Amar para se libertar.

Butterflied part.2


Grissom estava no banheiro, agachado ao lado da vítima, ainda não conseguia a olhar sem sentir um aperto no peito — “Como podem ser tão parecidas?” — se questionava em seus pensamentos, até pensou na hipótese de elas serem irmãs ou parentes, mas Sara teria comentando algo do tipo.

Catherine entrou tagarelando algo, mas novamente o supervisor estava distraído, era bem comum isso acontecer quando estavam na cena do crime. Se aproximou para visualizar a vítima e se assustou, olhou para Grissom apavorada.

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— Grissom, ela é — fez uma pausa — Ela é idêntica a Sara — voltou a fitar a mulher colocada estrategicamente no chão.

— Eu to assustado até agora com a semelhança — o amigo confessou a ela.

Foi então que tudo fez sentido, Grissom não queria deixa-la entrar por conta disso — Ela é parente da Sara? — não podia deixar de perguntar.

— Que eu saiba, não — suspirou — Não sei se devemos deixar que ela a veja — olhou para a amiga — Ela acabou de se recuperar de todas as outras coisas ... Estou com medo dela surtar de novo — havia um tom de preocupação em seu rosto.

— Griss — ela também não sabia o que fazer — Talvez seja melhor deixar ela trabalhando lá fora e no laboratório, até termos certeza de algo — concluiu a amiga — Só por precaução.

— Eu também acho.

— Uma coisa que eu nunca me acostumo com esse trabalho — suspirou — Qualquer coisa pode acontecer com qualquer um — desabafou com o amigo.

— É ... — olhou para ela — Por isso estamos aqui.

Cath passou para ele todas as informações que conseguiu com a amiga, dessa vez Grissom ouvia atentamente. Começaram a analisar o banheiro, foi então que o susto veio, estava completamente limpo. Passaram o cotonete nos ralos da pia, da banheira e do chuveiro, encontraram sangue, porém continha cloro. O assassino usou cloro para destruir as evidências.

— Então ele mata Debbie no chuveiro, limpa toda a cena e se limpa também — parou por um instante — Por que?

— As respostas estão nos canos — a ruiva respondeu a ele.

Grissom e Cath foram até fora da casa, queriam vem o que os outros CSI’s conseguiram de informações. Sara e Warrick contaram sobre as compras no carro e sobre a teoria de ter sido alguém que conhecia, o supervisor achou uma boa teoria, até porque só tinha essa no momento.

— Preciso que alguém vá para debaixo da casa — ele já sabia quem iria mandar, quando ia dar a tarefa para o subordinado, a morena o interrompeu.

— GREG — disse rindo — Ele é o novato, finalmente vai passar por um dos rituais.

— Vai nessa, campeão — Warrick concordou dando alguns tapinhas nas costas dele.

O mais novo estava prestes a pegar suas coisas quando o supervisor o interrompeu — Na verdade, eu iria pedir para você — olhou na direção do Warrick — Sara.

O grupo tentou não rir da cara que a morena fez, mas foi difícil, dava para notar o ódio nos olhos dela, queria voar no pescoço do supervisor.

“Me aguarde, Grissom, me aguarde”

— Vai lá, Sarinha — Greg deu um tapinha em seu ombro e ela o fuzilou com os olhos.

A morena se paramentou toda, estava se movendo na base do ódio, se agachou para entrar debaixo da casa, mas antes lançou mortífero para o supervisor. Começou a se arrastar em baixo da casa, até chegar na tubulação do banheiro, Grissom a guiava a todo instante pelo ponto em seu ouvido e a câmera em seu capacete de proteção.

Sara coletou o liquido que estava nos canos, coloco-os dentro de potinho de evidência e se rastejou para fora da casa. Grissom deu a ordem para ela e Greg voltarem ao laboratório e analisar as evidências coletadas.

...♥...

Dentro da casa, o supervisor e os dois CSI’s procuravam os produtos de limpeza usados pela vítima, mas não obtiveram sucesso. Chegaram à conclusão de que assassino poderia ter usado os produtos de Debbie tinha em casa para limpar a sujeira e destruir as evidências, Warrick foi verificar os lixos, mas não encontrou nada no lixo dela, bom, no lixo dela. A alguns metros pode notar algumas moscas sobrevoando a lixeira, foi até lá para chegar e se surpreendeu. Ele encontrou um corpo desmembrado e embalado em um saco plástico, logo chamou Grissom para ver e começaram uma caça ao resto do corpo.

