstruoso, é desumano.

-Bom, eu não sou humana mesmo. – Ela deu de ombros, parecia divertida. – Eu quero que seja minha amiga.

-Eu não posso esquecer o que vi. – Eu respondi a olhando assustada.

-Você me obriga a isso, então... – Ela ergueu os olhos para mim e quando vi estava a centímetros de mim – Tudo o que você viu naquele dia na praça, fui eu transando com um cara. Você ficou um tanto incomoda por ter se sentido excitada com acena, por isso se afastou de mim nos últimos dias. – O olhar dela era azul claro agora, e era extremamente intenso. Eu não sabia bem o que fazer, apenas fiquei olhando para ela sem expressão.

Irina me olhou satisfeita e disse para si mesma

-Dá ultima vez eu não consegui hipnotiza-la, mas parece que sua proteção não é tão forte assim. – Eu pisquei entendendo o que acontecia. – Então, Bella, quer dizer que você queria se juntar a mim naquele dia na floresta? – Por puro impulso eu menti.

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-Sim. – Falei olhando para baixo.

-Então, você quer...?

-Não – Respondi na hora – Eu não tenho... Coragem.

-Foi uma desculpa convincente na época. – Disse. – Irina simplesmente passou a gostar da idéia de fazer a três. Então, ela continuou fazendo esse tipo de convite, foi perfeito para eu evita-la.

-E ela não desconfiar que você sabia a verdade – Edward complementou, acenei com a cabeça.

-Depois daquele episodio comecei a pesquisar sobre demônios e havia coisas que batiam com Irina, até que eu li que um demônio só pode ser morto por um humano quando estava fraco. No começo não gostei da idéia de matá-la, havia pensado em exorcizá-la, mas não tinha como segura-la o suficiente para conseguir fazer o ritual. – Expliquei. – Comecei a me reaproximar dela e a prestar atenção na sua aparência, e não foi difícil percebe quando ela estava fraca.

-Demônios sempre acham que os humanos são burros demais para percebe algo. – Edward comentou – Continue.

– Era novembro, e eu estava morrendo de medo, não tinha ninguém para falar, afinal quem acreditaria em mim? Então, resolvi aproveitar que ela estava fraca e executar meu plano, mata-la. E eu sabia que era minha única oportunidade. – Abaixei os olhos ao lembrar. – Pedi para dormi na casa dela, fazia meses que nossa amizade estava fria, então ela aceitou alegre. – Então eu sorri – Ela tinha me preparado uma surpresa. Irina havia me dado a chave de sua casa, e disse para eu ir entrando...

Abri a porta tremendo, respirei fundo e me obriguei a ficar calma. Apertei a alça de minha bolsa, ali tinha tudo o que eu precisava água benta e uma cruz de madeira. Assim quem fechei a porta comecei a prestar atenção a minha volta.

Ouvi alguma coisa no andar de cima, franzi o cenho e me controlei para não sair correndo. Respira Bella, isso deve ser mais fácil do que imagina. Então me ocorreu que eu não sabia como ia matá-la, quero dizer, água benta só vai queimá-la.

De qualquer maneira, subi as escadas rapidamente, e os barulhos ficaram mais nítidos, abri a porta da onde vinha e deixei meu queixo cair.

Lá dentro eu vi Irina com um cara da escola, Harry. Eles não estavam exatamente vestidos, na verdade eles estavam na parede quase transando. Engoli a seco quando percebi que ele estava para penetrá-la quando eu cheguei.

-É ela? – Ele perguntou ao me ver na porta. Meu sangue congelou na hora, me veio o pensamento que eu poderia estar de frente com dois demônios na minha frente.

-Desculpe, Bella. Eu esqueci que vinha – Irina tinha um sorriso maligno que desmentia sua afirmação – Que tal se juntar a nós?

Fechei a porta na hora, e me escorei na parede. Me lembrei que meses atrás ela tentou me hipnotizar para me fazer ficar excitada com aquela cena. O problema que eu não estava excitada, e agora, meu plano para matá-la podia ter ido buraco abaixo.

-O que você fez? – Edward perguntou erguendo a sobrancelha quando eu fiz uma pausa.

-Irina me seguiu para fora do quarto, nem olhei para trás, desci as escadas a toda velocidade. – Eu respondi. – Naquela hora eu tinha desistido de fazer qualquer coisa, mas quando cheguei ao fim das escadas ela estava lá embaixo me olhando nada feliz. Ela me agarrou pelo pescoço e tentou me hipnotizar de novo, em resposta, eu joguei água benta na cara dela. O rosto dela ficou todo queimado – Fiz uma careta ao lembrar...

-Haaaa! – Ela gritou e me jogou com força no chão. Tudo que eu fiz foi me levantar e rezar mentalmente. Eu estava indo em direção a porta quando senti meu cabelo sendo agarrado e eu fui jogada no chão no lado oposto.

Choramingando de dor na perna, eu comecei a rastejar para a cozinha. Irina veio para cima de mim, mas eu ainda tinha um pouco de água benta e joguei o resto nos olhos dela. Com outro grito ela se ajoelhou no chão e começou a vir em minha direção.

Eu me levantei desesperada e com dor, eu havia caído em cima da minha perna, então mancava. Quando cheguei no galpão da cozinha sentia ela pulando em cima de mim, fomos parar em cima dele com ela em cima de mim pronta para dar o bote. Eu estiquei minha mão com toda a força para achar algo, foi uma colher de madeira. Eu nunca bati com tanta força na cara de alguém até aquele dia.

Ela ficou um tanto surpresa, aproveitei e chutei com os pés. Me virei com força e vi algumas facas no balcão excitar, eu peguei a maior. Praticamente me joguei no chão e fui em direção a sala, no chão achei minha bolsa e a peguei. Quando me virei para a porta, uma Irina com o rosto desfigurado se regenerando estava parada lá.

-Você não vai embora agora, a festa só começou.

-O que está acontecendo? – Harry perguntou do começo da escada, ele ainda estava visivelmente excitado.

