Os Mistérios do Amor
Fique longe (Cam)
LEIAM AS NOTAS FINAIS E INICIAIS
P.O.V. Cameron
No domingo de manhã, logo após Sammy decidir que não iria se mudar com a mãe, eu estava radiante. Estava tomando café quando Emma se aproximou:
—Cam, você tem que parar agora. - Eu olhei para ela.
—Eu só estou comendo.- Respondi com a boca cheia de pão.
—Não, Cam. Você tem que parar de brincar com os sentimentos da minha amiga. - Ah, era sobre isso que ela estava falando.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!—Para de paranoia, Emma. Eu não tenho nada com nenhuma de suas amigas.
—Eu já disse, Cameron. - Ela me encarava com raiva.- Não quero que se envolva com ela. Vai acabar partindo o coração da coitada.
—Você já parou para pensar que eu posso não ser o cara que você me pinta, Emma? - Ela não tinha o direito de falar de mim.
—Sua fama te precede, Cameron. - Seus olhos eram fixos nos meus.
—As pessoas podem mudar, irmãzinha. Pense nisso. - Eu tentei me levantar, mas ela me seguiu até a cozinha.
—Ninguém muda tanto assim. - Ela bufou. - Eu estou te avisando, fique longe da minha amiga.
—Ou o que, Emma? - Ri sem humor. - Nem todos são obrigados a fazer o que você manda. Diferente do que o papai, a mamãe e Sam te fazem acreditar, o mundo não gira ao seu redor. - Eu estava irritado. Não aguentava mais a minha irmã tentando controlar todo mundo.
—Eu só quero o bem da minha amiga, Cam.
—Eu também, Em. - Respondi imediatamente.
—Então fique longe dela, você sabe que sempre estraga tudo com seu ego. A Sammy já passou por muita coisa, principalmente com garotos. - E saiu sem me deixar rebater.
***
Na segunda-feira, eu estava na casa de Sam para nossa sessão diária de estudos quando fizemos uma pausa. Numa tentativa de conhecê-la melhor, perguntei:
—Me conte uma coisa sobre você. Algo que ninguém saiba, nem a minha irmã.-Apesar de saber que isso aconteceria, tinha ficado com raiva de Em por não aprovar uma possível relação com Sam.
—Acho que não existe. Eu sou um livro aberto. - Ela saiu em direção a sala. A segui.- Principalmente com Emma.- Confesso que fiquei um pouco incomodado com a capacidade de Emma de entrar em toda e qualquer conversa, mesmo que sendo apenas mencionada.
—Ninguém é tão transparente assim. - Respondi me aproximando. - Pode me contar, eu juro que não vou julgar.
—Na verdade, tem apenas uma coisa que Em não sabe.- Ponto pra mim. Ela deu um passo para trás, ficando encostada no piano. Ela não me olhou e mesmo que ela não falasse já sabia do que se tratava. Eu sorri.
—E o que seria, Sammy? - Perguntei, cercando-a com meus braços. Nossos olhares se cruzaram.
—O nosso beijo. -Bingo.
—Esse foi um fato que eu também deixei só entre nós. - Aproximei minha boca de sua orelha.- Foi bem especial. - Ela assentiu e mordeu o lábio inferior. Como ela podia ser tão sexy sem perceber?
—Não é qualquer garota que pode dizer que beijou Cameron Woods. - Brincou.
—Não me importa qualquer garota. - Retruquei, dando de ombros. - Pelo menos poderei contar a história de quando beijei Samantha Vermond.
—Você fala isso pra todas? - Disse ela com deboche. Que tipo de cara ela achava que eu era?
—Não tem todas, Sam.
—Qual é, Cameron? - Ela negava com a cabeça. - Acha que eu sou boba? Você é um dos caras mais populares da escola. Jogador do time de basquete da escola, baterista de uma banda, ex-namorado da capitã das lideres de torcida. Você tem todas as garotas da escola a seus pés.