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O restante do corpo foi deixando em lixeiras alternadas, dessa forma não chamaria atenção a concentração de moscas. Foram encontradas as roupas, que estavam dobras de uma maneira sistêmica e o aspirador de pó também estava em uma delas. O supervisor ficou aliviado por ter encontrado a tempo, em pouco tempo o lixo seria recolhido e lá se iam todas as evidências que o assassino deixo.

Warrick ficou responsável por analisar o conteúdo do saco do aspirador, Cath aproveitou a carona voltar ao laboratório também, Grissom optou por ficar na casa, queria achar algo palpável além de mais evidencias, aquele caso estava sendo um pouco pessoal para ele.

Sara fazia a análises do cano, quando Greg foi falar com ela — Fiquei sabendo que é uma enfermeira — a morena olhou curiosa, porque só ela não estava tendo detalhes do caso? Estava doida para questionar Grissom.

— Vários cabelos, vários doadores — deu passagem para ele ver no microscópio.

— Parece que ela recebeu alguns amigos — sorriu malicioso — Uma festinha de enfermeiras.

Sara olhou incrédula para ele, ficou ofendida com o comentário — Greg, você não pode mais ficar falando essas coisas, você está começando sua carreira profissional — estava brava — Você sabia como enfermeiras eram vistas até pouco tempo? E como começou a história da enfermagem? — seu lado girl power estava falando alto — Você precisa mudar seu pensamento, urgente.

— Hey, eu entendi — disse bravo — Foi só uma brincadeira, não precisa descontar a raiva que está do seu namorado em mim.

Novamente ela olhou para ele, queria dar uns tabefes nele ali mesmo, viu ele dando de ombros e a olhando com uma cara do tipo “O que quê foi?” e voltou a olhar os fios.

— Descolorido? — perguntou querendo mudar de assunto.

— O assassino jogou cloro em todos os ralos.

— Huum — o mais novo murmurou — Esperto, tem conhecimento de como remover a vida do DNA.

— É — ela olhou novamente dentro do cano, viu um fio bem escondidinho, era sua última esperando, o pegou com toda a delicadeza e colocou na luz — Mas não teve sorte o suficiente, já a gente — sorriu — Temos uma raiz.

— Mandou bem — ele sorriu animado.

— Analisa essa raiz pra mim, Greg? — pediu com voz manhosa.

— Deixa comigo — ela ia saindo — Mas vai ficar me devendo uma.

Ela se virou para ele sorrindo — Pago um café e uma rosquinha — nem precisou se virar para ter certeza de que ele gostou.

...♥...

Grissom estava analisando a estante do quarto de Debbie — ela era fixada por borboletas, assim como Sara — nela haviam várias fotos da enfermeira, ele as observava, estava começando a ficar transtornado com a semelhança entre as duas.

Foi quando ele resolveu se sentar na cadeira da escrivaninha e começou a vagar em seus pensamentos, então olhou para o espelho em sua frente e viu nele a vítima de costas, Debbie se insinua para ele, mas de repente, se transforma em Sara.

O supervisor ficou a olhando até que sumisse, mas o seu celular tocou o tirando do transe e lhe trazendo a realidade: não tinha ninguém com ele ali.

— Grissom — atendeu de forma normal.

— Hey — a morena disse animada.

— Sara — fez uma pausa, não queria mentir para ela — Hã... Ouça, estou em uma área com o sinal ruim — chiou ao telefone — Ligarei de volta quando puder.

Sara não deu a mínima para o que ele tinha acabado de falar, estava animada com sua descoberta — Eu consegui uma amostra de pele dentro do cano da banheira.

— Amostra de pele? — ficou surpreso — Hã... Dê para o Greg — falar com ela naquele local estava lhe deixando desnorteado.

— Eu já dei — ele nem precisava a ver para saber que tinha um sorriso em seu rosto — Hey, quer que eu vá até aí para te ajudar? — perguntou animada, queria trabalhar um pouco a sós com o namorado.

— N-não — suspirou — Eu estou bem aqui— fez uma pausa — E-eu... Eu — como era difícil esconder as coisas dela — Falo com você depois no laboratório — desligou antes que ela o enchesse mais de perguntas.

A morena não entende nada, apenas olha para o celular tentando entender o que tinha acontecido, seu namorado estava de fato estranho naquele dia. Já Grissom, olha para si mesmo no espelho, sem expressão alguma.