-Não é nada, querido. Eu vou fazer um lanchinho rápido, e já vou. – Ela disse olhando para mim. – Suba e se alivie sozinho no momento. – Acrescentou o encarando nos olhos novamente. Surpreendente ele acenou e se virou, então percebi que ele estava hipnotizado também.

Sem saber o que fazer comecei a subir as escadas ignorando a dor que eu sentia.

-Corra o quanto quiser Bella. – Ela podia ter me pegado em um piscar de olhos com sua rapidez, mas preferiu o joguinho psicológico de me seguir lentamente.

Talvez esse tenha sido minha sorte.

Entrei no quarto e tranquei a porta, joguei minha bolsa no chão e procurei algo para me ajudar. Encontrei a cruz e uma faca enorme da cozinha de minha mãe.

A porta foi arrebentada e eu me vire assustada. Levantei a cruz e faca, mas minhas mãos tremiam então eu parecia ridícula em vez de ameaçadora. Ela abriu um sorriso malicioso, seus dentes pontiagudos me enviaram um calafrio nas costas.

Ela saltou em cima de mim violentamente, a força do impacto fez a faca cair da minha mão.

-Tchauzinha Bella. – Ela falou e rosnou mostrando os dentes. Levantei a cruz e grudei na sua testa, ela gritou raivosa novamente. Aproveitei e rastejei de costas, eu já chorava de tanto medo que senti. Eu assistii, um tanto (muito) desesperada, quando ela arrancou a cruz e jogou para o outro lado do quarto.

Olhei para trás e vi que afaça estava um pouco longe, mas eu poderia alcançar. Eu ia me virar e me jogar lá, mas o rosnado forte de Irina me impediu. Olhei para frente e a vi no ar vindo em minha direção por reflexo, levantei o braço e ela o mordeu como um cachorro.

O impacto nos fez deslizar alguns centímetros, então eu estiquei a mão atrás da minha única esperança. Irina se afastou de meu braço mordido e foi atacar meu pescoço, mas ela foi impedida pela faca cravada em seu pescoço.

Ela me olhou com os olhos arregalados e se afastou de mim. Eu a empurrei no chão e subi em cima dela, arranquei a faca do pescoço dela e enfiei no peito com força. Ela me deu um ultimo olhar, vi seus olhos voltarem a cor normal de sempre. Eu retirei a faca e a enfiei novamente.

Eu não sabia se ela estava morta, então continuei esfaqueando o corpo. Até que eu percebi que não precisava mais fazer aquilo, no mesmo segundo, larguei a faca como se ela queimasse. Me encolhi no chão olhando a cena com os olhos cheios de lagrimas, levei as mãos a cabeça sem saber o que fazer.

Me deixei cair no chão chorando, tudo dói em mim. Minha cabeça parecia que ia explodir, meu estomago estava totalmente embrulhado, me sentia febril e o mundo continuava a rodar. Tudo que eu consegui fazer foi fechar os olhos e tentar respirar.

Poderia ter passado minutos, horas ou até anos, eu não sei dizer. Foi a pior sensação que eu já senti na minha vida. Era como estar extremamente doente, apenas por um fio de vida.

Então, dolorosamente aos poucos tudo começou a se acalmar, quando consegui abrir os olhos novamente me sentia, precisamente, um lixo. Eu podia sentir as lagrimas secas no meu rosto, minha cabeça latejava de tanto chorar. Completamente desorientada, engatinhei até a porta e com muito esforço fiquei em pé. Andei pelo corredor me apoiando na parede, tudo o que eu queria era deslizar para o chão e ficar parada, sem precisar fazer nenhum esforço.

Mas eu estava com tanta sede que venceu minha vontade de cair no chão e nunca mais se levantar. Por causa da preguiça, eu resolvi tomar água da torneira do banheiro. Eu abri a porta e me deparei com o cara que estava com Irina, Harry.

Eu não liguei para o fato dele estar se masturbando, o que me fez presta atenção foi o fato dele esta fazendo isso embaixo do chuveiro ligado. Com a sede que estava, eu nem ligava em pegar água dali para beber. Ele abriu os olhos quando eu o empurrei para a parede do box. Sem me importa com mais nada abri a boca e comecei a engolir água, franzi o cenho, aquilo não me satisfazia em nada.

O cara, de repente me agarrou e virou, de forma que ele me prensava na parede.

-Você deve dar para o gasto – Ele falou enquanto passava as mãos pelo meu corpo, mas eu não liguei para isso.

Estava vidrada no movimento em seu pescoço. Era sutil, mas eu podia ver nitidamente, ver e escutar, na verdade. Quando ele se inclinou sobre mim para beijar meu pescoço, minha respiração acelerou.

Minha boca começou saliva, minha garganta se tornou mais seca e naquele momento tudo que eu queria era atacar aquela veia. Eu peguei o cabelo dele e puxei para o lado e afundei meus dentes na garganta...

Pisquei voltando à realidade...

-Desculpe por isso, a ultima parte não era necessária. – Falei sem emoção

-Tudo bem. – Ele murmurou, seus olhos estavam negros – Como reagiu depois disso?

Ri amarga.

-Bom, no dia seguinte...

Acordei com o sol na minha cara, gemi reclamando. Suspirei e esfreguei meus olhos, mais tinha algum liquido na minha mão. Olhei confusa para minha mão e vi sangue, arregalei os olhos. Me sentei e vi que estava coberta de sangue, assim como o chão do banheiro.

Franzi o cenho por que não estava me sentido dolorida? Havia passado a noite no chão duro do banheiro! Tentei levantar, mas escorreguei, estranhamente posei de quatro como um gato. Fiquei de joelhos no chão sentindo a confusão ao maximo na minha cabeça, por que eu não estava enjoada com o sangue ao redor? O que exatamente eu estava fazendo ali?

Olhei em volta procurando alguma resposta e vi um cadáver mutilado, gritei de susto. Então, a noite passada me veio na cabeça.

-Deus... - Olhei para meu pulso e me assustei ao ver apenas uma cicatriz ali. Segurei minhas mãos na pia e me levantei. Me olhei no espelho e arregalei os olhos.

