A árvore dos olhos de fogo

Nenhum de nós fará verão


Não. Você foge.

Dou um passo para trás. Enlouqueceu? Acha mesmo que pode enfrentá-los? Você segura minhas mãos. Se ficar aqui, nós dois morremos. Prefiro que fuja. Sobreviva por mim. Sobreviva por nós.

Meneio a cabeça. Não permitirei que termine sozinho o que começamos juntos.

Eles chegaram. As ameaças se converteram em urros. Os rostos brilham vermelhos sob a lua, pintados de raiva e guerra. Uma sitiomania da morte.

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Você me empurra, gritando para eu correr. Esbarro na árvore. Meu pescoço sufoca, o corpo como que pendendo do galho. Você empunha o machado. Não olha para mim.

E eu corro.