Depois do opróbrio de confundir a estátua com ela, nossa convivência ficou mais complicada. Primeiro porque como parei de evitá-la passamos a nos esbarrar mais e segundo porque sempre que isso acontecia ela recontava essa história.

A gota d’água foi quando, depois de já ter me trazido uma bengala no dia anterior, apareceu com um cão de serviço.

“Aqui, para ajudar você.”

“Outra piada de cego?”

“Ah, não é um guia, querida. É de suporte emocional.”

Falou sorrindo me deixando confusa.

“Vai ter alguns manequins por aqui essa semana, não quero que se sinta sozinha quando eles não te responderem.”