O que vou fazer nesta meia hora

Nesta grande meia hora

É um questionamento a ser sanado.

Talvez eu pense, talvez eu mato.

Ansiedade é sempre um fato.

Assim vou saber o que eu faço.

Não seja ingênuo.

Esse livro não vai acabar.

Ele é infinito.

Ele é enorme.

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Minha raiva e minha angústia

Talvez nunca irão cessar.

Mas elas dão pausas.

Isso eu confesso.

Mas sempre tem um segundo round.

Um terceiro, um quarto, um quinto

Um infinito e além.

A gente tomba e a gente cai

Mas a gente levanta.

Por que se ficar no chão, amansa.

E a vida não vai parar.

Deixa crescer...

Deixa viver...

Deixa andar.

A onda do mar leva

Leva pra não mais voltar.

Se volta, volta com fera

Mas a fera é sua, há de amansar.

Deixa crescer...

Deixa viver...

Deixa andar!

Eu adoro ver o mundo acabando.

Sei que é esquisito, e há de julgar.

Mas aí a culpa já não é minha.

Já não fale comigo, é de Iemanjá.

O tarot não me contou

O que vai acontecer.

Talvez eu nem deva saber.

Melhor assim, há de ser.

Prever é o meu melhor

Mas bem, nunca há de fazer...

Os números só se repetem.

Não deviam.

Não sei o que significam.

Pra mim, tanto faz.

Eu não consigo salvar o mundo.

Ele é muito grande!

Nem é justo querer isso de mim.

Minhas causas, minhas lutas.

O mundo com as dele.

Já não é comigo, é com eles.

Minha gana e minha garra me protegem.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte

Não temerei mal algum

Pois sei que estou comigo.

Minhas atitudes, ainda que poucas,

São certeiras

E não são reles.

Virão a ter um propósito, você verá.

Não são à toa.

Ela virá.

Como diria o poeta:

Deixa acontecer na-tu-ral-men-te...

Eu não quero ver você chorar!

Deixa que o amor encontra a gente...

Nosso caso vai eternizar...