Destino

X - Where i start to hunt again... shit.


Capítulo 10 – Where I start to hunt again... shit.

Um uivado longo e não tão alto, mas para uma audição apurada de caçadora, percebi rapidamente.

Levantei da mesa ao mesmo tempo que Matthew Dirci, que pelo jeito também havia escutado. O curioso, foi que somente o Matthew levantou; nenhum dos outros dois Dirci levantaram, uma coisa totalmente esquisita.

- O que foi Liz? - Tom perguntou inocentemente.

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Olhei para o Dirci, que estava me olhando também, sem saber o que fazer. Vovó, vovô e os dois Dirci restantes, continuavam sentados sem entender nada.

- Err... Tenho um assunto para tratar com o Dir... digo, Matthew lá fora. Com licença – disse fingindo intimidade.

- Eu vou com vocês dois – disse Tom já se levantando.

- Não precisa – repliquei – Creio que vamos demorar um pouco.

Ele fez uma expressão triste, porém não se levantou. Ninguém da mesa fez qualquer objeção ao que eu disse; então sai da casa puxando o Dirci pelo cotovelo.

- Você ouviu também, não ouviu? Tem alguma arma aí com você? - perguntei apressadamente enquanto caminhavamos pela rua, prestando atenção ao uivo.

- Claro que ouvi, e sim, tenho armas. Mas porque você não traz as suas? - disse rispidamente.

- A: minha avó confiscou e B: mesmo que estivesse com minhas armas, isso aqui é um vestido. Onde você acha que eu guardaria a arma?

Ele não respondeu, somente sorriu maliciosamente e me entregou uma faca que tirou do bolso do paletó. Sinceramente, às vezes me arrependo do que digo.

Corríamos muito, e a essa altura, já tinha atirado as sandálias longe – espero que vovó me perdoe algum dia. Paramos em um estacionamento vazio, localizado no meio da cidade. Os neóns piscavam e tudo estava muito quieto. Ele fez sinal de que iria para a esquerda e que eu deveria ir pela direita. Fui, esperando realmente que a faca fosse de prata.

Após alguns minutos, ouvi um barulho - que parecia mais um ganido - ao longe, na direção que o Dirci tinha seguido.

Corri para lá e encontrei o Dirci encurralado em um beco, por um lobisomem de mais de 2 metros de altura, com dentes e garras afiadas. Havia um pouco de sangue nas roupas do Dirci, e ele lutava sem armas – pois ao que parece, ele havia sido burro/cavalheiro o bastante para me entregar sua única arma.

Quando me viu, ele mancou um pouco e fez sinal para que eu fosse embora, como se aquilo fosse muito perigoso para uma garota. Como boa caçadora, com somente 12 anos de experiência, fiquei para ajudá-lo.

O animal estava encurralando-o cada vez mais, prestes a dar uma salto para atacá-lo, quando fui mais rápida saltei em cima do animal, cravando a faca na sua jugular e puxando para o lado; não o suficiente para matá-lo, mas o suficiente para tirar o seu foco por alguns momentos.

Fui atirada para onge e caí em cima de algumas garrafas de vidro, que quebraram com o meu peso e rasgaram minhas roupas e meu corpo. Levantei devagar e peguei a faca do chão, que estava pingando sangue de lobisomem. Dirci lutava injustamente com a fera, visto que ele estava sem armas e com os reflexos um pouco atrasados devido à perna machucada. Eles rolavam no chão, e então o animal ficou por cima do Dirci, pronto para matá-lo.

Não teria tempo de alcança-los, então mirei e atirei a faca no lobisomem, atingindo certeiramente em seu coração. Dirci chutou o animal para o lado, no que ele entrou em combustão instantânea – por algum milagre, a faca realmente era de prata – e logo só sobrou a faca por cima de uma monte de cinzas. O Dirci ainda estava no chão, corri para lá.

- Você está bem? - agachei ao seu lado.

- Eu te disse para ir embora – falou de olhos fechados e sem emoção alguma.

- Sinceramente! Eu salvo a porcaria do seu traseiro de ser comido por um lobisomem e é assim que você me agradece? Tchau.

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Ia me levantando pelo braço mas ele me segurou.

- Me desculpe – falou com dificuldade – Eu só não estou acostumado a ter ajuda. Obrigado!

- Hum... Vem, eu te ajudo a levantar e nós vamos pra casa.

- Ok. - ele disse e se apoiou no meu ombro para poder se erguer.

Tivemos de fazer o caminho de volta comigo servindo de apoio e praticamente em silêncio.

- Curiosidade – comecei – Porque seus pais não vieram nos ajudar?

Ele supirou antes de responder.

- Longa história.

- Sei... E sobre o seu irmão? - questionei já prevendo que ele seria ríspido.

- Faz parte da longa história – ele disse calmamente, sem a rispidez prevista.

Estavamos chegando perto de casa.

- Você sabe que eu preciso saber dessa história, certo? - questionei, não somente por curiosidade, mas para ficar alerta no futuro.

- Sim, eu sei.

Chegamos na porta da casa de vovô J.

- Antes de entrar, que desculpa daremos para... você sabe. O sangue, suor, falta de sapatos e roupas rasgadas?

- Que tal: “Vovô, fizemos sexo selvagem e ficamos assim?” - ele disse e riu da brincadeira, no que eu engasguei e comecei a tossir – Vamos falar somente que saímos para dar uma volta e encontramos uns motoqueiros que queriam briga.

- Tudo bem então! - disse ainda tossindo.

- Tome – ele tirou o paletó, que era o triplo do meu tamanho e me entregou – Vista isto.

- Porquê eu faria isso?

- Bem apesar de estar amando a altura do seu vestido e os cortes nele nesse exato momento, sua família com certeza não irá aprovar. A não ser que você reconsidere a desculpa nº1, que tal? - disse se fazendo de inocente e sorrindo.

- Morra! - agarrei o paletó e coloquei.

- Ouch - ele exclamou e sorriu, se apoiando em mim para entrar na casa.