Tinha sangue em todo o meu rosto, inclusive em meu cabelo, estava com o nariz vermelho, e estranhamente eu ainda parecia bonita. Se tirar toda a sujeira, havia uma espécie de luz sobre mim.

Cocei minha cicatriz do pulso pensativa, comecei a pensar mais claramente. Virei meu olhar para o corpo no chão e reprimi o grito, eu podia ver cada dentada... Minha? Estreitei os olhos desacreditada.

Me virei para a pia novamente a realidade veio como um soco no estomago para mim. Olhei minha cicatriz, me lembrei da mordida de Irina, me lembrei da sensação que eu sentia enquanto arrastava em direção ao banheiro, me lembrei da sede e me lembrei de comer o Harry, literalmente.

Suspirei horrorizada

E como para confirma tudo, quando olhei no espelho novamente.

Meus olhos estavam azuis claros.

Abri minha boca e gritei.

-Depois daquilo... Eu me senti mal, muito mal – Falei mordendo os lábios – Eu fiquei revoltada com tudo. Chegou ao ponto que briguei feio com minha mãe, que nada tinha a ver, e acabei expulsa de casa. Foi ai que decidi não me alimentar com sangue, mas cheguei ao meu descontrole total. Nunca sentia tanto nojo de mim mesma, foi uma fase obscura. – Franzi o cenho lembrando daquela época.

-Todos nós temos essa fase, até que aceitamos quem somos – Edward respondeu, era impressão ou aquilo era um consolou?

-Você passou por isso? – Perguntei curiosa

-Não. – Ele respondeu dando de ombros, então explicou ao ver minha expressão - Na minha época não era exatamente horrível matar. Então isso não era um problema, eu entendia que sangue era do que precisava – Edward parecia tranqüilo com tudo aquilo, deduzi que era a mais pura verdade o que ele falava.

E isso tornava as coisas mais frias.

-Mas ainda somos monstro – Comentei o olhando divertida

-Sim, sem duvida. Matar sem ter a menor culpa, deve ser algo horrível do ponto de vista humano – Edward refletiu e eu acabei rindo. - E da onde saiu Nessie? – Ele perguntou erguendo a sobrancelha

-Foi logo depois da minha greve, na verdade ela foi o fim da minha greve com a... Comida. Mas isso não é mais historia minha, ela é quem tem que contar.

-Por quê?

-Por que para contar teria que falar a historia dela – Respondi séria e ele acenou com a cabeça

-Acha que vou saber? – Perguntou

-Ela é tagarela e se não falar vai acabar entregando pelos pensamentos – Respondi e ele riu. – Que foi? Se sente poderoso podendo descobrir o segredo de alguém apenas lendo seus pensamentos - Zombei

-Sim, é muito gratificante... – Edward fez uma pausa - Eu preciso te dar uma coisa – Ele se levantou rapidamente e no segundo seguinte estava sentado ao meu lado de novo – Passaremos a fingir um envolvimento romântico a parti de agora, então é melhor que use isso – Ele pegou minha mão direita e colocou um anel ali, deixei minha boca abrir.

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Era de ouro, com varias pedrinhas que provavelmente era diamante ou algo o gênero, parecia um daqueles antigos, sabe? O fiquei encarando encantada, então me veio um pensamento: Aquele provavelmente seria o único anel que ganharia na vida.

Isso era deprimente demais, até para mim.

-Pertence à família Masen, minha família biológica. – Ele disse e eu ergui os olhos.

-Sua ex-noiva o usou? Por que se usou não seria uma boa idéia eu usar. – Tagarelei.

-Ela não gostou, achou simples demais. – Ele respondeu olhando para o anel.

-Sério? Ele é tão lindo... – Eu tinha uma queda por coisas clássicas. Quem se importa?

-E tem mais esse. – E ainda tinha mais! Quase me fazia querer ser uma Cullen de verdade, quase. – Esse é o sinal de que pertence ao clã Cullen. – Edward me estendeu um anel prata com uma pedra roxa, na pedra estava grava um brasão, provavelmente era dos Cullen.

-Eu tenho que usar sempre? – Perguntei olhando para os dois novos anéis em minha mão direita.

-Dormira com eles. – Ele respondeu/mandou

-Não use esse tom comigo. – Franzi o cenho para ele.

-Sou seu noivo de mentira, mas ainda tenho que agir como um noivo. – Ele respondeu sorridente e estreitei os olhos.

-O que quer dizer?

-Logo você vai saber, logo. - Prometeu.

Estreitei os olhos desconfiada, de repente, percebi que não sabia no que estava me metendo.

Mas...

Se estou na chuva, é pra me molhar.

Emmett P.O.V

Estávamos todos na sala esperando o casal fake, completamente impaciente.

-Viu Rose? Eu falei que dava tempo para uma rapidinha – Exclamei em voz alta, obvio que eu ia me aproveitar da situação dos dois e zombar. Rose ergueu os olhos e pareceu pedir paciência ao teto.

-Ele é sempre assim? – A filhote de semi-demônio (Nessie) perguntou a Alice, aparentemente as duas tinha uma coisa em comum: Fofocar.

-Sim, sempre. – Alice respondeu fazendo um gesto de descanso com a mão – E vocês não fizeram nada por que não vamos querer demolir a casa!

-Isso mesmo. Irei colocar fogo aqui, e apenas eu tenho direito de destruir minha casa. – Esme disse me encarando com aquele olhar.

Ouvimos um clic lá em cima e todos se viraram para a escada.

-Até que enfim! – Jasper exclamou aliviado

-Vocês definitivamente devem reformula a sua idéia de rapidinha, ok? – Falei e Bella me lançou um olhar estranho

-Não demos uma "rapidinha", Emmett - Ela me respondeu acidamente, até parece que eu tenho medo. Sorri para ela, seria tão bom brincar com o casal fake.

Já falei que adoro esse apelido, Edward? Casal fake. – Estalei mentalmente.

Ele nem me olhou, não pude deixar de sorrir satisfeito.