—Menos a que eu realmente queria.- Olhei em seus olhos com intensidade. Eu só queria ela, mas não podia. Justo ela. - Essa eu não poderia ter nem se ela quisesse. - Ela abaixou a cabeça. - Ok, eu já fui assim. - Confessei bufando. - Não sou mais. Não tem porque.- Dei de ombros.- Fico mais feliz com um bom dia seu do que passando a noite com alguma outra. Eu realmente gosto de você. - Fui sincero. Fiquei aguardando um sinal de que ela correspondia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!—Você sabe que…- Ela não terminou a frase. Não precisava, ela havia ficado e aquilo dizia tudo.
—Eu sei, Sam. - Passei uma das mãos pelos cabelo, cansado. -Emma é importante demais para nós dois. - Ponderei como continuar.- De qualquer forma, eu fico feliz de ao menos podermos ser amigos.- Desisti, derrotado.
—Ei, Cam. -Olhei para ela mais uma vez.- Só me ajude a lembrar de uma coisa.
Ela disse e me beijou. Sam me beijou. Sem que eu fizesse nada ou pedisse, Sam me beijou. E lá estavam os malditos fogos outra vez. Segurei em sua cintura e a coloquei em cima do piano. Ela passou os braços pela minha nuca e me puxou ainda mais. Ela me levaria a loucura.
A tirei do piano e ela passou as pernas pelo meu quadril. Eu precisava tê-la. A deitei no sofá, ficando por cima. Busquei por alguma pele desnuda e encontrei sua coxa, apertando-a em seguida. Sammy deu um leve gemido. Sorri. Se ela estava assim agora não conseguia nem imaginar em alguns minutos.
Desviei minha atenção para seu pescoço. Precisava dela por completo. Passei a mão por dentro da sua blusa e encontrei o fecho de seu shorts. Ela segurou a minha mão.Ué. A encarei:
—Você não faz ideia do quanto eu quero isso.- Eu sorri, voltando para o seu corpo.- E é exatamente por isso que precisamos parar. - Claro. Emma. Respirei fundo contra seu pescoço antes de me levantar. Ela ficou de pé e eu a puxei para um abraço:
—Depois disso eu só vou ficar mais carente de você.- Disse depois de um tempo em silêncio.
—E uma última coisa: -Ela retrucou depois de pensar.- Só para deixar registrado, eu realmente gosto de você também. - Uma felicidade inexplicável percorreu meu corpo.
***
Na quinta-feira, depois do treino, estávamos na casa de Sammy estudando e, em uma das nossas pausas, ela tirou uma forma e outras três tigelas da geladeira:
—Vai comer tudo isso? - Questionei conforme ela tirava as coisas da geladeira. Ela riu. Aquela risada. Como eu amava o som da risada daquela garota.
—Não, Cam. Vou apenas montar a torta. - Ela me olhou sorrindo.- Tinha deixado as camadas refrigerando.
—Isso é chantily? - Perguntei olhando para uma tigela com um creme branco.Ela assentiu.
—Ainda não provei. Pode ser que esteja sem açúcar suficiente.
—Vamos provar. - Eu disse, tirando o plástico que tampava a tigela e passando o dedo no creme.
Fui levar o dedo a boca, mas Sammy foi mais rápida. Ela puxou a minha mão e colocou meu dedo em sua boca, com um sorriso brincalhão nos lábios. Não pude evitar. Imaginei o que aquela boca não faria em outro contexto.
—Não, o açúcar está no ponto. - Ela disse brincalhona, tirando por completo o plástico que envolvia a tigela.
Rapidamente, a empurrei contra a porta da geladeira e colei nossas testas. Eu respirava ofegante. Precisava dela. A cada segundo eu precisava mais e mais de Sam. De seus beijos, sua pele, sua risada.
Ela me olhou sem entender, me fazendo perceber meu erro. Tenho certeza que o meu olhar era de puro desejo e o olhar dela só frisou o abismo que existia entre nós neste aspecto. Eu me afastei lentamente, constrangido. Ela continuou a conversa como se nada tivesse acontecido.
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