—Pode explicar, de novo, o porquê eu vou ficar com a dupla dinâmica? - Henry olhou para Colin e Lucy que corriam entre os carros no estacionamento do hospital.

—Papai disse que eles precisam ficar juntos. - Agnes explicou massageando as têmporas. Tinha sido um dia muito agitado e ela estava exausta.

Tá, mas, por que eu que tenho que ficar com eles? E, cadê eles? - Os dois olharam em volta e viram os irmãos tentando subir em uma árvore.

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—COLIN! LUCY! Desçam já daí. - Hayley gritou indo atrás dos dois.

—Não posso ficar me estressando. - Colocou as mãos no ventre. - Não faz bem para o Chris.

—Ele é um Cullen, tem que se acostumar com as loucuras dessa família. E você não pode ficar usando a sua gravidez como desculpa.

—É claro que posso. Tenho que tirar o máximo de vantagem que conseguir. – Mostrou a língua para o irmão. – Enfim, não posso ficar cuidando deles e o Tyler ainda está se recuperando. - Tyler fingiu estar fraco e Henry deu um soco no ombro do irmão.

—Estou convalescendo, não posso ficar correndo atrás deles.

—E a Hayley não tem paciência com a Lucy. – Continuou a explicação. - Então sobra você para ficar com eles. - Henry gemeu cobrindo o rosto com as mãos.

—Que seja. Mas o John vem comigo. - Puxou o irmão pelo braço.

—Fechado. Você, John, Lucy e Colin vão para casa do vovô Charlie. Tyler, Hayley, Mandy e Tom vão para casa do vovô Carlisle.

—E você?

—Vou para a minha casa com o meu noivo. – Cruzou os braços encarando o irmão, o desafiando a falar alguma coisa. – Mais alguma pergunta?

—Vamos passar em casa primeiro?

—Sim. Façam uma mala para três dias.

—A mamãe só vai ficar fora por dois dias. – Amanda desencostou do carro.

—Eu sei, mas é melhor vocês ficarem fora por mais um dia para que ela tenha tranquilidade quando voltar. Vocês sabem como a mamãe é. Ela não vai conseguir descansar se estivermos em casa.

—Ela vai mesmo ficar bem, Agnes? – Tom segurou a mão da gêmea.

—Vai. A mamãe é forte, jovem e saudável. É normal sentirem medo, mas não precisam se preocupar.

—Ela vai precisar de muito amor e carinho. – Tyler completou.

—Isso nós temos de sobra. – Colin avisou. Ele estava com a blusa suja de terra.

—Preciso me livrar de vocês. – Acenou para Connor.

—Queria poder dizer o mesmo. – Henry reclamou cruzando os braços. – Vamos lá, seus pestinhas. – Ajudou os irmãos mais novos a entrar no carro de Connor.

[...]

—Meus amores. – Renée abriu os braços para poder abraçar os quatro netos de uma vez. – A vovó sentiu tanta falta de vocês. Como está a mamãe?

—No hospital. – Colin tentou sair dos braços da avó.

—Ela está bem, vó. Foi só um susto. O papai está com ela.

—Que o seu pai não ouça isso, mas eu não poderia querer ninguém melhor para a minha menina.

—O papai é muito convencido. – Colin conseguiu se afastar da avó.

—Sim, ele é. Mas é também um marido maravilhoso. E um ótimo pai.

—O melhor pai. – Colin pegou um vaso chinês da avó.

—Cuidado com isso, garoto. – Charlie pegou o vaso das mãos do neto.

—Oi, vovô.

—Vocês dois estão aqui. – Olhou de Colin para Lucy.

—Não gostou, vovô? – Lucy cruzou os braços e Charlie apressou em negar.

—É claro que gostei. Vocês quatro são meus netos favoritos. – Piscou para os netos e Lucy ergueu os braços para o alto.

—Então carrega a gente de cavalinho. – Charlie coçou a cabeça.

