Preocupação era o sentimento de Onilé nesse momento. E essa apreensão se dividia para mais de um assunto.

Primeiro, com a terra. Afinal, como orixá dela é sua responsabilidade cuidar e proteger a morada da raça humana. E pelo que contaram a Onilé, e o que ela vinha sentindo, a terra estava sofrendo. Estava sofrendo por suas florestas, seus rios, seus animais e vegetação. Estava sangrando e padecendo pouco a pouco, com as queimadas, o desperdício e a caça descontrolada.

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Sofrendo com o seu possível fim causado pelo desprezo e descuidado dos mortais, a quem a terra dava abrigo.

Outra parte de sua aflição ia para os humanos. Os que sofrem com toda essa maldade e os que praticam ela. Tinha preocupação por vê-los destruindo tudo o que tinham com o pensamento ilusório de que a terra nunca iria ceder, nem que seus benefícios iriam acabar.

Onilé se preocupava também com os que amavam a Terra e que a tratavam da melhor forma que podiam, não usando agrotóxicos ou qualquer outro veneno, usando a água com cuidado e pegando somente o que era necessário para sua sobrevivência. Onilé via todo esse cuidado e sentia angústia por causa de toda essa atenção ser jogada fora como se não valesse nada.

Mas a orixá da terra não podia se deixar levar por isso. Levantou o queixo e ajeitou as vestes, pronta para salvar a terra.

E livrá-la dessa aflição.