O Amor em Teus Braços
Capítulo 22 - Vou cuidar de você
Capítulo 22 – VOU CUIDAR DE VOCÊ
No capítulo anterior:
– Alô? Atendi meio inconsciente, mais preocupada onde o Edward estaria.
– Oi princesa já estava com saudades.
Aquela voz levemente rouca me arrepiou completamente, mas foi um arrepio... bom.
– Edward, onde você está? O que está fazendo aqui, doente e...
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Virei-me e dei de cara com um par de olhos verdes e aquele sorriso torto, aquelas coisas que definitivamente me tiravam o fôlego.
– Estou bem aqui amor...
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Pov Bella
Ele me abraçou com cuidado, seu cheiro familiar despertando os meus sentidos. Aconcheguei-me ainda mais no seu peito e mais uma vez estávamos em nossa bolha particular.
– O que está fazendo aqui irresponsável? Alice questionou fazendo com que nos afastássemos um pouco. Mas em nenhum momento tirou as mãos de mim, pelo contrário.
– O mesmo que você querida irmã, vim pra aula, como pode ver.
– Mas você não pode! Deveria estar na cama pra se recuperar mais rápido e não aqui idiota! Sabe muito bem que quando tem essas crises alérgicas tem que repousar, lembre-se da última vez...
– Por que não cuida da sua vida e me deixa em paz Alice? Estou onde deveria estar e ponto. Além do mais, não é da sua conta. Interrompeu-a.
– Da minha mesmo não, mas a mamãe vai adorar saber que está fora da cama, pior, de casa.
– Não coloca a mamãe nisso, depois converso com ela e como já disse antes não é da sua conta! Dessa vez ele falou bem sério.
– Edward, não precisa falar assim com ela. Murmurei baixinho.
– Ótimo. Respondeu e deu as costas indo em direção ao pavilhão de aula.
– Droga! Alice espera! Gritou, mas foi em vão, ela já desaparecia pelo corredor seguinte.
– Nossa Ed, pegou pesado com a anã. Vai ter que implorar desculpas... Emmett falou.
– Não deveria ter falado assim, sabe que ela só quer o seu bem. Jasper falou e foi atrás dela.
– É, eu sei. Mas essa mania de se meter em tudo é irritante. E sinceramente não estou com humor pra lidar com isso hoje.
– Eu também estou indo, vamos Emm? Rosalie perguntou.
– Sim ursinha, já está na nossa hora. Vocês não vem?
– Sim, já estamos indo, podem ir na frente. Ele respondeu respirando rapidamente.
– A propósito irmão, fiz o que me pediu. E depois conversamos...
– Obrigada irmão. Mas aconteceu algo?
– Nada demais, já dei um jeito, mas o basta tem que ser seu, se é que me entende.
– Perfeitamente, e mais uma vez obrigada.
– Estou às ordens!
– Nós também estamos indo, vejo vocês na aula. Rose falou, Ângela e Ben, seguiram com eles e ficamos os dois no mesmo lugar.
– Como você está? Edward perguntou acariciando minha bochecha com a ponta dos dedos. Apoiei meu rosto contra sua mão, tentando prolongar aquele contato mais um pouco.
– Bem, ao contrário de você. Não deveria ter vindo Edward, ainda está com febre? Olhe só como está respirando!
– Não amor, a febre passou com o remédio que a mamãe me obrigou a tomar mais cedo. Só estou com um pouco de sono, mas não ia conseguir dormir sabendo que te deixei sozinha aqui justo no primeiro dia. Enquanto a respiração é normal quando tenho essas crises, logo passa, já estou medicado pela dona Esme. Eu prometi que estaria aqui lembra?
– Eu sei, mas não deveria se arriscar! E se piorar por minha causa? Além do mais, não estava sozinha, seus irmãos ficaram comigo o tempo todo.
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– Mas, vocês não podem ficar vinte e quatro horas comigo amor, tem as suas vidas e coisas pra fazer...
– Do que me chamou? Repete. Ele pediu levantando meu rosto em direção ao seu.
– O... O que? Gaguejei hipnotizada por aquele olhar como sempre acontecia quando me olhava daquele jeito.
– Fala de novo, por favor! Não sabe o quanto esperei te ouvir me chamar assim.
Só então me dei conta que o tinha chamado de amor... Foi tão espontâneo, natural...
