Uma peça dos jogos

You said I have to trust more freely


Peeta Mellark

— O garoto é uma bomba relógio, não consegue controlar a si próprio. Estaríamos dando um tiro no nosso próprio pé se o mandarmos pra lá.

Escuto vozes ao fundo, mas as imagens que vejo não pertencem a essas vozes. Vejo um quarto branco. Tão branco como uma tela de pintura, só há uma cama, toda branca e uma rosa branca jogada no chão.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Presidente, se me permite palpitar, concordo com Haymitch, ele mais do que ninguém aqui sabe como Katniss funciona. Ela não estava colaborando com nada antes de resgatarmos Peeta.

— E de que adiantou resgatá-lo Plutarch? Snow o matou. O transformou em uma arma.

Pego as duas folhas verdes da rosa, amasso em meus dedos. As espremo ao ponto de conseguir ver um líquido verde. Esfrego na parede, começo a desenhar. Eu sou um pintor.

— Discordo presidente, Snow acha que ele é uma arma, deixou que pegássemos ele para matar Katniss. Não conseguiu, e depois daquele bolo de casamento, sei que o Peeta está aqui dentro. Eu sei que ele no meio dessa guerra pode parecer loucura, mas sei também que ele, mesmo telesequestrado é o único que consegue trazer a Katniss de volta ao seu mundo. Sempre foi ele. Ele era a minha peça mais importante. Todos acham que é a Katniss a estrela, mas sem ele, ela não seria nada. E de fato não é.

Termino meu desenho, um rosto familiar aparece para mim, uma trança destaca suas feições bravas, embaixo uma frase: Katniss não é inimiga. Abro os olhos. Vejo Haymitch na minha frente.

— Confio em você. Sei que há lembranças aí dentro que Snow não tocou, pense nelas.