Capítulo 22

Os meses foram-se passando bem. A Maria não chateava muito. Às vezes, aparecia lá na loja mas não fazia nada de especial. Estava entusiasmada para o casamento. Os meus padrinhos iam ser a Rose e o Edward e os do Jasper iam ser a Esme e o Emmet. Já todas tinham comprado vestido, menos eu. Ainda não tinha escolhido. Já tínhamos ido a algumas lojas de vestidos de noiva mas nenhum me agradara, ainda não tinha encontrado o vestido perfeito. Também já tínhamos comprado vestido para a Amber, a Amy e para a Liv. Eram os três iguais, apenas mudava a cor. Os vestidos eram muito simples. Iam até acima do joelho e tinham uma manga curta. Eram muito bonitos. O da Amy, era em tons de verde, o da Amber era num tom amarelo-torrado mais para o lado do dourado e o da Liv era azul-escuro. O Ray ia com um fatinho, ele ficava muito fofo com o fato vestido. Hoje, íamos mais uma vez a uma loja de vestidos para ver se eu encontrava algum que gostasse. Os miúdos iam ficar com os homens.

Estava a preparar-me para sair de casa. A Amber e a Liv estavam as duas a brincar na sala e o Jasper estava a acabar de tomar banho. Eu estava na sala a ver um pouco de televisão e à espera da Rose, da Bella e da Esme. Quando o Jasper chegou à sala, tocaram à campainha. Fui atender, eram elas. Despedi-me do Jasper e das minhas filhas e fui com elas para uma loja de vestidos de noivas.

- Alice, é hoje que vais escolher o vestido? – Perguntou a Rose.

- Se encontrar o vestido perfeito, é! – Disse sorrindo. Elas riram. Entrámos na loja e começamos a ver os vestidos. Elas apresentavam-me várias sugestões mas ainda não tinha gostado realmente de nenhum, alguns eram bonitos mas não era bem aquilo que queria. Continuámos à procura, até que encontrei aquilo que queria. O vestido era lindo. Era um pouco fora do normal, porque tinha azul. Era um vestido muito simples, que delineava muito bem o meu corpo. Depois tinha umas flores que iam desde o meu peito até à minha cintura. As flores eram num tom de azul. Depois na parte de baixo, havia alguns detalhes em azul. Eu amei o vestido à primeira vista. Quando mostrei o vestido à Rose, à Esme e à Bella, elas também amaram. Fui experimenta-lo. A senhora da loja, tirou as minhas medidas e mandou fazer um vestido para mim. Estava muito feliz por ter encontrado um vestido que gostasse.

- O vestido é lindo, Alice. – Admirou a Rose.

- Concordo! – Concordou a Esme. A Bella concordou, afirmando com a cabeça. Quando saímos da loja, reparei que já era hora de almoço. Fomos as quatro comer a um restaurante.

No restaurante, o empregado veio atender-nos. Escolhemos a comida e depois pedimos ao empregado.

- Tenho uma notícia para vocês. – Disse a Bella. Ela estava diferente, estava com outra felicidade nos olhos. Algo tinha acontecido, algo de bom.

- O quê? – Perguntámos as três ao mesmo tempo.

- Estou grávida. – Disse ela sorrindo. Ficámos as três a olhar para ela, a assimilar a informação. De repente, saltamos as três da cadeira e abraçamo-la!

- Ah, Bella! Parabéns! Já estava na hora de dares um neto ao Carlisle e à Esme. – Disse.

- Parabéns, Bella. – Disse a Rose, sorrindo.

- Ai, Bella, viste o que me fizeste? – Disse a Esme a chorar. Ela estava emocionada. Era o primeiro neto do Edward que ela tinha. – Parabéns. Nem acredito que vou ter mais um neto! – Disse ela sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

- Já contaste ao Edward? – Perguntou a Rose.

- Não, queria fazer-lhe uma surpresa. – Disse a Bella. – Mas preciso de ideias. Não queria chegar lá e dizer-se “Edward, estou grávida.”. Queria algo especial. – Disse a Bella. Ficámos a discutir várias ideias para dizer ao Edward que a Bella estava grávida.

- Já sei! – Disse a Rose.

- O quê? – Perguntámos as três.

- Compras uma roupinha de bebé e embrulhas. Depois dás a prenda a ele e vês se ele percebe. – Disse a Rose.

