Almoço...

- Senhora Matsumoto, - chamou uma das empregadas na entrada da sala. – o almoço está pronto.

- Ótimo! – sorriu a loira levantando-se em um pulo do sofá. – Já estamos descendo!

- Sim, senhora. – a empregada se curvou e saiu da sala.

- O que tem pra almoçar? – perguntou Nell curiosa também levantando-se do sofá.

- Peixe amanteigado com calda de chocolate e maionese – respondeu Rangiku com os olhos brilhando.

- Acho que não vou almoçar... – disse Ulquiorra. Digamos que ele não era o fã número um das comidas que Rangiku gostava de mandar preparar.

- Não seja assim, Ulqui-kun! – Nell se abraçou ao moreno. – Temos visita, você tem que comer junto com agente!

- E você gosta desse tipo de comida, mulher? – perguntou desinteressado, olhando para a ruiva.

- Inoue Orihime.

- O quê?

- É o meu nome.

- E?

- Eu pensei que você não tivesse ouvido o meu nome...

- É claro que ouvi – levantou uma das sobrancelhas, foi a primeira vez que Orihime viu uma alteração no rosto do moreno – não seja boba, mulher.

“Aonde eu fui me meter?!” ela repetia para si mesma novamente, “Que tipo de pessoa chama alguém de mulher...?”.

- Esqueçam isso, vamos almoçar! Estou morta de fome! – exclamou Rangiku empurrando todos para fora da sala, quase derrubando todos na escada. Logo eles entraram na sala de jantar (N/A: nunca entendi porque chamam assim =T afinal também se almoça lá =/...).

- Bom dia. – disse um homem sentado à beirada da mesa onde todos os pratos estavam postos. Era estranho, por algum motivo, aquele homem parecia familiar para Orihime. Mas, onde já o tinha visto?

Ele tinha os cabelos castanhos jogados para trás, deixando apenas uma mecha de cabelo sobre o rosto bem desenhado, olhos castanhos que pareciam ver através de sua alma, nisso ele lembrava o moreno de olhos verdes-esmeralda. Orihime corou ao ‘voltar à realidade’ e perceber todos os olhares voltados para si.

- Vejo que temos visitas... – disse ele com um sorriso sedutor nos lábios.

- Querido, essa é Inoue Orihime. – sorriu Rangiku. – Nos conhecemos essa manhã! Ah! E, Inoue, esse é meu marido, Sousuke Aizen.

“Sousuke Aizen!” agora ela se lembrara de onde o conhecia. Naquela mesma manhã, quando estava no mercado havia o visto na capa de uma revista. Não havia chegado a ler a matéria inteira, estava mais interessada em uma revista de culinária que tinha em outra prateleira, mas lembrava-se muito bem do nome e do rosto.

- É um prazer conhecê-la, Orihime. – tinha mais uma vez, aquele sorriso sedutor. Que a fez despertar de mais um de seus devaneios.

- O-o... o prazer é todo meu – respondeu corada.

- Ela não é uma graça? – brincou Matsumoto apertando as bochechas de Inoue.

- É, e a Inoue-san é a melhor amiga da Nell agora! – disse também apertando as bochechas da ruiva.

- Ragiku-san, Nell-chan, estão me machucando... – choramingou enquanto as duas ainda apertavam-na.

- O que o traz tão cedo de volta, Aizen-sama? – perguntou o moreno dando uma leve reverencia.

“Eh? Ele disse... Aizen-sama? Mas, ele não é o pai do Ulquiorra?” ela olhava confusa para o moreno... “é estranho um filho chamar o pai assim...”. Notou que a dor nas bochechas havia parado, Rangiku e Nell haviam a soltado e agora elas a olhavam confusas.

- Você é bem distraída, não é, Inoue? – gracejou a loira, o que fez a ruiva corar novamente.

- É que eu me distraio facilmente com coisas bonitas. – ela tentou se explicar... mas, só conseguiu piorar as coisas. Todos ficaram em silêncio, olhando-a com certa surpresa, até o próprio Ulquiorra a olhava confuso. Foi aí que ela percebeu o que fizera. Estava o tempo todo olhando para Ulquiorra e tinha respondido algo como ‘Eu me distraio facilmente com coisas bonitas’?! Corou violentamente – Não! Quero dizer! Eu não quis dizer isso! – ela balançava os braços em uma tentativa desesperada, talvez aquilo pudesse ajudá-la a pensar em uma desculpa – Não que o Ulquiorra não seja bonito! Eu só... só...

- Tá tudo bem, Inoue. – ria Matsumoto da garota, que mais parecia um pimentão de tão vermelha e balançava os braços desastrosamente.

- É. – riu Nell se abraçando a ruiva, quando esta, parou de balançar os braços. – Se a Inoue-san ficar com o Ulqui-kun, a Nell vai ficar muito feliz!

- M-mas, m-mas... eu-eu – Orihime voltou a corar violentamente, já não conseguia formular suas próprias frases.

- Esta tudo bem, mulher. – disse Ulquiorra, aparentemente, voltando a sua feição habitual, se sentado de costas para s três garotas que ainda conversavam.

- Ora, ora... – sorriu Aizen para o moreno. – que jovem peculiar é essa Orihime. Não é, Ulquiorra?

- É... essa mulher é realmente... – ele virou seu rosto para onde a ruiva se encontrava, ela não notou que ele a olhava. - ...muito estranha...