—Desculpa, querida, mas machuquei as costas.

—É que você já tá bem velho, né, ?

—Colin! Não é velho que fala. É idoso. – Lucy repreendeu o irmão.

—O vovô Carlisle não é idoso.

—Nós temos a mesma idade. – Charlie se defendeu.

—Jura? – Lucy perguntou espantada. – Achei que você fosse beeeeem mais velho.

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—Isso é algum tipo de punição? – Charlie perguntou olhando para Henry.

—Não deveria ter ofendido o papai com o lance da Agnes.

—Vou me lembrar disso da próxima vez.

—Vovó Renée, eu acho que a vovó Esme vai dar sorvete pros meus irmãos. – Lucy comentou como quem não quer nada.

—Ah, é? – Renée fingiu não entender o plano da neta.

—É, sim. Eles vão se divertir bastante.

—Então também temos que nos divertir. – Piscou fazendo os netos comemorarem. – Querido, pode pegar o sorvete. – Charlie assentiu e ergueu Lucy a colocando nos ombros.

—Eu também quero, vovô. – Colin foi atrás dos dois reclamando.

—Desculpa, vó. Vou tentar controlar os dois. – Henry prometeu sem muita convicção.

—Não precisa se preocupar com isso. Precisa focar nas suas provas finais. Criei a sua mãe, consigo lidar com os seus irmãos.

—A mamãe aprontava muito? – John perguntou ainda abraçado a avó.

—Sua mãe me deixava de cabelo em pé. Sempre aprontando com o seu pai e com o seu tio. E devo dizer que ela ainda continua aprontando.

—Ela está bem, vó. – John a tranquilizou.

—Uma mãe sempre se preocupa. Nossos filhos sempre serão nossos bebês, não importa a idade. – Fungou, secando as lágrimas. – Agora me falem sobre vocês. Como foi com o seu pai biológico?

—Legal. Sabia que não fui abandonado por que me odiavam? O papai disse que ainda sou muito novo para ouvir toda a história, mas o sr. Miller disse que foi para me proteger e que ele não sabia que eu existia. Eles não me odiavam, vovó. – Comentou com os olhos marejados.

—Ninguém odeia você, meu anjo. Você é um garoto maravilhoso. Aquelas outras pessoas que eram ruins, mas nem elas te odiavam. – Ele não estava certo disso, mas o importante era que a família o amava e ele sabia a origem dele. – E você, Henry, já recebeu resposta das universidades?

—Algumas, mas ainda não abri. Quero esperar a mamãe estar recuperada para abrirmos juntos.

—Ele vai ser aprovado em todas. – John cutucou o irmão.

—Eu ainda não sei o que quero fazer da vida.

—Erramos muito com a sua mãe nessa parte. – Renée lamentou ter permitido que o marido obrigasse a filha a fazer um curso que ela odiava. – Faça aquilo que o seu coração desejar. Não precisa fazer nada para agradar os seus pais. Sei que eles vão te apoiar no que decidir. E eu também.

—Obrigado, vó. Agora, será que não é melhor ir ver se o vovô ainda está vivo? – Apontou na direção da cozinha.

—Provavelmente eles já devoraram todo o sorvete. Vamos antes que seja tarde demais.

[...]

—O que aconteceu com a sua perna? – Joshua olhou com desdém para o primo.

—Cadê a Lucy? – Apesar da diferença de idade entre Matthew e Lucy (ele tinha 14 e ela 8), os dois eram grandes amigos e parceiros de travessuras.

—Lucy está com os nossos outros avós. – Tom explicou.

—E eu machuquei o tornozelo e tive que fazer uma cirurgia.

—Ninguém me contou que você tinha se machucado. – Emmett reclamou da falta de informação sobre os sobrinhos. – O que mais está acontecendo naquela casa maluca?

—Acho que é por isso que ninguém te conta nada, pai. – Jane resmungou acenando para as primas.

—Vejamos. – Hayley levou a mão ao queixo. – Agnes está grávida.

