Olhe para as Nuvens de Chuva

Um Dia Decididamente Normal (Prelúdio Para A Festa De Aniversário)


Algo extremamente desconfortável fazia “bip, bip, bip...” incessantemente bem perto do ouvido esquerdo de Yakusoku, despertando-o. Ele se sentia confuso com o que acabara de sonhar e aquele barulho irritante vindo de seu relógio de pulso tentando fazê-lo levantar-se.

O prato dos biscoitos agora estava vazio no chão, perto do sofá. A chuva ainda caía lá fora, produzindo sua melodia agradável nos vidros das janelas e o rapaz queria continuar deitado para ouvi-la, mas olhou para o relógio e sentou-se. Oito horas. Se pretendia continuar tendo um emprego, precisava se mexer, seu horário habitual era quinze para as nove e ele caminhava até a loja (loja, entenda-se algo como um minimercado, pode ser).

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Então se levantou, ajeitou-se e saiu.

O dia todo foi perfeitamente rotineiro. A única coisa realmente ruim que aconteceu só surgiu à noite, quando Yakusoku já estava voltando para casa.

Ele estava no meio do caminho quando lembrou do aniversário de Keiko: não tinha comprado um presente para ela. Já era muito tarde para achar uma loja aberta, por isso continuou andando. Ao chegar no apartamento pensaria em algo.

Só que quando abriu a porta ainda não conseguira parar de imaginar o que ia dar para a moça, francamente, era assim tão difícil agradar uma mulher?

Nas semanas anteriores praticara um pouquinho de origami, mas será que um tsuru de papel servia como presente? Não! É para quando a pessoa está doente, e tem que fazer cem passarinhos de papel para ela. Ou eram mil? Ah, em todo caso, era pouco. Presente de aniversário deve ser algo especial, algo de que a pessoa se lembre sempre...”

Era em momentos como esse que Yakusoku sentia falta de um poder chamado “criatividade”. Por fim ele só se trocou e saiu.