A tempestade dentro de mim trovoava cada vez mais.

Um lamento raivoso que vinha de não sei onde por não sei qual razão.

Diariamente tomando pequenas doses de você como uma viciada. Um veneno doce, silencioso, que cada vez mais espalhava a chuva como efeito. Eu tomei longas doses de um amor ilusório acreditando que era a tua mão que cravava a seringa.

Mas que tola fui ao perceber que eram os meus dedos ali o tempo todo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Acreditei que a abstinência havia apenas começado e antes que desse por mim olhei para trás e vi os longos meses que chorei tua ausência sozinha. Apaguei as fotos como se quebrasse parte por parte da minha alma, como uma boneca russa. Pouco a pouco voltando ao meu cerne infantil com lágrimas que seguram o peso do mundo todo.

“Meu mundo era nossa casa.”

O soco no estômago com que a falta da droga me presenteou trouxe um gosto amargo até minha boca. Lamentei patética a ânsia que pensar na possibilidade me causou. Eu não sou perfeita afinal. Eu sinto inveja de seu novo usuário. Ossos do ofício.

Sou só uma escritora cheia de raiva.

E de amor.

E de vazio.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.