Ervas daninhas
Descortesia
Estava demais. Quantas ervas daninhas aquela intrusa acharia no jardim? Queria esfregar na cara dele que havia abandonado o cuidado com sua própria casa? Não mesmo! Abriu a porta com uma força desnecessária, sentindo a claridade agredir os olhos desacostumados, dirigindo-se o mais rápido que pudesse até ela.
— O que faz aqui? — Inquiriu, bravo.
A senhora o olhou, surpresa.
— Cuidando das suas flores.
— E quem foi que mandou?
Ela deu de ombros.
— Esse jardim está malcuidado — retrucou, malcriada.
Sem pensar, ele bateu no pote de sementes, que caíram.
Diante daquele homem iníquo, Ino quase chorou.
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