Neville observou Ginny sentando-se em sua cama, odiava o olhar de preocupação que a ruiva lhe lançava. Os anos com a sua avó, o fizeram sempre odiar qualquer excesso de preocupação partindo dos outros. Ele não era um ser inútil e frágil que se quebraria qualquer coisa. Ainda mais após os horrores da guerra.

— Você está bem, Nev? — Questionou.

Antes de começar falar no entendo, Neville lançou um abaffiato em torno do quarto, aproveitando para selar a porta do dormitório masculino, para ninguém os incomodar. Não sabia ao certo como falaria com Ginny, mas precisava urgentemente desabafar com alguém.

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— Lembra quando você contou para mim e para a Luna, que você sonhava com ele. — Murmurou, ignorando a pergunta da ruiva. Seus passos de um lado para o outro, demonstrava todo nervosismo que sentia.

— Sim. — Respondeu, sem deixar que Neville notasse o arrepio que sentiu em sua nuca ao lembrar-se de Tom Riddle. Era como se o tempo todo ele estivesse ali, próximo dela.

— Eu acho que está acontecendo a mesma coisa comigo e com Nagini. — As palavras saíram com pressa, quase vomitadas e incompreensivas. Era quase sufocante o que sentia, mesmo passando-se um ano do fim da guerra.

— Como assim, Nev?

— Eu tenho sonhado quase todos os dias com ela, mas não em forma de cobra e sim do que ela já foi. — Respondeu, detendo-se finalmente e sentando-se em sua casa ao lado da amiga.