– Amor, o meu amor... Murmurei e ele me beijou. Seus lábios quentes moviam-se vagarosamente nos meus, como a carícia de uma pluma. Suspirei entre o beijo absorvendo seu hálito levemente adocicado, com gosto de algo que não saberia definir muito bem. Abri os olhos e vi os seus me observando antes de fechar novamente, e ele recomeçar o beijo, dessa vez mais intensamente, mas sem deixar de ser carinhoso. Sua língua pedindo passagem e entrelaçando-se com a minha no momento em que cedi, numa dança só nossa, sentindo seu suspiro quase em coro com o meu ao nos rendermos. Ele começou o beijo e teve que terminar, eu não tinha forças para mais nada a não ser continuar apoiada contra seu peito forte, enquanto depositava um beijo carinhoso na minha testa antes de nos olharmos novamente.
– Minha princesa, meu amor. Eu te amo demais Isabella, chega a doer.
– Eu também, não sei explicar, por em palavras, só sei que é grande, intenso, verdadeiro e se estou longe dói, dói demais...
– Nunca mais vamos ficar longe um do outro, eu prometo amor. Me promete também, não suportaria ficar sem você e mesmo que não me queria mais, eu vou estar aqui, ou aonde estiver.
– Eu prometo! Estarei aqui, enquanto me quiser.
– Sabe que estamos falando de para sempre não é?
– Enquanto Deus permitir.
– Ele irá querer, está nos abençoando agora, porque o amor é uma dádiva divina, e é isso o que sentimos um pelo outro.
– Sim, eu sei, posso sentir aqui. Peguei a mão dele e pousei sobre o meu coração e ele fez o mesmo, enquanto novamente me beijava entrelaçando nossas mãos entre nós.
– Ai vocês são tão lindos!
Ouvimos alguém murmurar e rapidamente me separei dele, e como se não bastasse o meu equilíbrio precário e a falta de sorte, acabei tropeçando e só não cai porque seus braços me seguraram rapidamente.
– Está tudo bem amor? Perguntou me tocando em todos os lugares possíveis.
– Sim amor, não foi nada.
– Tem certeza?
– Sim, sim, nada fora do lugar nem mesmo a minha total falta de sorte e coordenação motora. Ri pensando em como ao menos isso não tinha mudado após o meu “acidente”.
– Bem garotos, desculpa atrapalhar, mas as aulas já começaram. Se bem que a essa hora não há muito o que ver mesmo, vocês não vão para a sala?
Olhamos em direção a voz e enfim nos demos conta que era a tia Patrícia quem estava falando. Ruborizei por ela nos pegar em situações como essa, ainda mais duas vezes no mesmo dia, e o Edward riu, passando os dedos pela minha bochecha corada.
– Vamos sim Sra. Webber, só estávamos conversando um pouco.
Estremeci só de pensar em entrar naquela sala. Tudo bem que estaria com o Edward e ele não deixaria nada de mal me acontecer, mas ainda assim... Ele deve ter percebido, porque me abraçou ainda mais apertado, beijando meus cabelos.
– Ok garotos. Eu já estou indo pra casa e querem saber? Acho que deveriam fazer o mesmo. Ela riu ao final da frase murmurando baixinho e nós acompanhamos.
– O que você acha princesa? Vamos para casa?
– Por mim tudo bem. Murmurei com certo alívio, mas ao mesmo tempo um pouco triste por ter de deixá-lo.
– Então está decidido, vamos para casa, afinal você mesma disse que preciso descansar. Ele falou e nós rimos.
– Sim, tem que descansar mesmo pra ficar bom logo e vê se toma os remédios direitinho que a tia Esme pediu. Falei me inclinando e depositando um beijinho nos seus lábios, minha mão boa involuntariamente acariciando seus cabelos da nuca, seu corpo estremecendo em resposta, o rubor voltando com força total nesse simples ato.
– Amo você, se cuida tá? Pedi o soltando.
– Eu também amo você, mas onde pensa que vai Srta Isabella? Perguntou enlaçando a minha cintura.
– Para casa Edward, assim como você já esqueceu? E ele riu provavelmente da confusão estampada no meu rosto.
– Já estou indo garotos. Tia Patrícia já caminhava em direção ao carro e minha confusão aumentou ainda mais.
– Justamente, vamos para casa, a minha casa... Afinal é obrigação da namorada cuidar do namorado doente não é?
Olhei para a tia Patrícia e ela sorria abertamente e acenou com a cabeça enquanto saia.
– Não preciso ir buscá-la certo Edward? Só não a leve muito tarde ok?
– Sim, senhora Webber, pode deixar.
– Confio em você, e ah! Juízo garotos! Praticamente gritou enquanto chegava ao carro e dava a partida.
Olhei novamente para que ele que sorria abertamente.
– E então amor, vai cuidar de mim? Murmurou baixinho no meu ouvido, e foi a minha vez de estremecer.
– Vou cuidar de você... Foi tudo o que consegui murmurar de volta, antes de sentir seus lábios contra os meus mais uma vez.
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