Doce Lar

21 de Novembro


21 de Novembro. Aquele tinha virado o dia mais especial da minha vida.

— Ele é tão lindo — Bells sussurrou embalando o garotinho em seus braços.

Eu sorri, ainda estava exausta após o parto que tinha acontecido aquela madrugada, mas estava tão grata por tudo ter dado certo.

— Estou tão feliz por vocês — minha irmã, ou melhor, minha mãe disse. Ela se curvou e beijou meu rosto, meus olhos se encheram de lágrimas.

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— Amo você, obrigada por estar sempre comigo — sussurrei.

— Ei, eu também te amo, muito — falou e me deu mais um beijo. — Não acredito que você já é uma mãe. — Voltou a olhar para meu filho, meu pequeno Samuel.

— Já tenho trinta e dois — falei.

— Lembro quando você era desse tamanho. — Gesticulou com a cabeça para meu bebê. — Só que de olhos escuros.

Meu filho tinha os olhos azuis do pai dele, eu já podia apostar que ele seria uma cópia de Alec.

— Mamãe — Lizzy entrou no quarto.

Eu tinha dado à luz em uma maternidade chique e cara de Seattle, isso me garantia algumas mordomias como estar em um quarto que parecia um verdadeiro apartamento. Tinha o quarto, propriamente dito, com um banheiro completo. Duas salas para recebermos visitas, um lavabo e ainda uma vista incrível para a cidade.

O resto da minha família estava na sala maior, Lizzy no auge de seus vinte anos tinha decidido virar uma fotógrafa, então estava fazendo as primeiras fotos.

— É a vez do Samuel.

— Cadê a…

— Valerie, chegando — meu marido voltou para o quarto com nossa filha, seguido por Edward. Bella deixou o quarto com Samuel e Lizzy.

— Oi, lindinha — falei com minha filha quando Alec a colocou em meus braços. — Sua tia te fez tirar várias fotos, foi?

— Ela cooperou bastante — Eddye falou, como Bells tinha feito antes, ele se aproximou e beijou meu rosto.

— Alec, é pra você vir aqui — Clara apareceu na porta do quarto, mais uma vez achei graça ao ver sua camiseta. Era uma foto minha grávida, com um balão de fala que dizia:

Preciso de uma massagem nos pés!”

Afinal, essa foi a frase que mais falei durante a gravidez, especialmente para Clarinha e Lizzy. O que eu podia fazer? Elas eram minhas irmãs caçulas, deviam me mimar. Ainda eram jovens com seus vinte e dezoito anos, não sabiam o que eram pés doloridos.

Alec foi atrás dela, Eddye sentou no cantinho da minha cama, Valerie dormia em meu colo.

— Ela parece muito com você — falou.

— Você acha? — Olhei para ele.

— Tenho certeza, Ariel. — Afagou meus cabelos. — Não acredito que você é mãe, ainda mais de gêmeos.

— Que sorte a minha do meu velho pai ser um pediatra, vou poder encher a paciência dele sempre que quiser.

Edward sorriu e afagou mais meus cabelos.

— Obrigado por ser minha filha, Ariel.

— Acredite, eu que agradeço por você ser meu pai. — Lágrimas rolaram por meu rosto. — Você e Bells me deram uma família, permitiram que eu fosse forte e confiante o suficiente para hoje estar aqui.

— Vocês dois ainda parecem os mesmos de vinte anos atrás. — Edward e eu olhamos para a porta, Bella estava ali e tinha sido a responsável por aquela frase. Ela se aproximou mais da gente, parando perto do marido e apoiando uma mão no ombro dele. — A garotinha de dez anos e o médico de trinta, jogando o jogo do contente, descobrindo que não tinham o mesmo sangue, mas que poderiam ser uma família. — Minha irmã estava chorando, assim como eu.

— Que família! — Eddye olhou para Valerie. — Posso chamá-la de Val?

Eu ri suavemente.

— Claro que pode. Ei, Bells, você pode pegar o Sam? Queria tirar uma foto com eles e vocês dois.

— Vou buscá-lo. — Ela voltou a sair do quarto e meu pai esticou as mãos, sabia que queria pegar Valerie.

Com cuidado eu a passei para o homem, que com toda a prática do mundo a segurou em seus braços.

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— Ariel, você me fez um avô mesmo eu tendo só cinquenta e dois anos e nem estou bravo por isso. — Olhava para Valerie como olhava para Clarinha, Lizzy e para mim, com extrema devoção e amor de pai. — Queria que vovô Sam estivesse aqui para ver essas duas pessoinhas novas na nossa família.

Eu limpei a lágrima que rolou pelo rosto de Edward, ele sorriu para mim.

— Estou bem — garantiu. — Apenas saudades.

— Eu te entendo, também sinto muita falta dele. Você acha que ele gostaria da homenagem?

— Ele amaria, pode ter certeza disso.

Quando descobrimos que teríamos uma menina e um garoto, Alec e eu começamos a pensar nos nomes. Entre muitas discussões decidimos que ele escolheria o nome da garota e eu o do menino.

Acabou sendo mais fácil, eu queria homenagear vovô Sam. E meu marido escolheu Valerie por ser o nome do primeiro prédio onde moramos juntos. Ambos éramos apaixonados pelos nomes no final das contas.

— Vamos tirar uma foto! — Lizzy, Bells e meu filho apareceram.

Edward levantou e ficou parado ao meu lado com Val. Bella se posicionou do outro lado da cama, segurando Sam que estava acordando. Nós sorrimos para a câmera de Lizzy.

21 de novembro, que dia!

Mais tarde, quase de noite, todos foram embora. Alec e eu ficamos sozinhos com os bebês, ele segurava Samuel e eu Valerie.

— Estou louco para levar eles para casa — meu marido disse.

Eu também, meu doce lar ficaria ainda mais doce com meus filhos lá.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.