Destino

III - Where the things get a little weird...


Capítulo 3 - Where the things get a little weird


No momento em que eu saí do carro quis voltar à caça aos monstros. Aquelas pessoas ali falavam e gesticulavam sem parar e, as cores de suas roupas eram tão berrantes que meus olhos ardiam.

Acostumada com monstros, escuridão e becos sem saída, era como ter saído de sexta-feira 13 e entrado em O mágico de Oz. Me senti totalmente deslocada e estranha, MUITO estranha. Decidi que era melhor fazer o que vovó Dul tinha dito: passar na diretoria para ser encaminhada para as minhas aulas.

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Entrei no prédio bem cuidado e percebi que não fazia a mínima idéia de onde tinha de ir. Sentia as pessoas me olhando e cochichando umas com as outras ao invés de me ajudar. Qual é? Onde estão os modos e a educação desse pessoal?

- Bom dia. Você precisa de ajuda?

Tenho de confessar. Não levava um susto desses desde que um metamorfo tinha se tranformado na minha mãe e tentado me matar.Me virei na hora e já estava quase alcançando a minha faca na bota quando percebi que era somente um garoto tentando me ajudar.

- Você está bem? - perguntou estranhando a minha reaçao.

- Ahh... claro. Preciso de ajuda sim. Poderia me informar onde fica a diretoria?

- Obviamente – disse sorrindo e mostrando uma fileira de dentes brancos – Tom leale – estendeu a mão para mim.

- Elizabeth Levil – apertei a mão dele.

- Liz então. Eu te levo até a diretoria.

E saiu sem ao menos esperar pela minha resposta. Acabei indo atrás dele.

- Então, você é nova na escola? - perguntou casualmente.

- Sim, e você?

- Não – ele disse sorrindo. Estou no 2º ano e estudo aqui desde que me entendo por gente.

- Parece legal.

- Nem tanto – ele respondeu. Sem sorrir desta vez.

- Hmmm... - e não encontrei mais nada de interessante para dizer. Não sabia sobre o que adolescentes normais conversam. Achei que não seria legal chegar perguntando se ele acredita em fantasmas.

- Então – ele parou – aqui estamos. A senhorita está entregue – e me indicou uma porta de madeira onde se via uma placa escrito diretoria – Sr. Scylar.

- Muito obrigado, mesmo!

- De nada. Espero te encontrar mais vezes Liz – e me deu um beijo no rosto, o que eu particularmente achei estranho. Era assim que se dava tchau? Acho que tenho muito o que aprender.

Bati na porta e ouvi uma voz grave dizendo para entrar e foi o que fiz. A sala era clara e bonita. Nas paredes haviam várias prateleiras recheadas de troféus e prêmios escolares e, sentado em uma cadeira atrás de uma mesa pequena de mogno, estava um senhor, que creio eu, seja o Sr Scylar.

- Boa tarde - ele disse com a voz engraçada, parecia que estava gripado – Em que posso te ajudar?

- Sou nova na escola, me disseram para passar na diretoria.

- Ah sim, claro. Você deve ser a Srta Levil - disse amigávelmente. Acho que minha fama -e de meus pais – ainda não chegou até ele.

- É.

- Suponho que você queira seu horário certo? - ele disse amavelmente, no que eu respondi com um aceno de cabeça.

- Aqui está – e me entregou um papel amarelo – Sua avó escolheu química para você. Espero que goste.

Ok, amo química! É particularmente útil para a fabricação de bombas e venenos caseiros. Ponto para vovó Dul!

- Parece que sua primeira aula é literatura americana. Eu te acompanho até a sala do Sr. Tyler.

- Err... Obrigado. - Não sei porquê, mas acredito que diretores não acompanhem os alunos, mesmo que sejam novos. Talvez seja porque esta é a única escola da cidade, considerando o fato de que ela só tem 345 habitantes. Ele provavelmente não deve ter muito o que fazer.

Andamos um pouco pelos vários corredores do lugar e finalmente paramos em uma porta com o número sete. O diretor bateu na porta e logo um homem baixo e ruivo, com sinais leves de calvície, abriu. O diretor começou a conversar baixinho com ele e eu só conseguia ver através do Sr. Tyler as cabeças curiosas dos alunos querendo saber o que estava acontecendo. Eles não pareciam muito amigáveis.

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- Pois bem Srta. Levil, está entregue. Boa sorte com seu primeiro dia de aula! - disse e saiu andando sem mesmo me dar a chance de agradecer.

- Entre – disse o Sr. Tyler sorrindo – Eu te apresentarei à classe.