A medida que a noite caía, nossos corpos se emaranhavam, desconfortáveis e desunidos, conectados involuntariamente, por pura necessidade.

O contato de nossa pele providenciava apenas o calor necessário para sobrevivermos mais uma noite no inverno destemido do planeta.

O toque de seu corpo, escamado, causava-me, no mínimo, estranheza.

Sua respiração era diferente, ofegante.

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Tentei adormecer, ignorar a excentricidade de Kerp; tão distinto de mim. Alienígena, no sentido mais literal da palavra.

Lá fora, a nevasca tratava-nos com total vitupério, incansável e incessante.

Aqui dentro, no entanto, restava apenas nós. Um espaço invisível. Uma tenda apertada; e um céu, coberto pela neve e o vento esbranquiçado.