Era 1977. Garotos não deveriam beijar garotos. Remus sabia disso. Não concordava com os motivos para tal proibição, mas isso não importava. Lupin não queria mais nada que o fizesse destoar. Que o destacasse como uma marca-texto. Que fizesse dele alguém fora da norma. A licantropia era suficiente. Mas não era só isso. Seria fácil se fosse. O problema era que Sirius era uma droga. Intoxicação. Overdose. Ainda assim, Remus nunca conseguia se manter distante. Mesmo que sua mente gritasse em protesto, sempre acabava voltando para mais.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

.

.

Sirius jamais se importara com pecado. Com tradições, regras, o destino de sua alma. Não se importava com o que falavam sobre homens que amavam homens. Não se importava em ser um desviante.

Como um Black, conseguia lidar com desejo e atração. Tudo o que sua família lhe ensinara, afinal, fora ambição. A querer o que não poderia ter. Cobiçar o que era precioso. Flertar com o perigoso. O problema era justamente o que sua família nunca lhe ensinara: amor. Amar apavorava Sirius. Amar era destruição. Era por isso que ele sempre abandonava Remus após um enlace, deixando o amigo adormecido, enquanto fugia como um covarde. Ficar seria sua ruína.