Pequena Flor de Lótus

8. Começo de uma vida nova.


(Innocence - Avril Lavigne http://www.youtube.com/watch?v=n93DJ7zFRw4)

Duas semanas se passaram, durante esse período, Manoela continuou a receber a visita de Douglas e também de Clara. Sarah havia iniciado o tratamento de Manu, trabalhando os traumas de infância, resolveu por trabalha-los primeiro e mais tarde trabalharia os mais recentes.

O processo de adoção, para a surpresa de todos e até mesmo do advogado de Carlos, estava caminhando rapidamente, na semana anterior, uma conselheira tutelar visitou a casa da família Ferreira e alguns dias após, a guarda provisória de Manu fora concedida a Carlos e sua esposa.

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E o dia tão aguardado, finalmente, havia chego. Manoela receberia alta do hospital e iria para a casa de sua nova família. Na tarde anterior, Clara havia ido pessoalmente ao orfanato buscar os pertences da garota, que não eram muitos.

- E então, está preparada para começar uma vida nova? - disse o médico enquanto espera a sua nova filha terminar de se arrumar.

- Estou. - A menina colocava o colar de prata com pingente de sol em seu pescoço, depois, parou um minuto analisando a sua imagem no espelho. Os hematomas do rosto haviam desaparecido, assim como os de seu corpo. Seu ombro também não apresentava mais a fratura, apenas tinha uma tala imobilizando o pulso esquerdo e na região de suas costelas, haviam curativos, a garota ainda sentia muitas dores ali. Ela então se voltou ao médico. - Obrigada, Carlos.... por tudo.

Carlos apenas se levantou da cadeira, onde até então estava sentado, foi até Manu e a abraçou.

- De nada, filha.

A menina se emocionou com aquela simples palavra. Fazia anos que não a escutava sendo dita para ela. Sentia vontade de chama-lo de pai, mas não tinha coragem. Por mais carinho e gratidão que sentisse por aquele homem e sua família não se sentia preparada para isso. Ela então, sorriu assim que ele encerrou o abraço e olhou para ela, que deixou escapar uma lágrima solitária, que nada tinha a ver com as demais que ela havia derramado durante as últimas semanas. Desta vez, era de felicidade por saber que não estaria mais sozinha, agora haviam pessoas que se preocupavam com ela, tinha uma família de novo. Carlos beijo-a na testa.

Manoela se despediu das enfermeiras que a tinham cuidado, prometendo que quando viesse para as consultas com a Dra. Sarah, passaria para vê-las. Elas estavam muito contentes pela menina, por quem, haviam sido cativadas. Entre sorrisos e brincadeiras, se despediram por fim e ela e o médico se encaminharam ao estacionamento do hospital.

O Caminho até a sua nova casa fora tranquilo, uma música suave tocava no automóvel, Carlos disse que era um CD que Giovana havia feito e que a tradução daquela música tinha muito a ver com a nova fase que a menina entrava agora. Manoela sorriu, gostou da música, mas não entendia nada de inglês. Talvez pedisse para Giovana o nome da música, para pesquisar sobre o que ela dizia, na internet.

Após aproximadamente quinze minutos, chegaram ao destino. Pararam em frente a uma casa que possuía um grande portão de ferro e um muro muito alto, a casa não podia ser vista dali. Carlos apertou em um botão do controle eletrônico e o grande portão de entrada começara a se abrir. O veículo passou pelo portão e a primeira imagem que a menina vira fora de um pátio enorme com algumas árvores e uma grama bem aparada, bem ao fundo se localizava uma imensa casa branca de três andares e ,na frente desta, havia um jardim lindíssimo. Manoela ficou encantada. Nunca havia visto uma casa tão bonita pessoalmente.

- Pronta, filha? - a garota, que ainda olhava admirada a casa pela janela do carro, voltou-se para Carlos e assentiu. Ambos saíram do carro e se encaminharam para a porta principal. Ele olhou mais uma vez para a garota, ela apertava as mãos, estava nervosa. Então , passou seu braço pelas costas dela depositando uma mão em seu ombro, em um sinal de apoio. Manu olhou para o homem alto ao seu lado e ele sorriu e sussurrou um “Fique tranquila, eles não mordem.” Ela sorriu, respirou fundo e concordou.

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O médico abriu a porta e entrou com Manoela ao seu lado. Clara, Giovana e Douglas aguardavam a chegada dela. Giovana passou na frente da mãe e do irmão e foi até a menina a abraçando.

- Oi, Manu! Eu sou Giovana e agora seremos irmãs. Sabe, por enquanto vamos dividir o mesmo quarto enquanto o seu não fica pronto. Vai ser divertido. - Manoela olhava assustada para a garota de cabelos castanhos claro, comprido e olhos cor de mel. Ela era muito bonita, se parecia muito com Clara. “Beleza aqui, realmente, é de família” pensou ela. Douglas, Carlos e Clara riam de Giovana. Sabiam o quanto a garota era receptiva e animada.

- Oi! Prazer em conhece-la, Giovana. - Disse Manu sendo solta por Giovana que foi cumprimentar o pai.

- Seja bem vinda, Manu! - Disse Douglas com seu belo sorriso no rosto, indo dar um abraço apertado na menina que ele salvou.

- Obrigada, Douglas.

E por último, foi a vez de Clara, que fizera o mesmo que os filhos, desejando boas vindas a Manoela e dizendo que estava muito contente em te-la ali. Manu estava envergonhada, porém se sentia extremamente feliz, e apesar de mal ter chego naquela casa e naquela família, sentia que finalmente tinha achado o seu lugar no mundo.

- Maninha, amanhã é domingo e vamos aproveitar para ir no shopping, você precisa de muitas coisas. Como: Roupas, sapatos, acessórios... - Disse Giovana, a puxando delicadamente para o sofá, Manoela apenas olhou para Douglas como se pedisse socorro, ele sorriu e falou baixo “Ela é assim mesmo”. E deu de ombros caindo na risada.

- Aonde está o Gustavo? - perguntou Carlos em voz baixa para a esposa.

- Ele saiu com uma amiga.

- Esse menino, está começando a me tirar do sério, Clara.

- Ah, querido! É só uma fase. - Disse a mulher olhando com carinho na direção de suas duas filhas. Manu agora dava sorrisos tímidos no meio da conversa da animadíssima Giovana.

- A Giovana gostou mesmo da Manu. - Disse Douglas.

- Quem não se encanta por ela, meu filho? - disse Clara, abraçando o marido pela cintura e sorrindo.

Continua...