- Sim, é uma boa ideia! – Concordei.

- Pois é. – Disse a Esme.

- Então quando acabarmos o almoço, temos de ir comprar a roupinha. Quero dizer-lhe, hoje.

- Ok. – Dissemos as três a sorrir. Continuámos a comer e quando acabámos, fomos para o centro comercial comprar a roupinha de bebé. Escolhemos uma branquinha que dizia “A minha primeira roupinha.”. A Bella queria depois que o bebé utilizasse aquele babydoll. Pedimos para embrulhar e depois voltámos para casa. Os rapazes estavam todos a brincar com as crianças. Pelos vistos estavam a divertir-se muito. Estavam a jogar às escondidas dentro da casa. Quando eles perceberam que nós chegámos, vieram todos ter connosco. As minhas princesinhas vieram ter comigo. A Liv estava com quase um ano. Daqui a uma semana, ela fazia anos.

- Mamã! – Disse a Amber vindo ter comigo.

- Olá, meu amor. Como foi a tua manhã? – Perguntei.

- Foi divertida. – Disse ela rindo-se.

- Ainda bem. – Disse acariciando a sua bochecha.

- Mamã! – Chamou a Liv. Ela estava a gatinhar no chão. Peguei-a ao colo e beijei a sua bochecha.

- Como estás? – Perguntei-lhe.

- Bem. – Disse ela rindo-se. – Papá, escondido. – Disse ela continuando a rir. Nestes meses, ela tinha aprendido a dizer mais palavras.

- Onde é que o papá está escondido? – Perguntei.

- Ali. – Disse ela apontado para trás do sofá.

- Vamos assustar o papá. – Disse eu para a Liv e para a Amber. Elas assentiram com a cabeça e fomos devagarinho até ao sofá. Contei baixinho até três.

- 1…2…3…- Sussurrei. – Buuu! – Dissemos as três. O Jasper fingiu assustar-se. A Liv e a Amber estavam a rir às gargalhadas. Beijei o Jasper.

- Então, já encontraste o vestido? – Perguntou o Jasper sorrindo.

- Já. – Disse. – Mas tu não vais vê-lo, até ao dia do casamento.

- Ok. Então também não vais ver o meu fato até ao dia do casamento. – Disse ele.

- Mas isso não vale. – Argumentei eu.

- Porquê? – Disse ele sorrindo trocista.

- Porque… porque… - Não tinha argumentos. Ele começou-se a rir. Ele voltou a beijar-me e depois fomos juntar-nos aos outros. A Bella ia dizer ao Edward que estava grávida. Queria ver a reacção dele. Estava sentada no sofá com a Liv no colo e com a Amber aninhada ao meu lado.

- Edward, tenho uma coisa para ti. – Disse a Bella sorrindo.

- O quê? – Perguntou ele curioso

- Toma. – Disse ela entregando o embrulho com a roupinha de bebé. Ele pareceu um pouco confuso mas estava curioso. Começou a abrir o embrulho até ficar apenas com a roupinha na mão. Ele ficou boquiaberto, não sabia o que dizer.

- Mas… O que… - Ele não conseguia formar frase nenhuma. – Estás grávida? – Conseguiu dizer, passados uns longos minutos. Bella afirmou com a cabeça. O Edward abriu um sorriso enorme e abraçou a Bella.

Fomos dar todos os parabéns ao Edward e à Bella, além de já lhe ter dado. Ficámos o resto do lá em casa da Esme e do Carlisle.

À noite, voltámos para casa. Fui fazer o jantar e depois estive um bocadinho a brincar com a Amber e com a Liv. De seguida, fomos para a cama.

Os dias foram-se passando, passou-se um mês e meio. A Bella já estava grávida de dois meses. Ainda não se notava a barriga mas a Bella e o Edward estavam felicíssimos com a gravidez. Nunca os tinha visto tão felizes. A Amber ia começar a escola, ia entrar no primeiro ano. Ela estava tão entusiasmada. Não parava de falar sobre isso. A Liv já tinha feito um ano. Ela estava cada vez mais crescida e pelo que diziam, estava cada vez mais parecida comigo. A Amber era mais parecida com o Jasper.

