POV’s Hinata ON

(Music Play ON)


Fiz a coisa que me cabia naquele momento. Chorei. Chorei muito, de verdade, as lágrimas transparentes escorregavam por minhas bochechas e ia de encontro á minha boca ou queixo e não paravam de cair. Mas não estava preocupada com minhas lágrimas, mas sim a cena que fez meu choro desenfreado começar.

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Com a vista ainda embaçada, comecei á descer as escadas. Como ele pode ter feito aquilo?

_Hinata!_Ouvi sua voz gritar, mas a ignorei.

Agora minhas lágrimas de tristeza se transformavam em lágrimas de raiva. Mas logo mudavam novamente, mostrando minha emotividade. Eu era frágil demais, mas quem não choraria naquela situação?

_Hinata!

Corri até a porta e a destranquei com dificuldade. Ouvi os passos rápidos de Naruto já no primeiro andar e senti seu calor se aproximar. Não queria falar nada, não com ele, não ali e não naquele momento.

_Hinata... E-eu...

Abri a porta e depois de sair na escuridão confortante da noite, bati a porta com mais força que eu podia. Depois, com a força que sobrou em minhas pernas já cansadas, corri. Eu sabia que ele podia me seguir de carro, mas o que custava tentar?

Ele não veio atrás de mim.

Não tentou me encontrar.

Ajoelhei no chão e desatei á chorar novamente. Eu havia o perdido. Era bom demais para durar um bom tempo. Eu só queria chorar. Eu havia o perdido e mesmo que meus instintos falassem que não, eu não iria vê-lo de novo.

Nunca mais.

Um vazio tomou conta de mim, como se algo tivesse sido tirado bem do meio do meu peito. Meus soluços já viravam urros de tristeza e eu havia virado uma concha na calçada. Eu não estava com vergonha, nenhum carro nem pessoa passava por ali agora e, se passasse, eu seria estuprada ou furtada. Não que eu estivesse ligando para isso.

Minhas mãos já estavam frias, eu ás escondia entre as pernas ainda ajoelhada e inclinada para meus joelhos.

_Hinata?_Uma voz masculina perguntou curiosa à minha frente.

Pulei de susto e acabei sentada com as pernas abertas, me apoiando nas mãos.

_Hinata, o que aconteceu?_Gaara perguntou vindo ao meu encontro, colocando uma das mãos em minhas costas e a outra sobre meu peito, sentindo meu coração acelerado. Pelo susto, pelo alivio e pelo desespero.

_A-ah L..._Tentei falar algo que não saiu. Eu não sabia o que ia falar, só sei que não saiu de minha garganta.

Ela foi tomada pelas lágrimas insaciáveis novamente e logo as marcas secas em minhas bochechas estavam molhadas novamente. Hinata pegou seus próprios joelhos e retirou á força a aliança de seu dedo, á jogando para a rua com força. Agora, o anel havia aberto uma ferida em seu dedo.

_Meu Deus Hinata, o que está acontecendo?_Gaara perguntou de novo, perplexo, agora com a mão em meu dedo._Hinata, vai precisar de no mínimo dois pontos, você está doida?

Certo, talvez tenha tirado o anel com força demais. Mas enquanto o lugar que deveria estar doendo era o meu dedo, o que doía verdadeiramente era meu coração, que estava apertado, doía de verdade, as lágrimas já estavam sendo insuficientes e minha garganta estava doendo.

_N... Naruto._Consegui falar em meio aos soluços.

Vi a expressão embaçada de descrença de Gaara. Ele me abraçou e começou á sussurrar coisas reconfortantes em meu ouvido, na qual eu não estava prestando atenção. Mas sua voz fez-me acalmar e eu acabei adormecendo em seus braços.

POV’s Hinata OFF

(Music Play OFF)

POV’s Gaara ON

Ela dormiu chorando sobre meus ombros. Peguei-a pelas coxas, levantando a mesma. Depois dela estar em meu colo, abracei suas costas e dei apoio para suas nádegas. Ela era leve, mas do mesmo modo, o jeito para carregá-la estava me dificultando.

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Felizmente, havia vindo de carro. Com uma mão, abri a porta de trás e a coloquei cuidadosamente ali dentro. Arrumei os cintos de um jeito que ela ficasse segura e fechei a porta.

Sentei-me no banco do motorista e antes de ligar o carro, fiquei tamborilando meus dedos sobre o volante, procurando uma solução lógica para eu encontrar Hinata desse jeito.

Dei uma olhada para trás e limpei suas lágrimas secas nas bochechas com um lenço descartável e depois o joguei num lixo que havia ali perto do meu carro. Finalmente liguei o carro e comecei á dirigir para minha casa. Com certeza Sakura tinha a ver com isso. Nada era um pandemônio sem Sakura por perto.

Cheguei novamente à garagem do meu prédio. Eu havia saído ali para ir até um super mercado que ficava nos arredores e a encontrei. Peguei Hinata no colo e levei-a até meu apartamento, ainda dormindo.

Levei-a até o apartamento e ignorei as perguntas de Kakashi e papai, subindo as escadas e á deitando na cama.

_Gaara._Ouvi a voz calma de Jiraya em minhas costas e girei meus calcanhares, o encarando._O que aconteceu com ela?

Contei tudo. Sobre ir ao mercado, encontrá-la chorando, sobre ela gaguejar o nome de Naruto e por fim sobre ela dormir em meus braços e virmos até aqui de carro.

No final, Kakashi (que havia chegado após meu pai) e Jiraya ficaram me encarando como se eu fosse um professor que iria tirar as duvidas. Qual é!

_E... O que aconteceu para ela estar sangrando?_Perguntou Jiraya.

_Ah, ela estava com raiva... Jogou o anel de compromisso longe e, já que não teve cuidado, abriu essa ferida.

Jiraya a olhou pensativo.

_Vou cuidar disso._Falou, indo pegar uns instrumentos de trabalho.

É, ele já foi médico. Quando ainda era um jovem, ou seja, á uns bons e longos anos. Kakashi fitou Hinata por instantes e depois se aventurou á sair do quarto. Ajeitei seu travesseiro em baixo dos cabelos azulados e depois peguei uma coberta para cobrir seu corpo. Segurei em sua mão machucada e coloquei-a em cima de sua barriga para que Jiraya pudesse dar uma olhada. Caminhei até a porta e, antes de sair dali, olhei para trás.

Eu só sabia de uma coisa:

Naruto havia feito algo errado. Muito, muito errado... E eu iria saber o que era, por bem ou por mal.