O menino era melhor quando ficava quieto. Passado um mês, começou a falar do mundo lá fora. As palavras, um veneno para a mente das crianças impressionáveis. Subiu no banco, ergueu os braços. Contou sobre os navios majestosos que cruzavam oceanos e não eram como esse pedaço de madeira tosca que vocês chamam de barco.

E os humanos? Você os conheceu?

Calou-se.

Os líderes reclamavam, e ele cada vez mais atrevido. Como sangue que poreja da ferida, vertia medo e desejo, vício e audácia. Tinha olhar de fome d’O Mundo. Olhar insaciável. Ela observava escondida, o desejo crescendo no peito.