Damianos dormia sereno. O rosto imberbe nada lembrava a carantonha que lhe foi dirigida no dia que domou o alazão. Laurent riu, há duas semanas, nem sob tortura admitiria a beleza alheia, tampouco, cairia nos encantos daquele cavalariço, mas agora. Não somente estava preso num abraço apertado, como não desejava mais sair dele. Acostumado a solidão, em pouco tempo fizera daquele aperto possessivo, um abrigo acolhedor. Se fosse permitido eternizá-lo o faria, todavia, a luz natural da gruta não demoraria em ceder lugar ao breu da noite. Do mesmo modo, a realidade logo convidá-los-iam a deixar aquele oásis onde encontraram paz.

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