Lina estava sentada em uma abóbora, ainda esperando Mellody no cemitério. Ela suspirou.

“Que demora da Mellody...” Murmurou consigo mesma suspirando de novo e abriu sua grande mochila. “Acho que enquanto espero, vou fazer um desenho.” Disse ela e tirou lá de dentro um enorme papel e uma caneta de pena que ganhara do pai.

Quando começou a desenhar, era como se ela não visse o que desenhava. Ela olhava para a folha sem enxergar, seus olhos pareciam olhar pelo papel. No começo o desenho era difícil de distinguir, mas depois começou a criar forma.

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Mellody agora estava costurando, lentamente, o corpo do Monstro Verde. Já estava terminando, costurava rápido demais, e se arrependeu disso novamente. Tranca, Choque e Rapa estavam jogando mas é claro que depois tinham discutido e agora estavam um tentando esganar o outro. E sempre que isso acontecia o Monstro Verde gritava para eles pararem, e tudo ficava em silencio.

Mellody suspirou e olhou a luz do sol entrando por uma janela pequena. Quando será que iriam procurar ela?

Lina estava terminando o desenho sem perceber. Ela finalmente olhou o papel nas mãos.

Arfou.

Ela havia desenhado Mellody presa com uma corrente no pescoço em um lugar escuro com poucas luzes. Ao seu lado estava alguém muito grande, e gordo também que segurava a corrente no pescoço dela, e ainda por cima, ele era verde. O Monstro Verde. No fundo da cena estavam as três criançinhas que Mellody e ela haviam conhecido. Tranca, Choque e Rapa.

“Meu Deus!” Exclamou Lina colocando as coisas na mochila e correndo para a cidade.

Só mais uma costura... Erre a costura! Erre a costura! Pensava Mellody.

Não, ela nunca iria errar a costura... Como poderia? Sally havia lhe ensinado a costurar tão bem que ela nunca iria errar um ponto sequer! Assim como a mãe.

Ela havia terminado. E agora?

O Monstro Verde riu e pisou sem querer na corrente de Mellody que caiu no chão, aquilo doeu um pouco, mas um soluço se formou dentro dela. Uma pequena lagrima apareceu em seu rosto. E agora?