-Tem razão. – Pensei melhor sobre o assunto. – Por que a casa não estaria de pé, há não ser que Edward tenha dado para morde travesseiros agora. - Comecei a rir da minha piada e Nessie acompanhou, mas a coitada se calou ao ver o olhar de Edward e Bella.

-É melhor todos irmos. – Carlisle falou e logo em seguida correu para fora com Esme, alguém queria a suíte presidencial antes de todo mundo...

-Pare Emmett! Já me basta ver você e Rose. - Edward disse levando a mão a cabeça. – Eu não disse que queria ficar isolado, Bella. – Ele falou fazendo carranca.

-Você reclama demais – Bella disse descendo o resto das escadas, ela carregava algumas malas, tão baixinha e tão forte... – Nessie desgruda do cachorro e vamos!

-Eu vou com vocês – Jake a peitou, olha que bonitinho! Um filhote de lobo tentando atacar a mãe semi demônio!

Edward riu baixo com minha piada. Viu? Eu sou engraçado

-Vai crendo. – Ele murmurou enquanto pegava Bella cintura e a arrastava para a garagem – Ande logo, Bella.

Então, percebi o casal parado ali, eles são meio palermas! Aliais o Jake-filhote de lobo é o palerma da historia, a minha sobrinha- fake-filhote de semi demônio parecia um tanto desconfortável ali. Acho que era o cheiro dele, vou te contar o cara taa suado e o CC tava bravo ali.

-Você estão esperando o que? – Perguntei

-Você sair? – Ele perguntou de supetão, Nessie espremeu a boca em uma linha fina, coitada ta se agüentando para não vomitar...

-Vocês se conhecerão a meia hora – Edward apareceu ao meu lado – Os dois podem conversa no hotel, se forem bonzinhos.

-Mas eu não sou boazinha – Nessie exclamou de volta. Todos erguemos a sobrancelha para a ruiva. - Sou quase uma demônia, gente! Não é meio obvio?

-Eu leio mentes, engraçadinha – Edward respondeu e Nessie ficou pálida, o que ela anda pensando? Safadinha! – Eu posso falar coisas bem interessantes em voz alta...

-Vamos! – Nessie exclamou exaspera, o cachorro a seguiu todo comportado. Essa coisa de impressão é bizarra, ele parece alucinado nela e ela parece querer fugir. Ah Nessie, parente do monstro do lago Ness, o destino escolheu agora se fudeu.

-Não rime, ok? – Edward falou para mim.

-Nessie pode fazer companhia para Jake enquanto ele janta no hotel – Alice falou de dentro do porsche amarelo. Fada do mal! A pobre garota quer sair correndo e ela da um jeito dos dois ficarem mais tempo juntos... Quem eu to querendo enganar? Isso muito bom! – Ficaremos lá por hoje.

-Ah que saco. – Resmunguei, eu sabia o que aquilo significava, teria que maneirar com a Rose, senão o prédio não existiria mais.

-Não reclame Emmett, todos nós teremos que nos controlar. – Jasper respondeu entrando no carro.

Respirei fundo e entrei no carro. Teria que me diverti depois. Que pecado!

-Menos Emmett. – Edward revirou os olhos.

"Você entende melhor do que eu, Eddy!" Retruquei mentalmente "Ops! Esqueci que você só está fingindo, então não tem para quem..."

Não completei o pensamento por que comecei a rir. Edward deu um rosnado baixo para mim.

-Emmett...

-Ok, ok. Vamos pegar o resto das coisas – Subi as escadas, tínhamos algumas lembranças naquela casa, coisa básica. Os nossos protegidos já tinham levado quase tudo, menos nossas coisas mais pessoais, como roupas.

Alice mataria alguém se tocassem na roupa, eu na verdade ainda não entendi o porquê disso.

Edward revirou os olhos para mim quando pensei isso.

Edward P.O.V

Entrei no carro e vi os três lá dentro.

-O que ele esta fazendo aqui? – Perguntei quando vi Jake, imaginei que ele ia se despedir e como os jovens dizem hoje em dia, vazar.

Aparentemente Alice deu o empurrão final para ele entrar no carro e grudar em Nessie. Logo li o que a mesma pretendia com isso, e sinceramente? Tinha que ser filha de Bella. Essa frase ainda soa estranha

-Eu adoraria saber – Bella respondeu cruzando os braços, ela também não estava lá muito feliz com o encosto.

-Mãe, não seja antiquada! – Nessie exclamou. – Vamos fazer um trato, ok? Deixe-me conhecer melhor o Jake aqui, enquanto ele me explica o negocio da impressão e eu não comento sobre sua vida sexual com o papito aqui. – Ela deu um sorriso doce. Espera ai, o que?

Parei o carro bruscamente no susto, dificilmente eu me assusto com algo, por isso considere isso um fato histórico!

-Do que ela me chamou? – Perguntei olhando para frente.

-De pai. – Bella respondeu prendendo a risada, eu me virei para questionar a filhote de semi-demônio, como fala Emmett.

-Ué! É isso que você é, não? Eu não sou cega, chuchu. Jake é testemunha que pegamos vocês no maior clima lá no quarto – Nessie se defendeu. Algo me diz que ela não tem papas na língua.

- Eu devia ter sido preparado para isso. – Eu falei comigo mesmo, enquanto lançava um olhar acusador para Bella, a desgraçada fez questão de ignorar, sorrindo alegre para a garota lá atrás.

-Não é meio obvio que será meu pai, já que vai se casar com minha mãe? – Nessie continuou com as gracinhas. – Mãe, eu pensei que tinha dito que vampiros eram super inteligentes! Pelo o que vi dele até agora, é mais lento do que um humano manco. Não quer reconsiderar essa afirmação, não?

Jake mordeu o lábio para prender o riso.

-Você é bem engraçadinha. – Retruquei sorrindo sem humor.

-Espere até eu revelar os podres de mamãe. – Nessie levantou as sobrancelhas sugestivamente.

-Não se atreva! – Bella rosnou. De repente eu comecei a gostar dessa garota, acho que ela pode ser minha filha, eu não me importo!

