Capítulo 2

~Luna~

Sinceramente? Eu não sabia o que fazer. Eles realmente não vão fazer nada?

- Você! – Falei apontando para o famoso Percy. Ele pareceu se assustar, mas eu não liguei. – Vá até lá e ajude eles! Dizem que você é corajoso e tudo o mais, mas está aí parado, assistindo!

Todos me olhavam chocados. Claro, eles não sabiam quem eu era, mas eu sabia quem eles eram.

- Quer saber? Se vocês não vão ajuda-los, eu vou. – Bradei impaciente.

- Não Luna, eu te proíbo. – Quíron determinou em um tom autoritário. Todos os olhares se voltaram para ele. Nenhum campista, incluindo eu, havia ouvido ele falar daquele jeito antes.

Eu vou e não é você quem vai me impedir. – Eu desafiei, não recebendo nenhuma forma de resistência.

Encarando como uma autorização, eu me virei para olhar o trio estranho fora do acampamento. Faltava cerca de dois metros para eles chegarem na barreira, com o monstro no encalço deles. Corri para perto da barreira, apertando a pedra do meu bracelete e transformando-o em uma espada, como se fosse uma extensão do meu braço. O cabo dela era feito de bronze celestial, bem como a guarda mão. Na lâmina, que era feita de ferro estígio e composta de vários tons de azul-escuro, havia o desenho de uma lua. Eu arremessei a espada e fechei os olhos, sentindo-a passar raspando por entre o trio que estava no caminho. Como eu sei disso? Bom, digamos que a espada e eu somos uma só. E ela acabou de me dizer que eu acertei o monstro. Eu abri os olhos devagar, afinal, eu ainda controlava a espada. Uma vez que os abri totalmente, pude ver o trio a um passo de entrar no acampamento e me apressei. Fiz a espada sair do local em que acertara a criatura e a direcionei contra ele novamente, em seguida a guiando de volta para dentro da barreira. Me direcionei para a divisa da barreira e ajudei o trio a entrar. Chamei Will, um dos filhos de Apolo que geralmente cuida dos feridos, e pedi que olhasse a perna esquerda da garotinha, que parecia machucada.

~Will~

Quando aquela garota, acho que Quíron a chamou de Luna, me chamou, eu me assustei mais do que se eu estivesse em batalha. Eu achei que seria alvo das críticas dela, igual ao Percy. Mas não, ela queria que eu ajudasse a garota, o que me surpreendeu.

- Ok, qual o seu nome? – Perguntei gentilmente à garotinha.

- Lauren. – Ela me respondeu docemente.

- Lindo nome Lauren, eu sou Will. – Eu disse enquanto examinava a perna dela.

- Você é filho de qual deus? – Ela inquiriu curiosa.

- Apolo. – Afirmei com orgulho. Eu adorava meu pai.

- Eu sou filha de Deméter. – Falou ela.

- Lauren, filha de Deméter? – Luna disse como se fosse algo inacreditável, o que achei estranho.

- Moon? – A garota perguntou curiosa.