Sônia notifica a rescisão do contrato. Sem mais nem menos. Os proprietários venderam a casa a uma imobiliária que vai demoli-la. Prazo para deixá-la: dois meses.

Arrietty rasga a carta. É um absurdo! Uma infâmia, como diria seu pai. Não pode deixar a casa ainda. Não sem antes desvendar o segredo.

Mas, desta vez, ninguém responde as inscrições no espelho. Arrietty para no corredor, tomada por um sentimento funambulesco. Fita o quadro, suplicando como uma criança que chama pela mãe. Ele tampouco a responde.

Arrietty atira-o no chão e ouve um tinido. Uma chave escapou de seu esconderijo na moldura.