Eram seis e meia da manhã, não tinha conseguido dormir nada de noite. Não sei porquê, mas sempre que tentava dormir, pensava na Maria e ficava super preocupada. Ela depois de ter aparecido lá em casa, ainda não tinha dado mais sinal de vida. Mas eu tinha tanto medo que ela tentasse algo e não tinha medo por mim mas sim pela Amber e pela Liv. Eu tinha medo que ela tentasse fazer algo contra elas. Levantei-me da cama e comecei a arranjar-me. Depois de estar vestida, maquilhada e penteada fui preparar o pequeno-almoço. Quando acabei, já eram horas de ir acordar a Amber que ia para a escola, seu primeiro dia. Quando passei pelo meu quarto, o Jasper tinha acabado de se levantar.

- Bom dia! – Disse entrando no quarto e abraçando-o. Mal o abracei, senti o cheiro do seu corpo que imediatamente me fez sentir mais segura. Relaxei-me, abraçada a ele e percebi o quão cansada eu estava.

- Bom dia. Dormiste alguma coisa? – Perguntou ele preocupado. As noites em claro estavam a tornar-se mais repetitivas, já lhe tinha dito que não conseguia dormir por causa da Maria.

- Não. – Admiti, enterrando o meu rosto no peito dele. Ele acariciou-me a nuca.

- Ela não vai fazer nada, eu não vou deixar. Vocês estão seguras comigo. Eu nunca vou deixar que nada de mal vos aconteça. – Disse ele, continuando a acariciar a minha nuca.

- Eu sei, eu quando estou abraçada a ti, sinto-me segura e durante o dia também mas de noite, não consigo sentir-me segura, o medo volta a apoderar-se de mim e eu fico a imaginar o que ela pode fazer. – Desabafei.

- Sempre que isso acontecer, acorda-me. Eu não quero que passes mais noites em claro, vais ficar exausta. – Disse ele preocupado.

- Ok. – Disse beijando-o. – Vou acordar a Amber. Ela, hoje, vai para a escola. A primeira vez. O tempo passa tão depressa, ainda no outro dia, ela era uma bebé pequenina e rechonchuda. – Disse.

- Pois era. Mas ela está a crescer e daqui nada dás por ti e é ela uma adolescente que está a discutir contigo porque quer sair à noite com os amigos e tu não lhe deixas simplesmente porque pensas que ela ainda é a tua bebé e tens medo que algo lhe aconteça.

- Provavelmente, isso vai ser verdade. – Disse rindo-me. – Vá, vou acorda-la. O pequeno-almoço já está na mesa. – Avisei.

- Ok. – Disse ele sorrindo.

Saí do quarto e dirigi-me ao quarto da Amber. Ela ainda estava ferrada a dormir. Fui abrindo os cortinados para a claridade passar. Ela continuou a dormir, mesmo com a claridade.

- Princesinha, tens de acordar. Tens de ir para a escola. – Disse acariciando a sua bochecha. Ela levantou-se num salto e deu-me um sorriso lindo.

- É, hoje! – Disse ela sorrindo.

- É mas tens de te despachar para não chegares atrasada. – Disse. Ela levantou-se e foi até ao armário. Escolhi a roupa com ela. Escolhemos uma saia de ganga com uns detalhes em vermelho, depois uma camisola vermelha, muito simples, e umas sabrinas vermelhas. Depois prendi o seu cabelo num gancho azul que combinava com o tom ganga da sua saia. Ela estava linda. – Querida, vai ter com o papá à cozinha e pede-lhe para ele te dar o pequeno-almoço, tenho de ir acordar a Liv.

- Ok. – Disse ela indo a correr para a cozinha. Sai do quarto da Amber e dirigi-me ao quarto da Liv. Ela estava agarrada ao berço, levantada. Quando abri a porta, ela olhou para mim e sorriu-me abertamente. Ela tinha um sorriso tão doce. Abri as cortinas e depois tirei-a do berço. Ela abraçou-me e deu-me um beijo. Vesti-a e depois levei-a para a cozinha para lhe dar o pequeno-almoço.

Quando estávamos todos despachados, fomos levar a Amber à escola. Ela estava entusiasmada. Ela nunca tinha andado num infantário, mas ela gostava de brincar com as outras crianças no parque. Ela era muito sociável e fazia amigos facilmente. Quando chegámos à escola, o Jasper ficou no carro com a Liv e eu fui levar a Amber à sua sala de aula.