-Acho que vou aceitar bem o fato de ter uma filha – Comentei com um sorriso sacana enquanto ligava o carro novamente

-Se ferro Bella. – Jake comentou.

-Cala a boca, ou te castro – Bella respondeu raivosa.

-Epa! Você não pode sair arrancando algo tão importante assim, mãe! Terá que arrancar outra coisa. – Nessie retrucou brincalhona.

-Eu posso arrancar o rabo dele, o que acha? – Bella deu um sorriso sádico, adoro quando ela faz isso. Espera... O que?

-Não parece ser tão ruim. – Minha "filha" falou pensativamente. – Mas ainda é ruim. Perfeito!

-Não sejam cruéis garotas. – Acalmei as duas. Jake parecia completamente em alerta, aparentemente ele não duvidava de nenhuma das duas, bom, nem eu duvidava.

-É a nossa natureza. – Nessie falou em tom falsamente indignado.

-Guardem o entusiasmo para o interrogatório. – Falei dando um sorriso para Bella, ela deve ter pegado ódio deles nessa batalha, já que se animou com o fato de que vamos torturá-los.

-Interrogatório? – Nessie perguntou. – Estou perdida! Alguém me explica?

-Como me encontrou? – Bella perguntou desviando a pergunta.

-GPS do seu celular. – Nessie respondeu tranqüila. – Depois corri para a área e encontrei lobisomens voando pra lá com um bando de lobos e uns demônios. Então uma vampira que saltitava pra lá e pra cá parou na minha frente e falou que se chamar Alice. Foi estranho, ela gritou indignada que eu estava atrasada, então a mesma me deu uma arma e falou pra ajudar você.

-Alice sabia de você? Por que não contou? – Perguntei confuso. - Quando chegou?

-Uma hora e meia atrás – Ela respondeu. – Estou exausta, vim sem nada de Phoenix, só com minha bolsa e um par de roupas. – Ela deu um tapinha na mochila.

Isso explica por Alice não ter visto a visita dela, Nessie decidiu de ultima hora.

-Aliais, por que a repentina chegada? – Bella perguntou franzido o cenho.

Travei a mandíbula quando li os pensamentos de Nessie e a mesma ficou pálida como cera.

-Podemos falar disso depois? – Ela perguntou cautelosa. – Não é algo fácil de dizer.

Bella me olhou questionando com olhar.

-Ela está certa. – Respondi evasivo.

"Obrigada" Nessie agradeceu, acenei com a cabeça.

-Mistérios e mais mistérios, eu não gosto disso. – Bella cantarolou em tom baixo.

-Bom, você sabe como eu me sinto agora - Dei um sorriso sarcástico enquanto colocava minha mão na sua coxa, tínhamos que fingir que éramos um casal no fim das contas.

Em resposta, Bella entrelaçou nossos dedos e deu um sorriso igualmente sarcástico para mim.

-Eles não formam um casal bonitinho? – Nessie perguntou lá atrás.

O resto do caminho se passou com eles tagarelando lá atrás e de Bella e eu trocando olhares quando eles falavam alguma asneira. Infelizmente, não era poucas vezes, casais que sofrem impressão são peculiares. Estacionei na frente do hotel cinco estrelas de Port Angeles.

A única utilidade de Jake era seu cheiro. Ele apagava qualquer vestígio do nosso cheiro, tirando isso o fato dele ter encontrado sua alma gêmea só deixa seus pensamentos mais enjoativos.

-Comam no restaurante do hotel. – Mandei e os dois acenaram como dois adolescentes assustados. Bem, eles eram, mas estavam assustados por causa da minha expressão.

-Eu não vou comer, sabe? – Nessie disse acenando com a cabeça, e eu revirei os olhos.

-Você entendeu – Eu acusei

-É, eu entendi, mas gosto de irritar as pessoas.

Encarei os dois engraçadinhos lá atrás com meu pior olhar, fiquei satisfeito quando os dois recuaram alguns centímetros.

-Está os assustando com seu olhar, querido – Bella me ofereceu um sorriso doce e se virou para eles lá atrás. Seu tom ficou frio e o rosto sem emoção – Se algum de vocês saírem desse hotel vou fazê-los se arrepender de ter nascido. E vocês sabem o quão violenta eu posso ser. – Cenas de uma violenta e furiosa Bella apareceu na minha mente. Ergui a sobrancelha para Nessie – Vocês me entenderam?

-Bella, vá cuidar das coisas no hotel, ou você vai traumatiza-los. – A empurrei de leve para a porta, a contragosto Bella se retirou, mas antes eu vi o vislumbre de um sorriso em sua face.

Bella P.O.V

Sai do carro deixando meu "noivo" cuidando dos dois, aposto que ia suborná-los. Suspirei, enquanto atravessava a rua.

-Eu o aprovo, viu? – Nessie apareceu ao meu lado alguns instantes depois.

-O que? – Perguntei a olhando de lado.

-Eu gosto dele, não será difícil chama-lo de pai. – Agora fiquei sem graça. Seria bom ela acreditar que sejamos um casal e me tranqüilizar saber que a ruiva ali iria me perdoa por ter mentido depois que isso acabar. Mas nada é perfeito, então eu me contento por ela gostar de Edward.

-Você sabe que ele pode te ouvir, né? – Falei dando uma olhada por cima do ombro.

-É com isso que eu conto. – Ela piscou para mim.

-Você vai me contar o que está fazendo aqui? – Perguntei cautelosa, sua expressão ficou séria.

-Mãe... Sei que quando contar você vai querer me matar por não falar agora, mas não é uma boa hora. Você ta exausta, vi como os demônios caíram em cima de você e vi aquele lobisomem te atacando, só não ajudei por que apareceram dois demônios no caminho.

-Tudo bem, já entendi. – Falei passando o braço por seu ombro e lhe dando um sorriso. – Senti sua falta, minha filha peste.

-Senti a sua também, minha mãe endiabrada. – Ela respondeu em tom falsamente emocionado, nós duas rimos. -Sabe o treco que eu tive quando você não respondeu o meu "boa noite" á... – Nessie olhou para o relógio e viu que passava da meia noite. – Cinco dias atrás?

