Izanami ficou estática.

Completamente sem reação, apenas assistindo enquanto ele corria, fugia dela. Somente se moveu minutos depois de o perder de vista, se virando, seus olhos colados na paredes do submundo.

Izanagi, seu esposo e irmão, tinha vindo ao mundo dos mortos com o objetivo de levá-la de volta a terra e viver junto dos seus filhos e dele. Porém, a missão não foi comprida , já que assim que a viu ele voltou correndo para a terra.

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Tudo bem que sua aparência não era a mesma de quando estava lá em cima. Izanami tinha morrido, afinal. Era claro que sua pele não estava mais corada, já que seu sangue não corria por suas veias. Ela estava se decompondo, como qualquer cadáver. Era óbvio, o que Izanagi esperava? Que ela pareceria viva estando morta?

Mas mesmo assim, mesmo sabendo disso – porquê não era possível que ele não soubesse disso – seu esposo fugiu dela. Fugiu da sua aparência, sem ao menos olhar para trás. O que mais doeu foi isso. Ele fugiu do que estava por fora, do externo. Se ela tivesse falado alguma coisa, demonstrado algo verdadeiramente repugnante, Izanami entenderia. Embora a aparência fosse um fator importante de alguma forma, o que estava por dentro não era o que valia mais?

Pois então, agora, ela demonstraria o que seu coração sem vida e quebrado pelo abandono, poderia fazer.

A partir de hoje, o submundo e todos do universo, conheceriam Izanami.

A governadora do mundo dos mortos.