— Tem certeza disso?

— Do tempo que estou plantado aqui? Só não digo ser absoluta porque precisei ir até a banca de jornais.

Wesley ponderou um pouco antes de responder:

— Já chego aí.

E foi rápido mesmo. Apenas pagou a sopa de tomates que estava tomando e rumou para o lugar onde Raul se encontrava. Foram instantes até o carro importado parar entre um posto de combustível e um mercado. O homem bem vestido desceu e se encontrou com o rapaz. Sentaram em um banco e retomaram a conversa:

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— O casal está trabalhando, ao menos, umas 14 horas diárias. Eles saem às 6h30 e retornam às 22h.

— Humm… é provável que tenham arrumado trabalhos de meio expediente. Se for isso mesmo, em pouco tempo terão dinheiro suficiente para me pagar.

— E isso é bom, não é?!

— Em parte, Raul. Em parte. Tem hora que outras coisas têm mais valor que o dinheiro.

— Ouro? Diamantes?

Wesley olhou para o rapaz, meneando negativamente a cabeça.

— Tu não tem muita experiência de vida, né? Não percebeu que eu quero é a putinha da irmã do Antônio? É aquela bucetinha semi-nova que me interessa.

— Ah tá. Agora sim.

— Até que enfim.

— Bom, chefe. Ela tem saído com boa frequência durante o trabalho dos parentes. Quase no mesmo horário.

A conversa interessou a Wesley.

— E o que mais?

— Tem saído sempre acompanhada.

Wesley se enervou:

— Como é que é?

— Calma, chefe. É com uma colega dela. Uma galega muito bonita, que vez ou outra aparece aqui. Geralmente a espera na rua e a moradora do prédio a encontra.

— Ah tá. — O coiote se tranquilizou mais. — E homens?

— Não vi nenhum.

— Certo, Raul. De agora em diante você vai fazer o seguinte…

E foi quase sussurrando que ele passou novas coordenadas para o seu comparsa.