Rennesme tinha mania de mandar "boa noite" em francês via mensagem sempre que podia, apenas uma forma de manter o contado. Afinal éramos quase mãe e filha, ou melhor, quase não, nós éramos mãe e filha.

Entramos no hotel e ela se sentou na recepção, a olhei interrogativa.

-O que? Você é a mãe aqui, se vira. – Ela apontou para a recepcionista que me olhava dos pés a cabeça, podia saber o que pensava "bonita, mas pobre". Minha roupa, não chegava aos pés das roupas que as pessoas usavam ali.

Quero dizer, eu usava uma calça jeans simples e uma blusa de manga curta, já a perua que passava ao meu lado usava um vestido de grife e jóias.

Como eu nunca liguei muito para isso, apenas ergui meu queixo e andei em direção a recepção.

-Saca essa ai. Prostituta de luxo ou filha bastarda? – Um dos funcionários murmurou para o outro. Controlei a vontade de mostrar ao funcionário o que eu era.

-Olá. – A recepcionista abriu um sorriso sem dentes para mim. – Com que suíte quer falar?

-Nenhuma. – Respondi, era engraçado ver a reação deles ao ouvir minha voz. Tudo bem, eu usava minha voz de sedução propositalmente. – Fizeram reservas para mim – Edward ligou para o hotel e exigiu três quartos no hotel no caminho para cá. (Descobri que se você for milionário podem até explodir uma montanha para você!)

Ela ergueu as sobrancelhas para mim.

-Sobrenome? – Alguém está pedindo para morrer quando usa esse tom desdenhoso. Adoraria afundar minhas unhas nesse pescoço e esfarelar o osso com minha força, isso seria muito tranqüilizante. Respirei fundo usando meu autocontrole.

-Cullen. – Respondi em tom polido, eu não gostava mesmo do tom da humana. Odeio mulheres egocêntricas, sempre me tratam como lixo. Mas eu sei que isso tudo é por pura inveja, é automático para os humanos.

-Não tem reserva nesse sobrenome. – Ela disse desdenhosa, franzi o cenho.

-Tem certeza? – Perguntei inutilmente, ela deu um sorriso de lado.

-Querida, não adianta. Você... – Sua voz morreu, a olhei curiosa, mas vi seu olhar para algum ponto atrás de mim. Olhei para o teto, eu até já sabia para o que ela olhava, ou melhor, quem.

Abaixei meus olhos para o espelho atrás dela, vi Edward se aproximar por trás de mim, me olhando pelo espelho, seu sorriso era presunçoso. Um par de braços me rodeou por trás e acompanhado disso veio um beijo suave (eu sei que é meio sinistro vindo de Edward) em minha mandíbula.

A recepcionista nos olhou incrédula, apenas sorri (apesar de querer rir da cara dela, era tão divertido ver seu rosto vermelho) e virei a cabeça para o vampiro com um sorriso conveniente.

-Eles não têm reserva para os Cullen. – Murmurei, ele acenou com a cabeça.

-Isso é por que está em meu sobrenome original: Masen. – Falou em tom baixo.

-Custava ter avisado. – Retruquei sem mexer os lábios, ele me deu um beijo perigosamente perto de meus lábios e se posicionou atrás de mim, me abraçando por trás. Foi ai que percebi que ele tinha feito isso de propósito.

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"Sou seu noivo de mentira, mas ainda tenho que agir como um noivo" Bleh!

Onde fui me meter?

-É que está em meu sobrenome, Bella. Tente "Masen", senhorita. – Ele falou em tom audível e me pressionou no balcão da recepção, olhei para o espelho atrás da recepcionista. Edward me olhava com um sorriso torto e malicioso, estreitei os olhos tentando não rir. – Me desculpe pelo inconveniente, minha noiva achou que por seu pai ter feito à reserva estaria no sobrenome dele. – A mulher olhou para minha mão e viu a prova do noivado.

-Oh sim... – A mulher parecia meio desnorteada, também, Edward estava, cruelmente, soltando o poder de seu olhar nela.

-Não é divertido? – Ele murmurou me apertando em seus braços, enquanto apoiava o queixo em meu ombro.

-Guardem isso para o quarto. – Nessie resmungou divertida do outro lado da sala.

Edward deu um rosnado baixo e eu dei uma risadinha.

"Se acalme, amorzinho" Brinquei via pensamento. Ele apertou meu quadriu com força "Sério que você vai quebrar meu quadril em publico?"

-Não me irrite. – Ele falou sob a respiração. Virei a cabeça sorrindo zombateira e dei um beijo estralado nos labios dele. Tive que morde o labio para não rir da cara da recepcionista, mas é claro, nada superou o olhar surpreso de Edward.

-Mãe... Tem gente inocente na sala, fale para seu noivo controlar as mãos. - Nessie soltou mais um de seus comentarios bem-intencionados.

"Como eu disse, Nessie é tagarela demais" - Falei para Edward mentalmente, ao ver sua expressão pelo espelho.

-Tinha que ser sua filha. – Resmungou.

"O que quer dizer com isso?" Franzi o cenho o olhando pelo espelho da recepção, ele olhou para o teto com um sorriso travesso.

-Três quartos. Um de casal, dois de solteiro. – A recepcionista falou com um suspiro.

-Isso mesmo. – Falei sorridente, enquanto pegava os cartões magnéticos que ela me estendeu.

-Tenham uma boa noite.

-Nós teremos. – Edward prometeu e eu ouvi alguns funcionários ali suspirarem.

Quando nos viramos as ouvimos murmurarem entre si:

-Para um homem desses tinha que ter uma garota bonita.

-Como ela tem coragem de andar com uma roupa daquelas? Eu me sentiria humilhada se estivesse menos do que maravilhosa ao lado dele.

-Ela não é que nem nós. Fica bonita com roupa simples ou com saco de lixo, não faz diferença.

-Ricos. – Resmungou em resposta.

