Cath, Sara e Warrick estão na sala de conferências revendo os fatos do caso com Grissom pelo telefone, pois o mesmo ainda está na casa da vítima. E enquanto isso, Greg estava terminando de analisar algumas evidências.

Conforme a cronologia dos acontecimentos eram relatadas, o supervisor iria acompanhando Debbie em suas tarefas.

— Então Michael Clark estava morto na banheira — a ruiva comentou — Só não sabemos como ele foi parar lá...

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— Eu investiguei o tapete e a soleira da porta do banheiro — o supervisor disse ao celular — Deu negativo para sangue.

— Então a agressão se deu no banheiro — a morena falou e imediatamente o namorado afastou o celular do ouvido, aquele dia estava sendo o inferno na terra.

— Vou continuar por aqui — o supervisor disse ao telefone e desligando.

Os peritos apenas se entreolharam, ninguém seria louco de falar algo para o chefe, apenas retornaram para seus postos e analisaram melhor as evidências.

Grissom continuava andando pela casa, já estava a horas lá e não saia do lugar, se sentia frustrado, estava andando em círculos. Estava checando cada pedacinho do tapete a procura de vestígios, quando Cath entrou na casa.

— Não me diga que não foi para a casa — a ruiva exclamou.

— Eu estou apenas começando aqui — resmungou — Nem fui aos outros cômodos ainda...

— Você sabe que após 16 horas de turno, você perde o foco! — colocou as mãos na cintura —Você está no seu terceiro turno, vive criticando a Sara por ela ultrapassar os limites e olha só para você —gesticulou para ele — Foi muito além dos limites.

— Estou com fome? Trouxe algo?

Ela o olhou incrédula — Você só pode estar brincando, Grissom! — ficou brava com o amigo — Vem, vamos procurar algo na geladeira, depois nós podemos repor.

— Gill, nós verificamos a ficha de Debbie, ela não é parente de Sara, pode ficar tranquilo — percebeu o alívio o tomando — Você realmente gosta da Sara — sorriu.

— Apenas me preocupo com meus subordinados — revirou os olhos — Me conte o que sabe — tentou mudar de assunto.

Grissom comia algo enquanto Cath revisava tudo o que sabia, assim que o supervisor terminou, eles foram analisar o quarto de Debbie, a ruiva encontrou uma digital na cama e pediu para Sara comparar com as da vítima.

A morena foi para o necrotério, sentiu um arrepio ao entrar naquele lugar, já havia estado ali tantas vezes, não sentia mais aquilo. Abriu a gaveta onde estava a enfermeira, não retirou o pano que estava sobre o corpo, apenas a mão e começou a colher as digitais. Terminou a mão esquerda e iria para a direita, mas lhe bateu a curiosidade e ela levantou um pouco o tecido, para ver o rosto de Debbie.

Em um primeiro momento, ela não notou a semelhança, talvez por não ter dado devida atenção. Segurou o dedão da vítima e coletou a digital, seguiu para o dedo seguinte e assim que terminou olhou novamente para o rosto da vítima, foi então que tudo fez sentido, era ela se viu deitada na mesa.

Grissom estava tentando protege-la de tudo, não queria que ela sentisse o que estava sentindo, teria que se desculpar com ele depois. Ficou mais um minuto ali, talvez desejando que Debbie encontrasse a luz e prometendo que iria pegar o assassino. A olhou por um último minuto e a engavetou novamente, saiu de cabeça baixa e seguiu para o vestiário.

Se sentou e olhou para o chão, ela viu a si mesma naquela sala, estava abalada e precisava conversar com o amante. Catherine entrou no vestiário e a morena não perdeu tempo perguntando sobre o namorado.

— Hey — a chamou — Você viu o Grissom? — tentou disfarçar o tom de voz.

— Ele ainda está na cena do crime — olhou para a morena — Não saiu de lá desde que entrou.

— Eu eliminei ambas as vítimas pela impressão que você coletou na cama.

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— Bem — suspirou — Sabíamos que ela estava pescando no píer da companhia...

A morena apenas balançou a cabeça, voltando para seus devaneios.

— Você hã... — ficou sem jeito — Você viu a ... Debbie? — perguntou curiosa.

— Sim ... — mudou seu tom de voz.

— E?

— É — sem graça — Eu comparei as digitais dela...

— Se não te conhecesse bem — balançou a cabeça — Pensaria que era você naquela mesa...

Sara arrepiou ao ouvir aquilo, ela pensou a mesma coisa. Não queria que a amiga pensasse que ela ficou abalada por aquilo — Eu realmente não prestei atenção no rosto dela — mentiu — Quando você encontrar o Grissom, você diz a ele? — estava se sentindo vulnerável.

Cath parou na porta e a fitou, percebeu que ela estava vulnerável — Tudo bem — sorriu e a deixou sozinha.

Infelizmente, o assassino era esperto o suficiente para saber como destruir as provas e quem teria mais conhecimento sobre DNA do que um médico? A única prova que eles encontraram foi um fio de cabelo grisalho, mas o dono do fio de cabelo usava um remédio anticaspa e somente um suspeito fazia uso disso, não era uma prova concreta, porém eram o que tinham naquele momento.

Na sala de interrogatório, não conseguiram muitas coisas com Dr. Lurie e não podiam abusar também, o suspeito sairia livre e eles apenas assistiriam isso. Grissom queria fazer com que ele se sentisse culpado pelo o que aconteceu e saber que os CSI’s sabiam da verdade.

