True Tears

Capítulo 34: Perigosamente perto


Capítulo 34: Perigosamente perto
Draco´s Pov:

“And if there's love, just feel it
And if there's life, we'll see it
This is no time to be alone, alone,
Yeah, I won't let you go, uh” (James Morrison)

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Olhava intensamente para ela enquanto dedilhava as últimas notas da canção. Conforme a letra escapava por meus lábios analisava cada uma de suas reações. Meu coração saltava quando ela sorria, e se apertou quando vi que ela chorava. Senti um medo tomar conta de mim nada característico meu. Bem, nada disso é algo comum. Sempre tive todas as garotas aos meus pés. Jamais precisei correr atrás de uma. É Hermione você não tem a mínima idéia do que causa em mim. Balancei a cabeça ao ver que desviou os olhos do meu provavelmente querendo me impedir de ver as lágrimas.

-Não chore. - Sussurrei passando a mão pelo caminho de lágrimas em seu rosto. – Seu sorriso é muito bonito para ser ofuscado por elas.

Relaxei ao escutar uma risada fraquinha ao balançar a cabeça. Sabia que estava tão desnorteada como eu. Ergui delicadamente seu rosto sem querer mais permanecer sem ver aqueles olhos. Quando encontrei seus olhos pude ver a confusão que estava sentindo e tive esperança de ficar tudo bem. Afinal de contas isso provava que mexia com ela. E fiquei calado quando ela deixou escapar sua dúvida numa voz baixa e fraca. Provavelmente falou sem ter notado. Uma pergunta que vinha em minha cabeça também desde que aceitei que a amava.

-Perdi minha cabeça?

Neguei com a cabeça dando um sorriso. Novamente perdi contato com seus olhos enquanto fugia de mim. Aproximei meu corpo devagar para não assustá-la. Tinha a certeza de que precisava aproveitar o momento estávamos sozinhos e essa era a minha grande chance e não a perderia por nada. Ficamos quietos por um tempo e deixei assimilar tudo o que tinha caído sobre seus ombros. Quanto mais o tempo passava e nada era dito mais nervoso ficava. Desesperado por conta da situação segurei seu queixo para ver seus lindos olhos e descobrir o que se passava em sua mente. Pude ver que ela queria acreditar, mas algo a impedia. A razão sempre estaria ali. Minha irritante sabe-tudo - Granger.

-Fale algo Hermione – pedi sem saber o que fazer – brigue, bata... Não sei!

-O-o quê? – Gaguejou e sorri.

Esse era um excelente sinal. Seus olhos se perderam nos meus e vi quando eles desceram para a minha boca. Meu sorriso se ampliou e a vi morder o lábio inferior voltando à vista para o chão. Decidi implicar procurando fazer com que voltasse ao normal. Essa não era ela. Simplesmente não sabia como lidar com a situação desse jeito. Sim, apesar de ser idiota, era mais fácil reagir com ela brava do que perdida em pensamentos.

-O que foi Hermione – arqueei a sobrancelha e completei – te deixei sem palavras?

Sua expressão de confusa passou para irritada e meu sorriso se tornou malicioso. Estava perto de se soltar. A leoa da grifinória estava a caminho. Aguardei ansioso por sua próxima atitude. Deixando a raiva tomar conta ela se aproximou de mim e começou a bater em meu peito. Na hora segurei seus pulsos e a puxei em minha direção alcançando seus lábios. Não iria evitar. Pressionei sua boca vendo que estava imóvel segurei por alguns segundos, logo voltou a si e começou a se debater. Com cuidado segurei com força impedindo de sair de perto de mim. Ela não me escaparia outra vez.

E para minha total felicidade Mione começou a corresponder meu beijo. Suas mãos pararam de me baterem e soltei lentamente as dela. Enlaçando sua delicada cintura e com a outra mão segurei seu pescoço trazendo-a para mim o máximo que podia. Nossas respirações ficaram ofegantes, mas não queria soltá-la. Tinha medo de que começasse a gritar e me expulsasse. Fui parando aos poucos para não ficarmos sem ar. Despejei alguns selinhos em seus lábios e deixei minha testa grudada a dela. Permaneci de olhos fechados até encontrar minha respiração e escolher as próximas palavras.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

-Então mocinha... Não me deve um pedido de desculpas? –Perguntei divertido.

-Desculpas? – Sua voz chegou confusa aos meus ouvidos.

-Você mentiu na carta para mim.

-E-Eu... – Gaguejou nervosa sem saber o que responder.

-Shhh – Interrompi colocando o dedo indicador nos meus lábios. – Vim te buscar como prometi na última carta.

Afastei relutante nossos olhos e pode ver aquela imensidão castanha num tom cor de mel. Hermione estava emocionada. Por mais que quisesse ficar ali com ela naquele momento inusitado, mas perfeito, voltei ao assunto principal. O primeiro ponto fora resolvido. Agora não tinha segredos para ela. Levantei do sofá e a puxei pela mão e a fiz andar até a escada e a empurrei delicadamente em direção ao andar superior.

