XXIV. Se há um prêmio por julgar mal, já sei que vou ser eleita

Ao amanhecer, Gabrielle conseguiu desvencilhar-se do corpo adormecido. Sensibilizada, arranjou panos limpos para limpar o suor da testa dele. Aproveitando que Evan não a ouviria, segredou:

— Quando foram para a guerra... Eu costumava rezar. “Proteja Thomas, porque ele finalmente encontrou seu destino. Proteja Alex, porque há pessoas que dependem dele e é inofensivo. Proteja Evan, porque ele é um mandrio, mas voluntariou-se pela família. Eu acho”.

Elle suspirou. Seria mesmo a pena que a movia?

— Não fazia ideia do que dizia. Hoje eu vejo que o julguei mal.

Evan riu fraco, sobressaltando-a.

— Não, você acertou... Sou um mandrio, mesmo.

Droga.