- Querida, a avó é que te vem buscar, espera por ela aqui. Não saias com mais ninguém, ok?

- Sim, mamã. – Disse ela sorrindo. – Preciso de ir. Adeus. – Disse ela. Ela estava tão crescida.

- Ok. Adeus. – Disse dando-lhe um beijinho na bochecha. Ela também me deu e saiu a correr para a sua sala. Voltei para o carro. De seguida, fomos deixar a Liv em casa da Esme e o Jasper foi trabalhar. Fiquei à espera em casa da Esme, pela Rose. Ela ia-me levar para a loja.

- A Amber ficou bem na escola? – Perguntou a Esme.

- Ficou. Ela estava toda entusiasmada. Ela vai-se integrar bem lá. – Disse sorrindo.

- Pois vai. Ela é muito sociável, dá-se bem com toda a gente. – Disse a Esme. Ela era uma avó completamente babada. Nesse momento, alguém tocou à campainha. Devia ser a Rose. A Esme levantou-se do sofá e foi atender a porta.

- Bom dia! – Disse a Rose.

- Bom dia! – Disse a Amy e o Ray.

- Bom dia, queridos. – Disse para a Amy e para o Ray. Eles vieram dar-me um beijinho e depois foram buscar a Liv para irem brincar. – Bom dia, Rose.

- Bom dia, Alice. Vamos trabalhar? – Perguntou.

- Vamos. – Respondi. Despedimo-nos da Esme e fomos para a loja. Tivemos muitos clientes durante o dia. Quando chegou às cinco horas viemos embora. A Rose dirigiu até casa da Esme. Quando chegámos, já todos estavam lá, até mesmo a Bella. Ela já tinha uma barriguinha.

- Boa noite, família! – Disse a Rose.

- Boa noite. – Disse.

- Boa noite! – Disseram todos.

- Mamã! – Chamou a Amber a correr.

- Então princesinha, como correu a escola? – Perguntei.

- Correu muito bem! Fiz amigos novos! – Disse ela feliz.

- E gostaste da tua turma? – Perguntei.

- Gostei! – Disse ela aos saltinhos.

- Ainda bem, querida. – Disse-lhe, beijando a sua testa. – Querida, a Liv? – Perguntei. Ela ainda não tinha vindo ter comigo.

- Ainda está a dormir. – Disse a Amber.

- Ok, vou lá acordá-la.

Subi as escadas e fui ter ao quarto onde a Liv dormia. Ela estava deitada no seu berço, ainda. Abri as cortinas e tentei acorda-la. Ela ainda estava ferrada.

- Querida, está na hora de acordar. – Disse-lhe ao ouvido. Ela foi abrindo os olhos devagarinho e depois olhou para mim. – Olá, querida.

- Mamã! – Gritou ela.

- Dormiste bem? – Perguntei-lhe.

- Sim. – Disse ela encostando a cabeça dela ao meu ombro.

- Vamos para baixo? – Ela afirmou com a cabeça. Levei-a para baixo, para o pé do resto da família. Por volta das sete e meia, fomos para casa. Fui dar banho à Liv e depois ajudei a Amber a tomar. Ela agora estava na fase de tentar tomar banho sozinha, mas eu ainda tinha medo que ela se magoasse, e ela ainda não se ajeitava muito bem. O Jasper esteve a fazer o jantar.

Depois de jantarmos, fomos um pouco para a sala. A Amber tinha que ir dormir cedo, pois amanhã também tinha aulas. Eu também estava cansada. A loja exigia muito de mim. Estive a ver televisão com a Liv ao colo, e a Amber ao meu lado, enquanto o Jasper arrumava a cozinha. Acabei por adormecer com as minhas duas filhas no sofá.

- Alice… - Ouvi o Jasper sussurrar. – Anda para a cama.

- Mhh… Ok… - Disse abrindo os olhos. Estava muito sonolenta. – A Amber e a Liv? – Perguntei quando reparei que já não as tinha ao pé de mim.

- Já as meti na cama. Adormeceram as três, aqui no sofá. – Disse ele sorrindo.

- Obrigada. – Disse sorrindo. Levantei-me do sofá e fui para a cama. Assim que aterrei na cama, adormeci. Estava exausta. Não tinha dormido a noite anterior.