Eu troquei um olhar divertido com Edward. Andamos em direção a minha filha e Jake, ambos pareciam bem entretidos.

-Sim, Emily era a prima de Leah... – Revirei os olhos, Jake estava contando a ultima fofoca da tribo, a impressão de Sam com Emily a prima da namorada dele.

Emily chegou há pouco mais de duas semanas atrás e causou assim que olhou para Sam. Todos, inclusive ela, ficaram chocados quando ele sofreu impressão com ela. O problema, ela era prima da atual namorada de Sam: Leah.

-O quarto dos dois – Edward falou enquanto pegava os dois cartões de minha mão. – Nossas malas serão levadas para os quartos.

-Vamos para o restaurante. – Jake se levantou com Nessie que reprimiu uma careta.

-Eu quase sinto pena. – Falei olhando os dois indo para o restaurante.

-Acho que vai ser divertido. – Ele deu de ombros. – Quero dizer, ela não quer ter um relacionamento com ele, e o mesmo quer e ainda por cima sofreu impressão. É uma situação interessante.

O elevador chegou e eu me apoiei na parede do elevador, caímos no silencio confortável até que um outro casal entrou. O cheiro de álcool no ar mostrava o porquê deles estarem animadinhos.

-É um casal? – A mulher perguntou divertida, alguém passou da cota de álcool.

-Vocês são? – Retruquei.

-Acabamos de nos conhecer, então queríamos saber se alguns dos dois estão afim de sexo a três? – O homem perguntou erguendo as sobrancelhas para mim.

-Não, obrigado. – Edward respondeu frio, enquanto os olhando de lado. Realmente, não quero nem imaginar quais os pensamentos deles.

-E você moça? - O homem perguntou, ergui meu olhar para ele.

-Não estou com fome. – Respondi dando de ombros. Então o andar chegou.

-É o nosso andar – Edward falou me guiando para fora.

-O que ela quis dizer com não estar com fome? – O homem perguntou confuso.

-Não ta no clima pra transar, imbecil. Agora vem... – O resto da conversa foi cortado pelas portas do elevador se fechando.

-Você não controla seu desejo sexual e o de se alimentar? – Edward perguntou abrindo a porta.

-Eu tentei, acredite em mim, mas eu matei cada homem com quem tentei. – Respondi em tom indiferente. A verdade era que eu podia estar qualquer coisa, menos indiferente. Eu amo sexo, ter que abrir mão disso é muito, muito injusto.

A vida não é justa, fazer o que? O jeito é se arranjar com a mão. Bufei mentalmente.

-Você não tentou me atacar quando estava dormindo na minha cama. – Edward falou em tom curioso.

-Eu tinha acabado de me alimentar e estava exausta. – O olhei como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

-E no beco a meses atrás? Por que foi embora em vez de me atacar? – Ele perguntou, parei no lugar, era a primeira vez que falávamos daquele primeiro encontro desde do nosso encontro em seu quarto semana passada.

-Eu não sei te responder o porquê. Apenas... Fui embora. – Respondi me virando para ele. – Mas você nunca me respondeu, por que você não me seguiu? – Perguntei deixando a cabeça cair de lado, totalmente curiosa.

-Eu tentei, mas você me despistou. – Ele disse se sentando no sofá.

-O curioso é que não nos reconhecemos. – Falei me sentando no sofá oposto. – De mim até poderia esperar, mas você... Os seus sentidos são mais desenvolvidos e é mais rápido do que eu. É quase improvável não ter me reconhecido imediatamente.

Ele abriu a boca para retruca, mas parou e me encarou um tanto mal humorado. Então ambos viramos para a porta, tínhamos ouvido os passos no corredor.

-Pode entrar. – Ele falou em tom calmo.

O carinha entrou e ficou alguns segundos olhando para nós. Na verdade olhando para mim.

-A bagagem. – Ele murmurou me olhando meio abestalhado.

-Deixe ai! – Edward respondeu em tranqüilo dando uma gorjeta para ele. Assim que o funcionário tropeçou para fora do quarto Edward se virou para mim. – Preciso resolver algumas coisas.

-Ok. – Respondi dando de ombros e pegando minha mala. Eu também tinha coisas para resolver com o meu notebook.

Nessie P.O.V

Eu estou com uma tremenda vontade de vomitar. Mas é claro que não vou vomitar! Primeiro eu não tenho nada no estomago pra vomitar, ah não ser sangue... Hum... Será que eu sou capaz de vomitar sangue? Nunca experimentei, acho muito deprimente ficar vomitando.

Novamente o barulho da comida sendo mastigada me arranca de meus pensamentos, Jake não tem muita educação para comer, sabe? Mas algo parece estranhamente interessante na maneira que ele digere a costela de porco, quase me lembra eu mesma comendo. Dei uma risadinha lembrando de quando, sem querer, arranquei uma costela com os dentes e quase morri engasgada, morrer figurativamente, é claro.

-Que foi Ness? – Em três minutos que conversamos, ele achou um apelido para o meu apelido, não é bonitinho? Como se eu precisasse de mais nomes, já basta ter trocado de identidade.

-Nada que você queira saber. – Respondi pensando que ele vomitaria se eu falasse qual era a graça. – Então, você tem a tal de impressão comigo?

-Isso mesmo– Ele falou tranqüilo.

-E o que é impressão? Quero dizer, você me falou toda a historia da sua tribo de como Sam e Emily viraram um casal, e agora me diz que tivemos uma impressão. Qual é a ligação?

-Sam teve impressão com Emily – Congelei no lugar, quando eu fui de bom grado ao restaurante com ele era apenas para arrancar informações de Bella e Edward. Quero dizer, ele muito gostoso e tal, mas eu não posso estar com alguém.

-Me desculpe... O que? – Gaguejei.

-Somos como alma gêmeas. – Ele reformulou.

Ok, eu me sinto estranha desde que ele me olhou, é uma sensação bizarra mas... Eu não imaginava que era algo assim. E não sou feita para Jacob, isso é fato, eu sou uma assassina de aluguel e ladra em Nova York, esse cara na minha frente teria nojo de mim.