—O quê? – Emmett piscou várias vezes assimilando a informação.

—Tio Edward já matou o Combo? – Matthew torcia para que sim.

—Ele não quer que o Chris cresça sem pai. – Tom concordava com a decisão do pai.

—Já tem nome? Com quantos meses ela está? E por que ela não desceu?

—Sim. Vai ser Christopher Edward, é claro que só vamos chamá-lo pelo primeiro nome, o segundo foi só para amaciar um pouco o papai. Acho que está com quase quatro meses. E talvez ela não tenha descido para evitar ouvir críticas. – Hayley saiu em defesa da irmã mais velha.

-Não estou criticando. – Emmett se defendeu.

—Está sim. – Rosalie o repreendeu. – Como está a Bella?

—Bem. Deslocou o ombro, quebrou algumas costelas, mas está bem. – Amanda torcia pela rápida recuperação da mãe.

—Nossa! Eu queria tanto morar com vocês. Cada dia é uma aventura diferente. – Matthew sorriu para os primos.

—Vamos deixá-los pelo menos entrar, por favor. – Esme abriu espaço para os netos entrarem. – Como vocês estão, meus amores? – Beijou e abraçou os quatro.

—Eu fiquei tão preocupada, vó. – Hayley confidenciou e Rosalie a abraçou.

—Sua mãe é forte, vai ficar bem.

—É, a Bella é dura na queda. – Emmett conhecia muito bem a cunhada. – Não duvido nada que amanhã mesmo ela já esteja de pé. Quando o seu pai a deixou cair e ela rachou a testa...

—Essa história eu não conheço. – Amanda achava que Hayley já tinha contado todas as histórias sobre a família.

—Eles eram adolescentes e tentaram recriar a cena de Dirty Dancing. – Carlisle se lembrava muito bem do desespero que Charlie sentiu quando soube que a filha tinha se machucado. Foi preciso muito esforço para impedir que Charlie esganasse Edward.

—O que é isso?

—É um filme mega antigo. É bem legalzinho, na verdade. – Hayley se virou para a avó. – Podemos assistir, vó?

—É uma ótima ideia, querida.

—Vou preparar a pipoca. – Carlisle avisou. – Vocês vão ficar?

—Não. As crianças têm aula, amanhã.

—Pai, ainda é cedo. A vovó vai deixá-los assistir filme e comer pipoca.

—Sua avó não era tão legal quando eu era criança. – Emmett resmungou e Esme apertou a bochecha do filho.

—Pais são para corrigir os filhos e avós são para estragá-los.

—Avós são bem mais legais. – Jane suspirou e se despediu das primas.

—Me manda mensagem quando a sua mãe estiver em casa. – Emmett deu um abraço nos sobrinhos.

—Podem nos ligar a qualquer hora. – Rosalie avisou e Hayley sorriu, agradecida. – Amo vocês. – Acenou se despedindo.

—Eles são legais. – Tom constatou. – Mas são tão diferentes de nós.

—Acho que nós que somos diferentes do resto do mundo. – Tyler ajeitou as muletas. – Vou ajudar o vovô com a pipoca.

—E nós vamos procurar pelo filme. Será que tem na Netflix? Vocês sabem mexer com isso, não sabem? – Esme não entendia muito de tecnologia.

—E aí, vô? Como andam os negócios?

—Vão bem. Seu tio tem feito um excelente trabalho, mas precisamos encontrar o próximo presidente.

—Tenho interesse. – Carlisle quase deixou a vasilha com a pipoca cair no chão.

—Como é? – Colocou a vasilha em cima do balcão.

—Eu gostaria de trabalhar pra vocês. Não sou tão inteligente quanto o Henry, na verdade, eu não sou nada inteligente, mas aprendo rápido, se me explicarem várias vezes e bem detalhadamente.

—Tyler, eu sei que você é inteligente. Mas não posso aceitar que você venha trabalhar conosco.

