Capítulo 18

Argos saiu ficando apenas eu e o Jake.

-E então, como anda seu lance com a Lucy?

-Bom – respondeu ele com um certo desanimo

-O que foi, Jake?

-Ela é muita... Sei lá – respondeu ele se levantando

-Convencida? Pegajosa? Retardada?

Ele me olhou e riu.

-Você não gosta dela, não é?

-Não e vejo que você também não gosta

-Tsc

-O que você acha da Rose?

-Ela é legal, divertida. Você sabe que ela me ligou me convidando para sair?

-Ligou? – indaguei me fingindo de surpresa

-Foi... O engraçado é que não me lembro de ter dado meu numero á ela – disse ele me lançando um olhar acusador

-Tá, você venceu, eu dei sim e daria de novo se ela pedisse.

-Você não podia fazer isso – me recriminou ele

-Tem toda a razão, só que não sou de obedecer regras.

-Mesmo assim, Valquiria.

-Nem vem Jake, eu não me arrependo.

-Que discussão é essa? – perguntou Argos entrando

-Nada – respondi desconversando

-Só vou dizer uma única vez, eu não quero discussão entre vocês dois aqui em casa. Estamos entendidos?

-Sim senhor – dissemos

-Que bom. Agora venham, quero lhes mostrar uma coisa – disse ele saindo para a cozinha.

Nos olhamos e o seguimos. Ao chegarmos na cozinha, na bancada havia algumas seringas junto com vários tubos cheios de sangue.

-O que significa isso? –perguntei

-Isso – respondeu ele pegando um tubo – é sangue sintético, seu alimento a partir de agora.

-Sangue sintético? – indaguei

-Sangue criado em laboratório, se assemelha bastante ao sangue de um humano – disse ele.

-Vamos ver – disse Jake pegando uma seringa e um tubo

Ele injetou o sangue na sua veia, segundos depois continuava calado.

-E então? – indaguei receosa

-Dá pra descer

-Agora é a sua vez, Valquiria – disse Argos estendendo uma seringa para mim.

“Não tenho nada á perder”

O sangue sintético muito lembrava o sangue humano, mais ardeu quando entrou no meu corpo.

-Você está bem, Valquiria? – indagou Argos

-Tô – disse

-Argos, quem criou isso? – perguntou Jake

-Uma amiga minha já algum tempo – respondeu ele colocando as seringas dentro duma caixa

-Você quer que a gente se vire com essas seringas, é isso? – indaguei meio cética

-Na verdade, acho que os comprimidos são melhores para vocês – disse ele tirando duma gaveta duas caixinhas brancas.

-Caixinha bonitinha – cometei

Argos riu e nos entregou as caixinhas, uma para cada um.

-Não mostrem para ninguém – alertou ele

-Sem problema – dissemos

-Agora podem ir