Na saída de um show que haviam assistido juntos, Dean colocou o braço em volta do ombro de Castiel. Este não havia se incomodado com a posição e Dean muito menos.

No caminho até o apartamento de Castiel, Dean dirigiu sem parar de falar sobre como o show havia sido bom e como ele se divertiu.

— Não gostou, Cas? — perguntou para ter certeza. Embora Castiel aparentasse ter gostado, ele não estava com a mesma empolgação.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Usted me dijo que la cantante tenía la música en español — respondeu um pouco decepcionado. — Era bueno, pero yo quería escuchar algo español.

Quando convencera Castiel a ir no show, havia usado o argumento de que a cantora tinha gravado músicas em espanhol, mas isso não era mentira: ela realmente tinha algumas músicas em espanhol, só que Dean não imaginou que as músicas não estariam na turnê.

— Vou procurar algo no rádio.

Dean foi ligar o rádio do carro, mas Castiel colocou sua mão sobre a dele, impedindo-o. Dean estremeceu com o toque e olhou para o moreno, que lhe fitava com um leve sorriso.

— Usted puede cantar — disse Castiel, sem afastar as mãos.

— Eu? — Dean riu. — Não, cara. Não mesmo.

— Usted cantas bien, Dean. — Castiel sabia do que estava falando. No show, ele havia prestado mais atenção em Dean do que na cantora. — Por favor.

Dean parou o carro no sinal vermelho e suspirou. Era impossível negar algo para aqueles olhos azuis brilhantes. Ele fechou os olhos e pigarreou antes de começar a cantar a primeira música em espanhol que lhe surgiu à cabeça. Por ironia do destino, era uma romântica.

— Dos gardenias para ti, con ellas quiero decir — mesmo com os olhos fechados, Dean podia dizer que Castiel estava se aproximando lentamente de si, a cada palavra cantada — te quiero, te adoro, mi vida...

Dean sentiu a respiração de Castiel em seu rosto, abriu os olhos e viu Castiel perigosamente perto; desviou o olhar para suas mãos, que ainda estavam juntas e, antes que pudessem se entregar ao desejo, um carro buzinou, fazendo-os se separar. Ele viu que as luzes verdes do semáforo estavam acesas e acelerou, xingando mentalmente quem quer que tenha buzinado.