— Nós achamos que você matou Debbie Marlin porque ela rejeitou você — Brass disse friamente — E que o pobre Michael Clark pagou o preço.

— Obrigado pelo seu tempo e suas teorias — o advogado se manifestou — Mas você mesmo disse, vocês não têm um caso — sorriu vitorioso — Doutor — chamou o suspeito se levantando.

Grissom olhava para baixo, se sentia culpado por não prender o assassino que estava bem em sua frente antes que eles pudessem sair, o supervisor resolveu partilhar dos seus próprios conflitos amorosos.

— É triste, não é, doutor? — olhava para suas mãos — Cara como nós ... — o homem parou na porta para ouvi-lo — Homens de meia idade — olhou em seus olhos — Que permitem que seu trabalho consumisse as suas vidas — seu tom de voz era baixo — A única hora que tocamos outras pessoas é quando estamos usando luvas de látex ... Mas então de repente, a beira dos cinquenta anos temos uma segunda chance — pensou em Sara — Alguém jovem e linda aparece ... Alguém que realmente importa para nós — sorriu ao se lembrar dia em que ela passou mal e ele a ajudou — Ela nos oferece uma vida nova ao seu lado ... Mas nós temos uma grande decisão em mãos para fazer, certo? — perguntou a ele — Porque nós temos que arriscar tudo o que conquistamos — fez uma pausa — Eu sinto que estou a um passo de abrir mão ... Mas você não hesitou ... Você — apontou para ele — Você arriscou tudo! — suspirou — Então, ela tirou isso e deu a outra pessoa .... Você se sentiu traído ... Então, tirou a vida dela ... Você matou os dois e agora não tem nada!

O homem olhava para o supervisor, como ousa falar tudo aquilo — Eu ainda estou aqui! — disse alterado.

— Está? Ou vai ser apenas um fantasma pelo resto da vida? — Grissom perguntou a ele.

O homem não disse nada, apenas se retirou da sala junto com seu advogado, mas Grissom permanece sentado ali, com a cabeça baixa.

— Foi uma confissão e tanto — Brass disse ao amigo, o que o supervisor não sabia é que Sara estava atrás do espelho e ouviu tudo o que ele disse.

— Não conseguimos nada — disse sem entender.

— É, você tem razão — deu de ombros, não iria contar para supervisor que ela estava lá.

A morena saiu da sala conturbada, será que um dia ele iria jogar tudo para o alto e assumir uma relação com ela? Sem receio e sem medo de julgamentos. Estava tão distraída que não olhou para frente e esbarrou em alguém, fazendo com que caísse no chão.

— Desculpa — o homem murmurou e estendeu a mão para que ela levantasse.

— Obrigada — disse pegando em suas mãos e levantando a cabeça.

— Debbie?! — o homem em sua frente a chamou — Eu achei que você estivesse morta — agarrou Sara — GRAÇAS A DEUS

— HEY, ME SOLTA — a morena gritou — ME SOLTA CARA — tentava se soltar.

Todos ao redor pararam ao ver a cena, o homem não a soltava. Grissom ouviu sua namorada gritando e foi até o local para ver.

— Dr. Lurie — o supervisor o chamou — Solte-a, agora

— É A DEBBIE — abraçou a morena mais forte.

— VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO — ela disse mais alto.

— CHAMEM OS SEGURANÇAS — o supervisor disse para as pessoas ao redor — Dr.Lurie ela não é Debbie — tentou o afastar, mas acabou recebendo um soco em sua boca.

Warrick e Nick se aproximaram, ao ver Grissom sendo machucado partiram para cima do suspeito, com muita força conseguiram soltar Sara que correu para os braços do supervisor. Ela estava apavorada e algumas lágrimas teimavam em cair.

— Está tudo bem, honey — a abraçou mais forte — Calma.

O homem continuava gritando por Debbie, Grissom levou Sara para o vestiário e seguido por seus subordinados. O lábio do supervisor sangrava um pouco, então Cath levou um kit de primeiros socorros até ele.

— Esse cara é maluco — Warrick disse

— Aqui maninha — Nick entregou a morena um copo de água com açúcar — Tome tudo.

— Obrigada — moveu os lábios em um falso sorriso.

Cath limpava o machucado de Grissom — Mas ele tem um bom gancho de esquerda — o supervisor fez cara de dor — Já está acabando, aguenta firme.

Brass entrou no cômodo, queria ver como eles estavam — Como vocês estão? — perguntou para os amigos — Foi feio isso aí hein campeão? — se referiu ao supervisor — Sarinha, temos que colher seu depoimento — viu a cara dela de desanimo — É para seu próprio bem.

— Pode ser outro dia? — o supervisor interviu — O dia de hoje já está saturado para ela.

— Tudo bem — Brass ergue as mãos — Vá para casa, querida — disse docemente para ela.

— Vamos Sara, eu te levo — o supervisor se levantou — Vocês terminem os relatórios e depois estão liberados, podem deixar em cima da minha mesa.

Todos concordaram com a cabeça e se despediram da morena, que continuava abalada. Grissom caminhou ao lado dela, com sua mão apoiada em suas costas. Abriu a porta do carro para que ela pudesse entrar e beijou sua testa.

— Vai ficar tudo bem — disse beijando sua testa.