-Vamos Hermione prometi a Weasley fêmea e a Dilua que as levaria de volta a escola.

-Prometeu? – Perguntou parada no meio da escada.

-Claro! – Fechei minha expressão numa careta e a escutei rir. – Como acha que consegui seu endereço?

Ela abriu um sorriso lindo, o mais belo de todos, balançou a cabeça e sussurrou algo como Ah, elas me devem uma explicação. E das boas! Dei de ombros sem querer me meter no assunto. Olhei o relógio era agora o final da segunda aula da tarde, e a última do dia para mim. Havia me esquecido completamente do horário. Aproximei o rosto da janela e sabia que precisávamos nos adiantar queria chegar a Hogwarts antes de escurecer. Subi a escada e procurei por ela em várias portas. Parei em frente a que faltava e bati.

-Entre. – Ela respondeu baixinho.

-Vamos Mione não quero chegar tarde à escola.

-Eu não quero ir. – Resmungou cruzando os braços igual a uma criancinha.

Rolei os olhos e agitei minha varinha fazendo com que fosse da escola voltasse para a pequena mochila em cima da cama. Com tudo pronto joguei-a nos meus ombros e andei até a castanha que fitava a parede tentando se manter afastada. Sem me importar e querendo continuar com ela perto de mim a puxei pela mão e enlacei sua cintura com meu braço. Fiquei surpreso ao ver que não reagiu e me senti o homem mais feliz do mundo. Sei que parece idiotice, mas ela não estava realmente me recusando.

Ao chegar ao andar de baixo voltei a segurar sua mão e fomos para o lado de fora. O sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios rosados, muito mais do que o normal por conta da pressão dos meus beijos. Sorri por saber que eu era o culpado. Ergui a sobrancelha e seu sorriso ampliou. Aí viria alguma gracinha e estava pronto para responder a provocação que fosse. Olhou para os dois lados e cruzou os braços. Seus olhos diziam Não está se esquecendo e nada? Ri ao entender o “problema”. Sorri divertido esperando sua pergunta.

-E como pretende ir à escola gênio? –Debochou.

-Ora, pensei que você fosse a sabe-tudo - Granger ainda não descobriu?

Com relutância respondeu que não e completou.

-Aparatando é que não pode ser.

-Não, claro que não. – Sorri imaginando a cara dela depois de saber nosso meio de transporta. Afinal de contas eu sei que ela tem medo. – E nem nada que possa nos causar problemas.

Tirei a varinha do bolso da calça que estava escondida pela minha blusa e fiz um feitiço convocatório silencioso. Observei ao redor e no instante seguinte a minha vassoura voou até minha mão e subi apressado. Ela estava parada com os olhos arregalados, começou a balançar a cabeça negativamente repetidas vezes. Eu ri porque a situação era incrivelmente irônica. A garota lutava contra comensais da morte, mas não subia numa vassoura.

-Não, não mesmo. – E terminou decidida. – Não subo de jeito nenhum.

-Por Merlin! Enfrente comensal da morte, mas não tem coragem de subir numa vassoura?

-Não seja estúpido – cuspiu as palavras – não é por isso.

-Então... Por quê? – Comecei a rir quando uma possibilidade chegou a minha mente, sorri torto para ela olhando de lado. – Está com medo de quê Granger? Com medo de não resistir.

-Argh! - Soltou irritada. – Não estou com medo!

-Prove.

-Não tenho que provar nada.

Desci da vassoura e andei até ela vendo dar alguns passos atrás. Sem dar importância a isto, puxei-a e a peguei no colo enquanto ela parecia estar em estado de choque. Ao ver o que queria começar a me bater e empurrar.

-Me solta idiota!- Aumento a voz. – Me larga doninha oxigenada.

Ignorei toda a sua histeria e a coloquei na vassoura e fiz um feitiço sem ela ver. Depois subi e desfiz o feitiço. Estava parada me olhando desconfiada. Coloquei as mãos na vassoura e falei com um tom despreocupado.

-É melhor se segurar.

-Onde? – Perguntou inocente.

Soltei uma risada baixinha.

-Em mim é claro.

-Não, não mesmo.

-Você quem sabe, Sabe tudo.

Guinei a vassoura bruscamente e senti suas mãos me envolveram na hora. Segurei a risada para ela não soltou. Então dei outra guinada e ela se segurou com mais força. Suas mãos se prenderam a minha cintura, me apertando, e claro que não reclamei. Era incrível senti-la tão perto de mim. Era eu quem a mantinha segura ali e nada mais. Escondeu seu rosto contra minhas costas e senti um leve arrepiou ao sentir seu nariz arrebitado passar por minhas costas sem querer.

-Está de olhos fechados?

-Aham. – Disse baixinho.

-Abra os olhos Mione. – Sussurrei sabendo que apesar do vento ela escutaria.