Destino

VII - Where witches are better than bitches.


Capítulo 7 – Where witches are better than bitches

- Elizabeth Levil – disse a perua loira Prescott com escárnio.

- Pois não

- Nunca.Mais.Quero.Te.Ver.Com.O.Tomzinho! - dizia cada palavra pausadamente – Ele.É.Meu!

- Tomzinho? Você quer dizer o Tom? Você já pensou que deveria dizer isso pra ele? E mais, porque você acha que eu te obedeceria?

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- Mas que insulto! Você vai me obedecer porque eu sou a abelha rainha dessa escola! Sou popular, bonita, líder do grêmio estudantil... - e continuou falando e falando, enquanto eu imaginava várias maneiras de matá-la lenta e dolorosamente.

- Cala a boca! - gritei e ela ficou boquiaberta de indignação – Olha, eu tenho de ir. Tchau! - e saí andando sem ligar pra cara dela de ultrajada.

- Eu vou fazer da sua vida um inferno, sua... sua anormal! - ela gritou enquanto eu já estava longe.

- Claro – sussurrei para mim mesma – Como se ela soubesse o que é o inferno.

- Liz, Liz! Espera – ouvi gritos vindos ao longe. Virei e era Tom correndo.

- Fala Tom – disse quando ele chegou perto arfando.

- Porque você saiu correndo da sala? Nem me esperou – disse fazendo biquinho, daqueles que derretem qualquer coração até o meu.

- Quero ir pra casa logo, tenho de voltar andando, Johnny não vem me buscar.

- Sei. E quem é Johnny? - perguntou com cara de poucos amigos.

- Meu avô, quem mais seria? - rolei os olhos.

- Sei lá, algum namorado ciumento... - disse alegremente.

- Ah claro. Por falar em namorada “Tomzinho” - disse fazendo voz de falsete – A Prescott me disse pra ficar longe de você; ela fica irritada quando mexem com o que é dela.

- Há Ha! Engraçadona você hein. - ele suspirou – Não liga pra ela, só ignore. Só porque eu dei um beijo nela uma vez na oitava série, ela acha que eu sou propriedade dela. Garota idiota.

- Sei... Enfim, tenho de ir.

- Não quer carona? - disse com os olhos brilhando

- Você sabe onde eu moro por um acaso?

Ele fez cara de panaca e disse que sim.

- Como você sabe? - perguntei assustada. Será que ele é um psicopata? Saudade da minha arma nessas horas...

- O único Johnny da cidade, pelo que eu saiba, é o vovô J certo? - perguntou bancando o inteligente.

- E daí?

- Daí que eu moro em frente à casa do vovô J e da vovó Dul. Adoro as tortas que ela faz.

- Como assim em frente? - Cacete, ele provavelmente deve ter visto meus pais e só está falando comigo, “a aberração”, para contar pra todos amanhã. - Você viu o dia em que eu cheguei?

- Claro – disse sorrindo charmosamente – Como não ver uma criatura tão linda como você?

- E o que mais você viu? - Tenso!

- Seus pais – puta que pariu, morri – Eles parecem ser bem legais hein. Gostei das espadas deles, muito bonitas, quero iguais!

Ok, das duas uma. Ou o Tom é lesado ou ele é lesado. Como ele não percebeu que meus pais são anormais?

- Tá bom então, eu aceito a carona. Vamos?

- Oba! Vamos – disse com os olhos brilhando e logo me puxou pela mão e saiu correndo, me forçando a correr também.

- Primeiro as damas – disse abrindo a porta do passageiro do carro ( um new beattle vermelho novinho)

- Duvido que você faça isso para todas as garotas que entram aqui – falei, já dentro do carro.

- Só as especiais – ele disse entrando no carro e me olhando seriamente.

Ok, sou só eu que acha que isso foi uma cantada?

- Err... O que você vai fazer hoje? Vovó Dul disse que ia chamar alguns amigos para jantar e que eu também poderia chamar alguém, se eu conhecesse.

- Eu posso ir? - perguntou todo esperançoso; acho que ele tem sérios problemas.

- Se eu estou chamando. Creio que eu vá chamar a Sam também. Desviando totalmente do assunto, posso ligar o rádio?

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- Aham – disse distraidamente, prestando atenção ao trânsito – Se você tiver mp3, tem entrada usb aí.

- Ah tá. Se você não gostar das minhas músicas, se lembre quem foi que ofereceu ok?

Pluguei meu mp3 e apertei play.

Ah, o doce som do rock. Creio que não exista coisa melhor no mundo,As vezes me pego lembrando dos meus tempos, não tão longínquos, de caçada. Atravessando o país ao som de Bon Jovi, Guns n\' Roses, Mudhoney, Metallica e outros tantos ícones. Boas lembranças.

- Meu Deus Liz. O que é isso? - disse Tom com expressão perplexa.

- “Isso” meu caro, se chama Pink Floyd; e a música é The dark side of the moon. Agora fica quieto pra que eu possa ouvir.

Fechei os olhos e comecei a cantar baixinho. Creio que ouvi um “louca” vindo de Tom, mas deixei passar. Fui pra bem longe com a canção. Essa é uma dessas músicas onde as pessoas viajam para seus mundinhos coloridos; pura psicodelia. Para mim, um lugar sem monstros nem aberrações, puro sossego...

- Elizabeth! - acordei do meu “transe” com Tom berrando – Você por um acaso é surda? Te chamei mil vezes, já chegamos.

- Ah, ok. - tirei meu mp3 do aparelho, peguei minha mala e saí do carro – Valeu Tom. Te vejo às oito? - disse já atravessando a rua.

- Pode apostar – ele gritou já na porta de sua casa.