Capítulo 3

Após aquela esguichada em sua perna, Aiacos começou a rir. Qual animal nunca fez algo assim? Aquilo era apenas uma travessura do bichano do namorado.

Lune não sabia onde enfiar a cara depois dessa. Ele pegou um pano de chão, molhou, passou no chão, lavou de novo o pano e limpou devidamente o lugar que seu gato fez xixi e escorreu para o piso.

— Você que parar de rir? É constrangedor!

— Lune, todo gato faz isso. Ele está marcando território. Ele me vê como um intruso. Você é a propriedade dele.

— Minos é só um gato. Eu não pertenço a um felino.

— E a mim? Você pertence?

— Mas é claro que eu n-...

— Haha fica tranquilo meu amor! Minos é só um gato. Ele não sabe o que faz.

— Você deve estar certo sobre isso. Mas mesmo assim!

— Lune eu estou bem. Você disse que ele É vacinado mas não disse sobre ser castrado.

— Eu o encontrei. Já estava castrado. Levei num veterinário quando o achei e o médico me confirmou que ele era castrado.

— Isso é bom. O que me faz pensar que ele pode ter um dono. O que você faria se aparecesse alguém atrás dele? - Aiacos pegou um putro pano com detergente e passou na calça que usava.

— Eu não sei...acho que eu não iria devolver. Já me apaguei a esse gato.

— Eu notei. - Sorriu.

— Aiacos, você precisa lavar essa calça. Ou esse cheiro não vai sair tão cedo!

— Re-la-xa! Eu vim aqui para jantar com você.

— Quer dizer que você já vai?

— Já está me expulsando?

— Bom..Eu queria dormir mais cedo.

— Ok. Eu já entendi. Bem queeu gostaria de dormir com você aqui, mas depois do que seu me fez, eu tenho receio dele fazer o que deve na minha cabeça hahaha.

Os dois terminam de ajeitar tudo e algum tempo depois, o mais velho se retirou. Aiacos bem que gostaria de ficar um pouco mais, mas deu alguns beijos nos lábios de Lune e foi embora

Já o estudante caminhou pelo apartamento e viu seu adorado felino tomando banho como se nada tivesse acontecido.

O gato parou o que fazia é encarou seu tutor, mostrando a língua. Lune achou uma graça e acariciou a cabeça peluda fofinha.

— Porque você aquilo como meu namorado?

— Miau.

— Miau. É só isso o que recebo. Miau.

— Miau...pprrrrrrrr... - O felino começou a ronronar e lambeu a mão do seu humano.

— Agora você me dá beijo na minha mão, né Minos.

— Miauu...prrrrrr...prrr...

— Além de ronronar. - Lune sorriu e baguncou os pêlos prateados do felino. - Eu vou tomar um banho e cair na minha cama.

O humano foi na direção do quarto e pegou uma toalha. Lune entrou no banheiro e começou a se despir. O gato pulou do sofá e entrou no banheiro e ficou olhando o seu dono.

O homem mirou seu animal de estimação e sorriu. Entrou no box e abriu a torneira, deixado a água morna molhar seu corpo.

Minos ainda olhava para o outro e pulou na tampa do vaso sanitário e se sentou. Ainda olhava para o homem com aqueles olhos amarelos e quando se cansou, acabou deitando e dormiu. Típico de gatos!

Quando terminou o banho, Lune enrolou a toalha na cintura e abriu a porta do box. Seu precioso felino acordou assustado com o barulho e viu que seu dono já tinha terminado de se lavar. Minos ficou de olho em cada movimento e desceu de onde estava para seguir o humano até o Quarto deste. Pulou na cama, ficou amassando pãozinho e deitou no cobertor enquanto o seu dono terminava de se arrumar para deitar. O estudante universitário se juntou ao felino e o abraçou, lhe puxando para dormir agarradinho com ele.

— Te amo seu gato maluco!

— Prrrrrrrrrrr... - Apenas um som de ronronado foi ouvido.

—X_

Em algum lugar, nem muito perto e nem muito longe, um homem alto, de cabelos platinados e olhos âmbares ainda procurava seu adorado animal de estimação. Ele era sua única companhia e havia dado seu nome de batismo para o pequeno bichano felpudo. Alguns amigos já tinham lhe falado para colocar cartazes e também divulgações na internet sobre o desaparecimento de Minos. Porém o homem pensava que seu gato estava por perto, e de alguma forma, ele podia sentir. Mas perto...onde?