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—E por que não?

—Porque você iria morrer de tédio. Você não nasceu para ficar trancado em um escritório. Tem que fazer o que ama.

—E se a minha carreira tiver acabado? Eu acabei complicando a minha lesão e acho que ferrei com tudo, vô.

—Não diga isso. – Colocou a mão no ombro do neto. – Você vai se recuperar. Precisa seguir as orientações dos médicos e tudo ficará bem. Você é o melhor jogador de basquete que eu já vi.

—Quantos jogos de basquetes já viu? – Perguntou rindo. – Bem que eu gostaria de ser o novo Jordan. Ou o novo LeBron.

—Tyler, um dia um garotinho vai estar conversando com o seu avô e sabe o que ele vai dizer? – Tyler negou. – Que ele sonha em ser o novo Tyler Cullen. Não desista do seu sonho. Eu o proíbo. – Apontou o dedo para ele e pegou a vasilha com a pipoca. – Nunca desista dos seus sonhos. Eu acredito em você. E torcerei por você, sempre.

—Obrigado, vô. – Deu um abraço nele.

—É o que eu deveria ter feito com o seu pai. O apoiado. Estou feliz por ter uma nova oportunidade.

—Esquece o passado, vovô. Se as coisas tivessem sido diferentes, o papai talvez não teria casado com a mamãe e eu não estaria aqui. Tudo tem um proposito.

—É, mas eu poderia ter facilitado um pouco as coisas.

—Isso é. – Os dois riram. – Desencana, vô. Está tudo certo e estamos todos bem. É melhor levarmos essa pipoca antes que a Hayley dê um chilique.

[...]

—Esse filme é tão lindo. – Hayley secou uma lágrima e Tom bocejou.

—Eu achei um tédio.

—Jura que o papai e a mamãe tentaram fazer aquela cena da dança? – Amanda riu imaginando a cena.

—Na primeira vez deu errado. A Bella quebrou o nariz. – Esme balançou a cabeça. – Mas no baile deu certo.

—Aquele baile foi incrível. – Tyler era muito grato ao pai por ter organizado o baile para ele. Ele não chegou a ir ao baile da escola. O pai do par dele não deixou a filha ir com Tyler. A filha não iria sair com um garoto negro, foi o que ele disse. Tyler ficou muito triste, mas a família o ajudou a superar.

—Ei! – Hayley olhou para a irmã. – Você disse papai e mamãe. – Amanda encolheu, envergonhada.

—Eles são meus pais.

—E nós somos seus avós. – Esme passou o braço em volta da neta.

—Eu não consigo entender isso. Como podemos ser todos iguais para vocês?

—Vocês não são todos iguais. – Carlisle desligou a televisão. – Vocês são diferentes e são nossos netos. O sangue não é tudo. Quando a Bella disse que estava grávida, nós amamos o Henry no mesmo instante. E o mesmo aconteceu quando eles disseram que iam adotar a Agnes.

—Não dá para explicar. – Esme completou. – O que você sente pelo Chris?

—Estou empolgada por ter um sobrinho. Acho que quando ele nascer eu vou amá-lo.

—E se o Tom tiver um filho, você acha que vai amá-lo mais?

—Não. Os dois serão meus sobrinhos. – Amanda riu. Era mesmo difícil de explicar, mas ela entendia.

—O amor é algo inexplicável, não é mesmo? – Esme beijou os cabelos da neta. – Agora é hora de irem dormir. Já está tarde.

—Só vou ligar pra vovó Renée pra saber se a Lucy e o Colin estão bem. – Hayley avisou e Tyler riu. – O que foi?

—Você se parece tanto com a mamãe.

—A Agnes também. Ela mandou uma mensagem perguntando se estamos bem.

—Ovelhinhas unidas devem permanecer unidas. Sempre. – Amanda olhou para os irmãos esperando uma confirmação.

—Sempre. – Os três concordaram. Eles sempre se apoiariam.