Capítulo V - Meu adorado Arqui-inimigo;

Meu adorado Arqui-inimigo;

Por meio desta carta, quero que saiba que não me arrependo de ser um vilão. É bom ser mau; é bom não ter que se importar com ninguém; é bom não ter que abaixar a cabeça ou proteger quem não merece proteção; é bom saber que no bitafe de minha isolada lápide algum dia tudo que estará escrito – ao invés de carinhosas mentiras – será, simplesmente, “vilão”.

Mas, acima de tudo, é bom saber que, se um dia eu sumir, será você quem sentirá minha falta – afinal, qual o propósito da luz sem a escuridão?

Com carinho; seu Vilão.