Respire fundo Vanessa, quero dizer, Rennesme, esse é o meu nome agora. Eu obriguei todo mundo que conheço (Bella) a me chamar por esse nome, não faz sentido eu não me chamar assim!

Eu realmente sei que sorte tenho de ter isso ai que o Jake falou. Mas mesmo que alguma força sobrenatural diga que eu sou alma gêmea do lobo super gato na minha frente, eu não vou me casar com ele.

Ou qualquer relacionamento.

Mas no momento não posso simplesmente chutá-lo, quero saber tudo o que ocorrei com minha mãe e toda a situação atual. Olhei para Jake e dei um sorriso malicioso.

-Ainda bem você é bonito. – Murmurei enquanto o devorada com o olhar, nunca fui discreta, mamãe sempre dizia que eu tinha que treinar isso.

Eu tentei, eu juro! Ok, eu nem pensei em tentar, mas isso não vem ao caso. A questão é que Jake é bonito, engraçado e acabou de engolir meio prato e três garfadas!

Espera! Minha cabeça está uma confusão, não dá pra usá-lo e querer agarrá-lo ao mesmo tempo, certo?

-Você também é linda – Ele disse sem graça. Oww! É tão bonitinho ele ficando coradinho. Pare com isso Nessie!

-Ta sujo. – Eu apontei para o canto do lábio que tinha purê de batata, hum... Que lábios carnudos, devem ser bem beijáveis... Ai droga!

-Onde? – Eu peguei o guardanapo, estava com tanta raiva de mim mesma que esfreguei com força.

-Ai! Seria mais romântico você tirar com o dedo, tipo nos filmes. – Ele falou divertido quando puxou o guardanapo da minha mão.

-Eu sei. – Falei colocando o guardanapo na mesa. – Mas não tenho estômago para fazer isso. – Mandei a indireta para ele.

Em resposta Jake começou a comer o terceiro prato.

-Hum... Quando minha mãe e o papai se resolveram? – Ao menos posso arrancar as informações enquanto fico apreciando os músculos bem marcados na camiseta.

Agora, sobre Edward... Mamãe jamais o mencionará antes, não até descobrir que são vampiros. Estou me coçando pra saber como raios eles vão casar... Tipo assim, do nada! Por que as coisas não são assim, primeiro a gente namora depois de um oito meses (no mínimo) a gente se casa.

Mas minha família não é normal, por que teríamos um tempo de casamento normal?

-Nem eu sei, mas acho que no domingo passado eles já estavam de trelelê. – Ele respondeu. – Eu tinha acordado de um treinamento e os vi discutindo sobre um lobisomem, os dois agiram em uma sincronia assustadora.

-Eles formam um belo casal. – Comentei pensativa, tinha coisa ai. Mas se mamãe não contou é por que eu não devo saber... Ainda.

-Hey! Você soube de Peter e Layla? – Eu franzi o cenho.

-Quem?

-Sua mãe quase se matou pelos dois. – Ele comentou e eu arregalei os olhos.

-Como é que é?

-Os lobisomens estavam atrás das crianças e ela usou o escudo dela, aquele que queima as coisas, gastou toda sua energia e quase foi atacada por eles. Se Edward não tivesse os parados, ela não estaria aqui. – Ele explicou dando uma garfada logo em seguida, ao menos ele não fala enquanto come.

-Isso é a cara dela. – Ele me olhou curioso - Nossa espécie é bem violenta, quando estamos totalmente entrega aos nossos instintos não existe piedade, só violencia... Mas somos humanas. E mamãe tem a parte maternal mais aflorada por minha causa. Afinal cuidou de mim e dela ao mesmo tempo. – Divaguei olhando para minhas mãos, aqueles foram tempos difíceis.

-Como ela virou sua mãe? – Ele perguntou tímido, olhei para baixo me lembrando do episódio, o bolo veio na garganta. Era sempre assim quando me lembrava da situação que me levou até aquela floresta e a Bella.

-Longa historia, sabe? Quem sabe depois eu falo. – Disse apoiando minha cabeça nas mãos, ignorando as regras de etiqueta.

Eu não confiava nele, não me leve a mal desde Mark confiar em alguém é difícil, Bella só conseguiu esse feito por que nós passamos por bastante coisas juntas.

-Mas...

-Jake, não seja impertinente. – Papai (Edward) interrompeu.

Nós viramos para o vampiro-noivo-apressado, Jake erguendo a sobrancelha e eu resignada. Já fazia idéia do por que dele estar ali.

-Seu pai me ligou querendo saber a onde o filho estava, já que não atendia o celular – Edward parecia realmente impaciente, o Sr. Black deve ter interrompido meus pais.

Dei uma risadinha com o pensamento, a mesma morreu quando vi o olhar dele para mim. Sério, aquilo deve matar pessoas, dá até calafrios, cruzes!

-Jake, vá telefonar para seu pai lá fora. – Edward mandou e pelo seu tom era melhor Jake enfiar o rabo entre as pernas e obedecer.

Jake me olhou com uma cara de cachorro molhado e eu o incentivei a ir ligar para o pai. Assim que ele saiu Edward esperou alguns instantes e então se virou para mim

-Você vai mesmo usa-lo desse jeito? – Edward perguntou erguendo as sobrancelhas.

-Não daria certo nós dois e você sabe disso. Jake é ingênuo pelo que pude ver, eu mato pessoas, mesmo que ele tenha sofrido impressão, não vou virar namorada dele, ou qualquer coisa do gênero. – Retruquei – Além do mais ele é uma boa pessoa, eu não. – Eu disse me sentido triste.

-Você já sente algo por ele. – Edward afirmou me olhando analítico.

-Eu percebi, obrigada. – Respondi sarcástica. – Mas isso não importa no momento.

- Sim, o motivo para estar aqui é mais urgente. – Edward falou sério - Como vai dizer para ela? – Mordi o lábio nervosamente.

-Eu não sei. – Passei a mão pelo rosto. - Só sei que Renné Dwyer está morta. – Disse me lembrando do meu susto ao ver o corpo – E foi por um demônio.