Limpo minhas lágrimas.

Entendo todas as palavras que Hugo me ofereceu. É como sempre diziam e eu nunca acreditava, sangramentos ajudam a crescer. Sempre entendia como machucados ou sangue de verdade, hoje vejo que existem tantos tipos diferentes de sangramentos. E as lágrimas é um deles.

Também sempre vou amá-lo de uma forma que não sei explicar, como o primeiro amor, o amor de verão, como aquele que me ajudava a fazer curativos, que secava as lágrimas e que me ajudava a entender.

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Suas palavras tem novamente os mesmos efeitos. Temos nossa história épica.

Guardo a carta e arrumo minhas malas. Ignoro as paredes brancas me julgando, finjo que não me importo com os móveis que demorei tanto para escolher, esvazio a geladeira e entrego a sacola a uma pessoa que vaga perto do prédio. Aparato.

Vejo a grama verde, o balanço na árvore, a casa exatamente do mesmo jeito que deixei quando parti. O cheiro de comida me faz sorrir, sei que eles estão ali. A família toda, rindo das piadas idiotas de James, perguntando sobre o trabalho de Albus, desejando que eu estivesse ali também.

Quando minha mãe abre a porta e me encontra o sorriso é sincero, o abraço apertado. Estou de volta. Escuto palmas, meus irmãos me abraçam. James me apresenta a esposa, perdi o casamento dele. Albus continua solteiro. Ele parece satisfeito em me ver, como se soubesse exatamente meu processo até aqui.

Decido que preciso mais do que um apartamento vazio, mais do que todas as manhãs sozinha, mais do que festas e romances. Muito mais do que arrependimentos de uma vida. Preciso de escolhas certas, de família, de histórias reais. E mais do que isso tudo, preciso de mim. Me encontrar. Saber que sou única. Com pessoas ou sozinha.

Ser apenas Lily.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.