Capitulo Quatorze

Uma Batalha Alheia

Seguimos a garota até uma mesa na frente de todas, onde Kerina, Alina e Ário estavam sentados, e Marjore em uma cadeira maior, que a deixava na altura certa da mesa. Nos sentamos ali e foi incrível como havia exatamente o número de cadeiras para que todos nós nos acomodássemos.

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- Não, porque quando ela disse que não era isso, é porque não era isso! - reclamou Alina.

- Nem discuto mais com você por isso! – respondeu Ário, com má vontade.

- Não acham que já deram shows o bastante? – reclamou Kerina, impaciente, e Marjore deu uma gostosa gargalhada.

- Nos desculpem. – falou Alina, mexendo nos cabelos ruivos. – Hum... Nós pensamos sobre a tal profecia e resolvemos que vamos ajudar. Eu não queria, sabe... Mas... Hécate sempre nos ensinou a sermos compreensivos. Então vamos ajudar.

- Quem vai? – perguntei mais aliviado por nos ajudarem.

- Eu e Alina. – respondeu Ário.

Nico, que estava sentado ao meu lado esquerdo, olhou diretamente para Kerina, que deu de ombros. Com certeza acharam que ela era muito nova para ir.

- Tudo bem... Acho melhor sairmos amanha bem cedo. – falou Annabeth, descontraída.

Nó comemos uma comida deliciosa e logo depois fomos dormir. Nessa noite eu tive um sonho.

Eu estava em uma sala de pedra, e nela não havia nada a não ser um balanço de ferro e uma garota sentada, seus cabelos pretos com mechas vermelhas e um vestido roxo um pouco acima do joelho e um cachorrinho no colo.

- Não esqueça da sua promessa. Também pedi isso a outra pessoa. Mas isso não quer dizer que não precisa se preocupar com ela. – ela disse com uma voz doce e aveludada.

- Quem é você? – perguntei.

- Não precisa saber. Apesar de que já devia pelo menos imaginar, criança.

- Você é Hécate. – respondi, num súbito entendimento. Kerina era muito parecida com a mãe.

Ela levantou o olhar, e Kerina realmente era muito parecida com a mãe. Os mesmos cabelos negros, apesar do da filha estar sempre preso em dois tipos de grampos retos de metal, e o de Hécate estar solto, alcançando um pouco abaixo da cintura. Mas os olhos eram do mesmo lilás, a pele do mesmo branco pálido (que as faziam parecer zumbis, se não fosse pelo ar de vida) e os lábios avermelhados. A Deusa na minha frente parecia ter uns quinze anos, o que não me fazia imaginar ela como mãe de todos aqueles semideuses.

- Finalmente percebeu. – ela respondeu, com ar divertido. – Mas apenas não se esqueça da promessa.

- Mas quem eu devo proteger? – perguntei já ficando com raiva daquelas indiretas.

- Kerina. Ela vai precisar de muita proteção quando chegar o momento, e preciso confiar em mais alguém para ajuda-la.

Quando ela disse aquilo, eu acordei, e já estava amanhecendo.

Chegamos ao refeitório, e todos os filhos de Hécate já estavam lá.

Fomos andando para um ponto da floresta e andamos até não poder mais. Às vezes conversávamos, mas, como sempre, preferimos ficar mais calados. Era meio que... Reconfortante.

Quando estava escurecendo, Alina quebrou o silencio.

- Acho melhor não andarmos por aqui durante a noite. Já tivemos muitas experiências ruins com esse lugar durante a noite.

- Concordo. – disse o irmão.

Eu não tinha nada contra. E parece que ninguém tinha; havíamos andado muito hoje, e todos estavam cansados.

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Eu, Travis e Alan fizemos uma fogueira bem improvisada, e ficamos em volta dela até adormecermos, e Alan ficou com o primeiro turno de vigilância.

Meu sono estava tranqüilo, sem sonhos estranhos, apenas uma tranqüilidade. Até que acordei com gritos. Abri os olhos assustado, e vi que era Alina, e todos tentavam acalma-la e saber o que aconteceu, mas ela soluçava tanto que não conseguia falar.

- O... O... Acam...Pamento... – ela tentou dizer, mas não saia Ada direito.

- Respira fundo. Acalme-se... – Annabeth tentou ajudar, e conseguiu. Alina começou a se acalmar um pouco, mas ainda soluçava.

- O Acampamento... Ele... Estava sendo... Dês... Destruído! E estavam todos lutando com dracaenais e Lestrigões, e muitos estavam no chão... – e então ela começou a chorar mais.

- Nós devíamos voltar! – falou Annabeth, preocupada – Mas esta muito longe... Droga!

- Eu posso voltar! – falou Nico. – Eu posso viajar pelas sombras!

- Ah! Mais não vai voltar mesmo! Dissemos eu, Thalia e Annabeth, ao mesmo tempo, mas isso não alterou na decisão dele.

- Por favor!

- Não! Não vou deixar meu priminho se arriscar desse jeito. – respondeu Thalia, com aquela cara homicida que não via há algum tempo.

- Eu quero voltar! – respondeu Ário, com lágrimas nos olhos, como a irmã.

- Mas vocês não podem fazer isso. E se eles ainda estiverem lá? Se tiver acontecido algo com os seus irmãos, não vai adiantar nada vocês voltarem pra lá e se machucarem também! – falou Karen.

Todos olhamos para ela com uma expressão tipo: você pensa?

- Concordo. – respondeu Annabeth.

Ouvimos um barulhos vindo do meio das árvores e estava próximo. Peguei Contracorrente, e a destampei.

Alina arregalou os olhos e saiu correndo na direção dos arbustos. Momentos depois ela voltou com Kerina, e Marjore em seu colo. A pequena garotinha chorava, e a irmã tinha vários machucados no rosto e nos braços.

- Ai meus deuses! – falou Nico.