Ela jamais perdia a conta. Podia contar quantas vezes alguma palavra aparecia num livro. Quantas vezes errou o destino ou foi levada para longe de seus planos. Quantas vezes visitou suas galáxias favoritas. Quantas vezes seus corações batiam premente.

No dia 1980, sentiu novamente doer o peso da existência. O quão difícil é ser infinito estando cercada de finitudes.

Um som rouco no fundo de sua cabeça implorava e gritava. A sua voz, tentando se sobrepor a todos os ecos do passado. Tentando ignorar os fantasmas e manter o pouco de sanidade que uma senhora do tempo presa poderia ter.

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